Share the post "8 dos melhores queijos portugueses que não vai querer perder"
Quer saber quais os melhores queijos portugueses? Pois fique a saber que não é o único e, por isso, o site Culture Trip elegeu os melhores dos melhores, considerando este produto nacional “um dos segredos gastronómicos mais bem guardados da Europa”!
Esta listagem está, obviamente, incompleta. Muitos dos leitores tão pouco irão concordar com as escolhas. Cada cabeça, sua sentença, e o que não faltam são excelentes queijos país fora.
A verdade é que nem os estrangeiros ficam indiferentes à qualidade dos queijos nacionais, feitos de saber adquirido em tempos remotos, com técnicas rudimentares que ainda vão sobrevivendo.
Assim, cada região tem o seu queijo e por certo nesta lista muitos ficarão de fora. Como já referimos, o leitor decerto se lembrará de um ou outro que considera imprescindível, que comeu uma vez e não mais esqueceu. Mas a lista não podia ser exaustiva. São tantos e tão bons que não cabem aqui todos. Esta é uma escolha. Haverá outras, é verdade.
Certo é que, para além da qualidade dos ingredientes, os melhores queijos do país provam a variedade existente, no que toca às texturas e sabores.
Em Portugal, é possível encontrar de queijos cremosos e suaves a duros e afiados. A intensidade do seu sabor (e aroma!) também pode ser bastante diferente e, por isso, nada melhor que consultar (e babar!) com a lista seguinte.
Por isso, os queijos são um complemento indispensável numa mesa de família ou amigos. Sempre acompanhado por um bom vinho, claro está.
8 queijos portugueses para se perder
Requeijão português
O requeijão consiste numa massa formada a partir do soro do leite, obtido aquando do fabrico do queijo, o qual é novamente sujeito à ação do calor. Normalmente, é um subproduto da fabricação do queijo de ovelha, ao qual é adicionado o soro em volume (máximo de 18%), de leite de ovelha ou de cabra.
Desta forma, e para quem não conhece, ou não está familiarizado com a aparência do produto, ele pode ser comparado ao queijo ricotta, sólido e com um sabor forte característico, embora mais salgado do que o queijo italiano.
Refira-se ainda que a sua cor situa-se entre o branco e o branco-amarelado e é possível encontrá-lo à venda nas grandes superfícies.
Queijo de São Jorge
Proveniente da ilha de São Jorge, no arquipélago dos Açores, este queijo é obtido a partir de leite cru de vaca, sendo que a qualidade do leite e o método de produção tornam este produto verdadeiramente singular e de qualidade máxima.
Trata-se de um queijo curado, de pasta dura ou semi-dura e de cor amarelada. Possui um sabor e aroma algo forte, limpo e ligeiramente picante. Crê-se que seja produzido desde meados do século XV, por influência da comunidade flamenga.
Queijo do Rabaçal
O nome em origem na povoação do Rabaçal, já mencionada em documentação do século XII, e a fama deste queijo conta já com várias centenas de anos.
Assim, estamos perante um queijo curado de pasta semidura a dura, branco-mate, com poucos ou nenhuns olhos pequenos e irregulares. É produzido a partir de uma mistura de leites de ovelha e cabra.
Contudo, o seu sabor particular e distinto deve-se a uma planta semelhante ao tomilho, designada “Santa Maria”, a qual serve de alimento aos animais que, posteriormente, providenciam o leite para este queijo.
Queijo de Nisa
Este produto é já há muito conhecido na região do Alentejo, principalmente em Portalegre. Durante várias gerações, constituiu a principal (ou mesmo única) fonte proteica de uma população que na maior parte dos casos sobrevivia com um regime alimentar muito pobre.
É produzido principalmente nos concelhos de Nisa, Crato, Castelo de Vide, Marvão, Portalegre, Monforte, Arronches e Alter do Chão. É obtido a partir de leite cru de ovelha, da raça Merina Branca.
