Para que um empréstimo seja considerado um microcrédito terá de respeitar alguns pressupostos. Assim, os destinatários devem ser pessoas, que não têm acesso ao crédito bancário normal e desejam realizar um pequeno investimento, com vista à criação do seu próprio emprego.
A iniciativa de investimento proposta terá de se transformar numa actividade sustentável, por forma a garantir o reembolso do capital emprestado e o montante máximo solicitado, de acordo com a Associação Nacional de Direito ao Crédito (ANDC) é, nas condições actuais, de 10 mil euros.
Se o negócio justificar poderá ser atribuído um valor superior, distribuído em duas fatias: a primeira até 7 mil euros, no início do primeiro ano e a segunda, no montante complementar, no início do segundo ano.
Uma vez que estas pessoas não têm acesso ao crédito bancário, a ANDC assume-se como uma instituição “intermediária” entre o cidadão e as instituições financeiras com as quais celebrou protocolos de cooperação.
Refira-se que a ANDC é uma associação privada sem fins lucrativos e ajuda qualquer pequeno empresário a formar a sua empresa e a desenvolver o seu plano de negócios.
Criada para promover o desenvolvimento da experiência do Grameen Bank, criado por Muhamad Yunus no Bangladesh (1976) prémio Nobel da Paz, destina-se a apoiar quem não tem acesso ao crédito bancário, nas condições normais de mercado, e precisa de um empréstimo para criar o seu próprio negócio.
Numa altura de crise, o microcrédito pode ser para muitos uma tábua de salvação para pôr em marcha uma ideia de negócio que apenas está dependente de uma quantia de dinheiro para ser lançada e prosperar.