Share the post "Estes são os 100 melhores romances do mundo. Quantos deles já leu?"
Não somos só nos que dizemos. A lista dos 100 melhores romances do mundo que lhe apresentamos é baseada na seleção feita por publicações conceituadas, como o The New York Times, o Le Monde ou o The Guardian. Não há demarcações temporais ou geográficas – aqui o que interessa mesmo é a força de cada obra e a forma como permanecem na história de todos nós.
Foram tidos em conta todos os romances publicados ao longo da história da literatura e foram escolhidos os mais significativos, aqueles que não saem da memória de quem os leu. Vamos descobrir quais já pode riscar da lista de leitura e quais devem saltar já para a cabeceira da cama?
Os 100 melhores romances do mundo
Top 10 da lista de melhores romances do mundo
1. Dom Quixote, Miguel de Cervantes,1605
O romance conta a história de um fidalgo, Dom Quixote de La Mancha, que perde o juízo e parte pelo país para lutar em nome da justiça. Com humor, esta obra abre portas para uma escrita já próxima da época moderna. As aventuras de Dom Quixote, do seu cavalo – que não é um alazão imponente – e do seu escudeiro – que não passa de um simples camponês da vizinhança – fazem com que este livro seja mesmo considerado um dos melhores romances do mundo.
2. Guerra e Paz, Liev Tolstói, 1869
“Milhões de pessoas praticaram, umas contra as outras, uma quantidade tão inumerável de crimes, embustes, traições, roubos, fraudes, falsificações de dinheiro, pilhagens, incêndios e assassinatos, como não se encontra nos autos de todos os tribunais do mundo em séculos inteiros […]. O que produziu tal acontecimento extraordinário?”. É na busca de respostas e explicações que Tolstói constrói esta obra, onde descreve a campanha de Napoleão Bonaparte na Rússia. Através de uma pesquisa exaustiva, o autor descreve-nos os principais episódios que culminaram com a derrota francesa e retrata, de um modo livre, personagens reais como Napoleão e alguns comandantes militares.
3. A Montanha Mágica, Thomas Mann, 1924
Antes do eclodir da 1ª Guerra Mundial, Hans Castorp visita o primo num sanatório, onde acaba por contrair tuberculose. Aí fica internado por sete anos, tempo durante o qual vive num ambiente de requinte intelectual, em permanente debate com ideias filosóficas antagónicas, até que decide partir.
4. Ulisses, James Joyce, 1922
Inspirado na Odisseia, de Homero, este “Ulysses” do século XX passa-se em Dublin e conta-nos as aventuras de Leopold Bloom e do seu amigo Stephen Dedalus. Bloom tem de ultrapassar vários obstáculos e tentações até retornar a sua casa, na rua Eccles, onde sua mulher Molly o espera. A vida aparentemente banal de Bloom esconde vários desafios… Este é, sem dúvida, um dos melhores romances do mundo.
5. Cem Anos de Solidão, Gabriel García Márquez, 1967
“Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o Coronel Aureliano Buendia havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer a fábrica de gelo”… A saga dos Buendia serve de ponto de partida para uma romance que teve um enorme impacto, sobretudo quando foi lançado num continente sob ditadura em que estas histórias servirão de libertação espiritual de um povo. Quinze anos depois da sua publicação, García Marquéz receberia o Prémio Nobel da Literatura.
6. A Divina Comédia, Dante Alighieri, 1321
Com quase 700 anos, este clássico da literatura – como qualquer clássico – tem a capacidade de se ir reinventando a cada leitor que o lê. Representa a cosmovisão de uma época e é considerado um hino ao rigor e à beleza. Obviamente, teria de fazer parte da lista dos melhores romances do mundo.
7. Em Busca do Tempo Perdido, Marcel Proust, 1913
Ciclo de sete romances, inter relacionados e com um mesmo narrador. Retrato da sociedade francesa da época, particularmente da burguesia, são dezenas as personagens que se vão cruzando em histórias de amor, ciúme e inveja.
8. O Som e a Fúria, William Faulkner, 1929
Este é um dos melhores romances do mundo. Ele narra a agonia de uma família da velha aristocracia sulista, os Compson. A personagem principal desta obra é mesmo o tempo, a sua passagem e as mudanças que ele opera. Esta publicação marca, ainda, uma segunda fase na carreira de Faulkner, culminando com a sua consagração como Prémio Nobel, vinte anos mais tarde.
9. O Homem sem Qualidades, Robert Musil, 1930-1943
A personagem principal desta obra vive diversas experiências: viaja ao estrangeiro e, nas vésperas da 1ª Guerra Mundial, retorna a Viena. Conhece inúmeras pessoas e com esses contactos o autor pretende ilustrar a decadência dos valores e, logo, a perda de posição da Europa na decisão dos rumos políticos e económicos mundiais.
10. O Processo, Franz Kafka, 1925
Josef K. luta para descobrir por que o acusam, por quem é acusado e que lei sustenta a acusação. Porém, Josef constata permanentemente que é impossível encontrar uma solução já que o processo de que é vítima segue leis próprias: as leis do arbítrio.
Veja a lista completa dos 100 melhores romances do mundo
A lista é longa, mas com alguma disciplina é perfeitamente possível ler os 100 melhores romances do mundo. Selecione os que captam mais a sua atenção, ou siga a lista – por ordem crescente ou decrescente, conforme preferir. Confira os restantes títulos de leitura obrigatória que constam na lista e responda: qual romance acrescentaria a este top100?
