Sara Piteira Mota
Sara Piteira Mota
24 Abr, 2017 - 09:00

Motor em V: vantagens e desvantagens

Sara Piteira Mota

A principal vantagem do motor em V em relação aos motores em linha é que é mais compacto e melhora a aerodinâmica e o design do veículo.

Motor em V: vantagens e desvantagens

Quem gosta de carros de certeza que já ouviu dizer que este ou aquele modelo tem um motor em V. A potência e o ronco inconfundível dos oito cilindros fizeram do motor V8 um clássico na indústria automóvel mundial. Mas a maioria das pessoas, provavelmente, não sabe qual a diferença de um motor em linha para um motor em V.

Basicamente, o motor em V tem os cilindros colocados em forma de “V”, quando visto ao longo da linha do eixo. As configurações mais comuns do motor em V são o V6 e o V8. Este tipo de motor é utilizado atualmente em grande parte dos automóveis produzidos com cilindrada acima de dois litros. Mas existem ainda as configurações V10 e V12.

O alemão Gottlieb Daimler construiu, em 1890, o primeiro motor V8. Mas só em 1932, a Ford começou a fabricar este motor em larga escala. O sucesso do motor em V, no caso dos 8 cilindros, consagrou-se no final da década de 60, quando a Ford lançou a versão 302. Este era o motor colocado nos modelos Mustang e Mavericks V8.

Motor em V: vantagens e desvantagens

Uma das grandes vantagens apontadas para os motores em V é que são mais compactos que os motores em linha, o que permite aos fabricantes definir um melhor design e conseguir uma maior aerodinâmica. O facto de terem um ângulo variável, contribui para o centro de gravidade do carro e, como ficam mais recuados e baixos, ajudam a manter a estabilidade. Além disso, quanto mais potentes mais robustos são os motores.

O motor em V é praticamente usado em todos os modelos desportivos, nos automóveis de gama alta e em carros de maior porte (utilitários). Estes motores podem ser adaptados para os diferentes tipos de combustível. Mercedes, Porsche, BMW, Audi, Dodge, Jaguar, Land Rover e muitas outras marcas de luxo e de supercarros utilizam motor em V nos seus modelos de gama alta.

O motor em V é também utilizado para embarcações marítimas e até aeronaves. Existem ainda motores V2 e V4 que são utilizados em motas. O que é uma vantagem, pois quando colocado transversalmente nas motas, tornam-nas mais estreitas do que os modelos que são equipados com motores de dois ou quatro cilindros em linha.

Também alguns modelos de veículos pesados recorrem a motor a diesel V6 e V8. Mas a maioria é equipada com motor de seis cilindros em linha. Isto porque os camiões são compridos e, como tal, o tamanho dos motores de seis cilindros em linha não interfere no design e na aerodinâmica. Além de que fazer a manutenção de um motor em linha é mais fácil e barata.

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O que torna o motor V, mais em concreto o motor V8, tão especial é a conjugação do prazer de condução com a potência que confere ao carro. Uma combinação que é conseguida através da junção de dois motores num só, colocados lado a lado e não em linha. Tal como referimos em cima, o nome explica-se pelo facto dos 8 cilindros – dispostos quatro de cada lado – apresentarem o formato de “V”.

Há quem diga que o ronco do motor V8 é inconfundível. Entre algumas das vantagens apontadas destaca-se a potência que garante ultrapassagens mais seguras. Em termos de manutenção a principal vantagem desta disposição é que torna o motor mais compacto permitindo que outras peças e acessórios sejam otimizados.

Normalmente, o preço a pagar por um carro com motor V8 é o consumo de combustível ser mais elevado. No entanto, os fabricantes têm vindo a substituir os motores V8 por V6 com turbo-compressor que são mais económicos e menos barulhentos.

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