Share the post "Monte Saint Michel: viagem a um símbolo da identidade gaulesa"
França tem como principal símbolo a Torre Eiffel, um ícone para o país e muitos turistas reservam o seu lugar para tirar uma foto próximos da mítica construção.
Contudo, o Monte Saint Michel ocupa um lugar especial na memória coletiva dos gauleses.
Apertado pelas marés, que muitas vezes fazem dele uma ilha, o Monte de Saint Michel encerra nos seus limite uma oferta única em termos de cultura, arte, tradições, arquitetura e deslumbrante Natureza.
Por isso, merece uma visita demorada.
Monte Saint Michel: um ícone cheio de histórias
Localizado no centro de uma imensa baía com 500km², o Monte Saint Michel está a menos de 4 horas de carro de Paris, numa distância de cerca de 360km. Integrado na Baixa Normandia, ir a este lugar revela-se uma experiência absolutamente espetacular.
O Monte Saint Michel é uma montanha, tal como o nome indica, mas fruto do contexto que o circunda, pode tornar-se numa fantástica ilha rochosa, consoante a subida das marés.
Neste penedo, pontifica a fascinante abadia do Monte Saint-Michel, que recebe, anualmente, 3 milhões de visitantes, encantados pela abadia criada em honra do arcanjo São Miguel.
Características da Abadia
A Abadia merece ser admirada com todo o tempo do mundo, sendo que a Porta do Rei faz-nos logo intuir a importância da fortificação da entrada.
A Escada Interna pode ser muito cansativa de percorrer, mas é lindíssima e para além de proporcionar estratégias de defesa, também possibilitou a existência de cortejos.
Nesta abadia, estão presentes diferentes estilos artísticos, nomeadamente carolíngio, românico e gótico, tem uma nave romana e uma nave gótica.
A nave gótica foi construída depois do século XV e tanto a Capela de Nossa Senhora das Trinta Velas, como a Cripta de Saint Martin, merecem ser observadas atentamente. Os vitrais são lindíssimos, sendo que a “estrela” será, seguramente, a estátua do Arcanjo.
A estátua foi recentemente restaurada. A belíssima estátua do Arcanjo pesa 520 quilos, estando agora completamente coberta com uma camada de ouro, fruto da aplicação de uma espessa folha de ouro.
A sua aparência atual durará, provavelmente, 50 anos e um exemplar desta estátua encontra-se no Museu d’Orsay, em Paris.
História
A abadia forma uma torre no coração da imensa baía. Segundo a lenda, ela terá sido um pedido do próprio Arcanjo Michel, chefe da milícia celestial, que a solicitou a Aubert, Bispo de Avranches. Assim, foi construído um pequeno santuário em 709, em honra do Arcanjo São Miguel Saint-Michel.
A instalação dos monges beneditinos no século X e o desenvolvimento da pequena vila permitiu melhorar as suas condições. Foi uma fortaleza indestrutível, importante ao longo da Guerra dos Cem Anos, entre França e Inglaterra.
Desta forma, permitiu resistir com sucesso às constantes tentativas dos ingleses em conquistar esta maravilha, tornando-se assim num autêntico símbolo da identidade nacional francesa.
O monte foi também usado como prisão de 1789 até 1863, na sequência da dissolução das ordens religiosas (ditada pela Revolução Francesa). Em 1979, a UNESCO classificou o Monte Saint Michel como Património Mundial.
Visitas guiadas e horários
Sendo este um espaço que gera grande interesse, há visitas guiadas em variadas línguas, nomeadamente, chinês, espanhol, francês, inglês, italiano, japonês e … português!
A Abadia possui um horário de abertura que varia em função da época.
- De 02 de maio a 31 de agosto, das 09:00 às 19:00 (época alta)
- De 01 de setembro a 30 de abril, das 09:30 às 18:00 (época baixa)
A Abadia fecha apenas três dias por ano. Logo no dia 01 de janeiro, mas também no dia 01 de maio e no dia 25 de dezembro e tenha em conta que os parques de estacionamento mais próximos são pagos: há uma taxa próxima dos 12€, com a validade de um dia.
Sugestões
Tendo em conta que terá de caminhar muito, é importante levar roupa cómoda e calçado confortável, adequado para longas caminhadas.
Por isso, prepare-se, pois existem muitas escadas, mas todos sabemos que cultura e conhecimento não se obtêm sem um pouco de sofrimento, certo?!