- Crime e Castigo, Fiódor Dostoiévski, 1866
- Anna Karenina, Liev Tolstói, 1877
- Édipo Rei, Sófocles, 427 a.c.
- 1984, George Orwell, 1949
- O Castelo, Franz Kafka, 1926
- Ilíada e Odisseia, Homero, século 8 a.c.
- A Vida e as Opiniões do Cavalheiro Tristram Shandy, Laurence Sterne, 1759
- Doutor Fausto, Thomas Mann, 1947
- Lolita, Vladímir Nabókov, 1955
- Enquanto Agonizo, William Faulkner, 1930
- A Morte de Virgílio, Hermann Broch, 1945
- Os Lusíadas, Luís de Camões, 1572
- O Homem Invisível, Ralph Ellison, 1952
- Hamlet, William Shakespeare, 1603
- Finnegans Wake, James Joyce, 1939
- Rumo ao Farol, Virginia Woolf, 1927
- Grande Sertão: Veredas (1956)
- Pedro Páramo, Juan Rulfo, 1955
- As Três Irmãs, Anton Tchekhov, 1901
- Orgulho e Preconceito, Jane Austen, 1813
- O Leopardo, Tomaso di Lampedusa, 1958
- Pais e Filhos, de Ivan Turguêniev, 1862
- Contos da Cantuária, Geoffrey Chaucer, século 15
- As Viagens de Gulliver, Jonathan Swift, 1726
- Middlemarch, George Eliot, 1874
- O Apanhador no Campo de Centeio, J. D. Salinger, 1951
- O Lobo da Estepe, Herman Hesse, 1927
- O Grande Gatsby, Scott Fitzgerald, 1925
- O Mestre e Margarida, Mikhail Bulgákov, 1940
- As Vinhas da Ira, John Steinbeck, 1939
- Memórias de Adriano, Marguerite Yourcenar, 1951
- Paralelo 42, John dos Passos, 1930
- Admirável Mundo Novo, Aldous Huxley, 1932
- As Asas da Pomba, Henry James, 1902
- O Jogo da Amarelinha, Julio Cortázar, 1963
- A Náusea, Jean-Paul Sartre, 1938
- A Peste, Albert Camus, 1947
- Folhas de Relva, Walt Whitman, 1855
- Memorial do Convento, José Saramago, 1982
- A Invenção de Morel, Adolfo Bioy Casares, 1940
- O Tambor, Günter Grass, 1959
- Retrato do Artista quando Jovem, James Joyce, 1917
- José e Seus Irmãos, Thomas Mann, 1933-1943
- Doutor Jivago, Boris Pasternak, 1957
- A Cidade e as Serras, Eça de Queirós, 1901
- O Estrangeiro, Albert Camus, 1942
- Otelo, William Shakespeare, 1622
- O Príncipe, Nicolau Maquiavel, 1532
- O Amante de Lady Chatterley, D.H. Lawrence, 1928
- Os Cantos, Ezra Pund, 1948
- A Consciência de Zeno, Italo Svevo, 1923
- On The Road, Jack Kerouac, 1957
- O Senhor dos Anéis, J.R.R. Tolkien, 1954
- A Terra Desolada, T. S. Eliot, 1922
- A Origem das Espécies, Charles Darwin, 1859
- A Laranja Mecânica, Anthony Burgess, 1962
- Luz em Agosto, William Faulkner, 1932
- O Coração das Trevas, Joseph Conrad, 1902
- Madame Bovary, Gustave Flaubert, 1856
- O Paraíso Perdido, John Milton, 1667
- Rei Lear, William Shakespeare, 1608
- Por Quem os Sinos Dobram, Ernest Hemingway, 1940
- Eneida, Virgílio, 19 a.c.
- Matadouro 5, Kurt Vonnegut, 1969
- A Sangue Frio, Truman Capote, 1965
- Histórias, Heródoto, 440 a.c.
- Moby Dick, de Herman Melville, 1851
- Dalloway, Virginia Woolf, 1925
- Lord Jim, Joseph Conrad, 1900
- Ardil 22, Joseph Heller, 1961
- A Amada, Toni Morrison, 1987
- Dom Casmurro, Machado de Assis, 1899
- As Aventuras de Huckleberry Finn, Mark Twain, 1885
- A Revolução dos Bichos, George Orwell, 1945
- Ficções, Jorge Luis Borges, 1944
- Frankenstein, Mary Shelley, 1818
- O Sol Também se Levanta, Ernest Hemingway, 1926
- Corre, Coelho, John Updike, 1960
- O Vermelho e o Negro, Stendhal, 1830
- O Complexo de Portnoy, Philip Roth, 1969
- Os Três Mosqueteiros, Alexandre Dumas, 1844
- A Interpretação dos Sonhos, Sigmund Freud, 1900
- Trópico de Câncer, Henry Miller, 1934
- Pergunte ao Pó, John Fante, 1939
- Reparação, Ian McEwan, 2001
- Os Miseráveis, Victor Hugo, 1862
- Meridiano de Sangue, Cormac McCarthy, 2008
- Sonetos, William Shakespeare, 1609
- Desonra, J. M. Coetzee, 1999
- O Deserto dos Tártaros, Dino Buzzati, 1940
E então, quantos deles já leu?
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