Trata-se de um queijo curado, de pasta semi-dura e cor branca amarelada. Tem um sabor algo ácido e aroma intenso. Existe em dois formatos, sendo que o mais pequeno tem o nome de “merendeira”.
Queijo de Évora
Sendo um dos queijos mais antigo a ser produzido no Alentejo, foi responsável por impulsionar o consumo do leite de ovelha e assumiu, durante muitos anos, grande importância na alimentação diária, especialmente das classes mais pobres.
De origem alentejana, este queijo é produzido no distrito, em concelhos como Alandroal, Arraiolos, Avis, Estremoz, Fronteira, Montemor-o-Novo, Redondo, Reguengos de Monsaraz ou Vila Viçosa.
Trata-se de um produto fabricado a partir de leite cru de ovelha, da raça Merina Branca, formando um queijo curado, de pasta dura ou semi-dura e de cor amarelada. Apresenta um sabor e aroma próprios, algo picante e ácido, sobretudo se de pasta dura. Pode ser encontrado à venda em diferentes tamanhos.
Queijo de Cabra Transmontano
Originário da região de Trás-os-Montes, a sua área de produção abrange, precisamente, os concelhos de Mirandela, Macedo de Cavaleiros, Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Vila Flor, Torre de Moncorvo, Freixo de Espada à Cinta e Mogadouro, em Bragança e os concelhos de Valpaços e de Murça, em Vila Real.
Este produto é obtido a partir de leite cru de cabra, de raça Serrana. É um queijo curado, de pasta extra-dura de cor branca uniforme.
O fabrico artesanal e as caraterísticas do leite usado garantem um produto de qualidade, de aroma agradável e intenso e sabor limpo, algo picante.
Além de ter tido e ainda ter um papel importante nos hábitos alimentares da região, este queijo representam uma parcela importante da economia local.
Queijo Serra da Estrela
Sem dúvida, o mais antigo, mais popular e mais reconhecido internacionalmente, o queijo Serra da Estrela não podia faltar nesta lista dos melhores queijos do país. Foi introduzido no nosso país pelos romanos e até Gil Vicente falava sobre ele nos seus escritos.
Foi no século XIII, por iniciativa do rei D. Dinis, que foi aberta a primeira queijaria, precisamente na região da Serra da Estrela. Dadas as suas qualidades nutritivas e durabilidade, era um dos produtos levados pelos exploradores, nas suas viagens. Nas últimas décadas do século XIX, era já possível adquirir este queijo em Lisboa e no Porto.
Para que não se deixe enganar por imitações, saiba que este queijo é produzido, essencialmente, nos concelhos de Carregal do Sal, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia, Mangualde, Manteigas, Nelas, Oliveira do Hospital, Penalva do Castelo, Seia, Aguiar da Beira, Arganil, Covilhã, Guarda, Tábua, Tondela, Trancoso e Viseu.
Este produto é obtido a partir de leite cru de ovelha, da raça Bordaleira da Serra da Estrela ou Churra Mondegueira.
É um queijo curado de pasta semi-mole amanteigada e cor branca amarelada (Queijo Serra da Estrela) ou pasta semi-dura a extra-dura de cor laranja acastanhada (Queijo Serra da Estrela Velho).
A versão amanteigada possui um sabor e aroma suave, limpo e algo acidulado. Já a versão mais dura tem aroma e sabor agradáveis, persistentes, limpos, fortes e levemente picante e salgado.
Queijão de Azeitão
O último dos melhores queijos do país mencionados nesta lista é produzido desde o século XIX e as suas caraterísticas próprias foram desde logo percebidas e reconhecidas.
Atualmente, é fabricado principalmente nos concelhos de Palmela, Sesimbra e Setúbal.
Este produto é obtido a partir de leite cru de ovelha e é um queijo curado, de pasta semi-mole e amanteigada, de cor branca ou amarelada. Tem um sabor picante, acidificado e salgado.
A qualidade dos pastos e o uso de uma variedade específica de flor de cardo (Cynara Cardunculus L.) como coagulante fazem deste um produto muito apreciado e distinto.
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