Se procurarmos a definição de mimo vamos encontrar bonitas descrições para esta palavra. Mimo é uma “coisa bonita ou harmoniosa”, uma “grande qualidade” e “um gesto carinho.” Já mimar parece significar “tratar com carinho”. Assim sendo, como é que mimo a mais estraga? Tratar alguém com carinho não é sempre positivo?
Se é pai ou mãe é provável que já lhe tenham apontado o dedo e dito que dá colo e mimo a mais ao seu filho e que isso não é benéfico. Por mais que tente não dar ouvidos a todos os palpites é natural que, por vezes, duvide se está a fazer a coisa certa.
Na barriga da mãe, o bebé vive num ambiente acolhedor, onde a temperatura é amena e constante, com o som ininterrupto do coração da mãe. Quando nasce há uma mudança drástica deste ambiente para o mundo, menos acolhedor, desconhecido, onde o contacto físico não é permanente, onde o bebé sente fome, frio e cansaço.
Se nos imaginarmos no lugar do bebé, onde na verdade até já estivemos, é fácil compreender que o colo, o contacto físico e o carinho são necessidades básicas. Então será que mimo a mais estraga? Vamos descobrir!
Será que mimo a mais estraga?
Não devemos confundir o mimo com as situações em que os pais limitam a aquisição de autonomia e protegem de forma excessiva as crianças (devido ao receio que se magoem ou que sejam expostas a outros perigos), nem com as situações em que os pais não impõem regras e limites.
O que estraga é a falta de mimo! Negar colo, atenção e mimo, não impor limites e regras cria crianças inseguras, dependentes, que não resistem à frustração de ouvir um “não”. O que estraga é a falta de amor, o desprezo, a negligência.
Como é que mimo a mais estraga se as crianças são tão mais felizes quanto mais se sentem amadas, acarinhadas, importantes, acompanhadas e orientadas? Todas as crianças precisam de afeto e de se sentir amadas. Não faz qualquer sentido restringir essas manifestações de carinho sob o falso pretexto de que o mimo a mais estraga.
Nunca uma criança ficou estragada por ter mimo ou amor a mais. Se queremos crianças felizes, precisamos de lhes dar uma boa dose de amor em equilíbrio com uma boa dose de regras e limites. É preciso dar muito mimo para que as crianças cresçam e se tornam pessoas adultas seguras.
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