Teresa Campos
Teresa Campos
02 Fev, 2022 - 14:23

Mitos covid-19: máscaras, gripes, idosos e contactos

Teresa Campos

Os mitos covid-19 têm-se propagado desde o início da pandemia. A desinformação ajuda a aumentar o medo e a pôr em risco mais pessoas.

mitos sobre o COVID-19

O desconhecido e o desconhecimento são sempre potenciadores de mitos e de inverdades que nos põem muitas vezes em risco. Os mitos covid-19 são exemplo disso mesmo e, assim como o novo coronavírus, devem ser combatidos a todo o custo.

Os mitos sobre a doença covid-19 podem fazer as pessoas correr ainda mais riscos, dando-lhes uma falsa sensação de segurança em algumas matérias e circunstâncias. Por essa razão, o The Guardian dedicou um artigo a derrubar os mitos covid-19 que, até ao momento, surgiram e têm sido mais divulgados.

Mitos covid-19

Mito: as máscaras não têm utilidade

Não, as máscaras não são um escudo intransponível. Os vírus podem transmitir-se através dos olhos ou de pequenas partículas (aerossóis) que conseguem penetrar algumas máscaras. Porém, as máscaras ajudam a capturar as gotículas de saliva que são o principal meio de contágio do novo coronavírus. Neste sentido, este item oferece mais proteção do que não usar nada de todo.

Assim, quem está infetado com o novo coronavírus deve usar máscara para não contagiar os outros. Quem contacta com alguém infetado, também deve usar máscara para aumentar as probabilidades de não ser contaminado. Por esta razão, as máscaras são imprescindíveis para os doentes, mas também para as pessoas que têm de contactar com eles, sejam profissionais de saúde, sejam cuidadores ou familiares.

Para as tarefas do dia-a-dia, como ir pôr o lixo ou ir passear o cão, as mascaras revelam-se pouco necessárias, desde que cumpridas as regras de etiqueta respiratória e o devido distanciamento social.

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Mito: não é mais perigoso do que a gripe sazonal

É verdade que a maior parte das pessoas que for infetado pelo novo coronavírus não vai ter sintomas muito distintos dos da gripe sazonal. Porém, o perfil da doença covid-19 é diferente e mais grave, com uma taxa de mortalidade mais alarmante.

De acordo com Bruce Aylward, especialista da OMS, aquilo que os estudos e as evidências no terreno demonstram é que a covid-19 é 10 vezes mais mortífera que a gripe sazonal, a qual costuma vitimar anualmente 290.000 a 650.000 pessoas em todo o mundo.

Mito: só mata os mais velhos

É verdade que as pessoas mais jovens, que não tenham problemas de saúde, não serão severamente afetadas pelo novo coronavírus – especialmente, depois de vacinadas. Porém, a covid-19 aumenta as probabilidades de desenvolver complicações respiratórias, mais do que a gripe sazonal, por exemplo.  

Além disso, há mais grupos de risco, além dos enunciados anteriormente, profissionais de saúde, por exemplo,  independentemente da idade, estão mais vulneráveis ao contágio pelo novo coronavírus.

Por isso, a atitude dos mais novos no controlo da doença é fundamental. Reportar eventuais sintomas e seguir as instruções de isolamento são duas formas eficazes de proteger os mais vulneráveis e evitar a propagação do vírus.

vacinação coronavírus

Mito: são precisos 10 minutos de contacto

Algo que distingue este novo coronavírus da gripe sazonal, por exemplo, é a maior “facilidade” e rapidez com que o covid-19 se transmite. É possível ficar infetado com o novo coronavírus após interações muito breves com alguém infetado ou, até, através do simples contacto com superfícies contaminadas.

Independente do tamanho do risco e das probabilidades, proteja-se, siga as regras e fique atento aos sintomas.

Fonte: The Guardian/OMS

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