Existem motores com quarto, seis oito… Mas também existem com dois, três cilindros e até 16 cilindros. Existem motores para todos os gostos e carteiras.
O motor é o coração e a alma de um automóvel e é, certamente, o ponto mais importante de qualquer carro. Trata-se de um elemento de enorme complexidade que aceita muitas variáveis.
Podemos encontrar motores a gasolina ou gasóleo, turboalimentados, superalimentados ou atmosféricos, todos eles de vários tamanhos e potências, e estes são os motores mais potentes por cilindros.
potência que impressiona: os maiores motores da atualidade por cilindros
2 cilindros
Fiat Twin Air – 105cv
Embora nas motos seja mais popular, poucos fabricantes aventuraram-se nos motores de dois cilindros. A Fiat opera com este tipo de mecânica desde 2010, com o motor TwinAir, um bicilíndrico de 900cc que aparece no Fiat 500 ou Panda, por exemplo.
Tem como vantagem o seu tamanho reduzido e as suas reduzidas emissões de CO2. Está disponível em dois patamares de potência, de 65cv e de uns apreciáveis 105cv.
3 cilindros
Koenigsegg Tiny Friendly Gian (TFG) – 600cv
As mecânicas de três cilindros estão na moda e são cada vez mais os modelos que recorrem a motores desta tipologia. São populares em veículos de dimensões reduzidas, mas também podem ser encontrados em modelos de maiores dimensões (o novo BMW Série 1 ou X1, por exemplo).
O que ninguém esperava era que pudéssemos encontrar um destes motores num hiper desportivo! Tiny Friendly Giant (TFG) ou o Pequeno Gigante Amigável, é o nome do motor a combustão utilizado no novo Koenisegg Gemera.
Com apenas 2.0L de capacidade e dois turbos, este motor é capaz de debitar impressionantes 600cv de potência às 7500rpm e 600Nm de binário, disponíveis entre as 2000 e as 7000rpm. Número realmente impressionantes, e que elevam os motores de três cilindros a um novo patamar.
No entanto, estes 600cv são apenas uma pequena parte da potência total deste Gemera, que graças à combinação de mais 3 motores elétricos será capaz de debitar 1700cv de potência!
4 cilindros
Mercedes M139 – 421cv
Os motores de quatro cilindros são categoria “rainha”, que “alimenta” praticamente todos os automóveis em circulação, pelo seu equilíbrio entre eficiência e rendimento.
Entre eles o destaque maior, por desempenho dinâmico, vai para o 2.0 turbo da Mercedes-AMG, que chega aos 421cv nas versões “S” dos 45 disponíveis em praticamente todos os compactos da marca de Estugarda.
5 cilindros
VW DNWA – 400cv
Os motores de cinco cilindros são, atualmente, muito pouco utilizados. A exceção à regra é o grupo Volkswagen, mais concretamente a Audi, que os utiliza há algumas décadas numa tradição que marcou tendência na competição.
O 2.5 TFSI é um bloco turboalimentado que conta com os cinco cilindros em linha e que debita 400cv no Audi TT RS. Oferece valores impressionantes como a sua aceleração dos 0 aos 100 km/h em 3,7 segundos.
6 cilindros
Porsche MDH.NA – 700cv
É talvez uma das configurações mais “nobres” da indústria automóvel, sendo que os mais populares são os que têm a distribuição dos cilindros em V.
O mais potente é, sem sombra de dúvidas, o biturbo de 3.8 litros que monta o Porsche 911 GT2 RS, com brutais 700cv e que já demonstrou ser um dos veículos mais rápidos dos tempos modernos, batendo recordes na mítica pista de Nurburgring.
8 cilindros
Koenigsegg – 1660cv
Os motores de oito cilindros têm vindo a perder espaço para os seis cilindros turboalimentados. Apesar de mais compactos, conseguem as mesmas prestações, sendo mais “amigos do ambiente” e dos consumos.
Mas neste escalão facilmente encontramos modelos acima dos 700cv na McLaren ou na Ferrari, mas o expoente máximo encontra-se na Koenigsegg.
A marca sueca apresenta a mais recente variante do seu V8 biturbo de 5.0 litros de onde foi conseguido extrair algo como 1660cv no todo o poderoso Jesko, o sucessor do já impressionante Agera RS, que bateu alguns dos recordes de velocidade mais espetaculares nos últimos tempos.
10 cilindros
VW 07L – 640cv
Uma arquitetura em desuso e, atualmente, em risco de desaparecimento. Aliás, um dos seus embaixadores, o Dodge Viper, com o impressionante V10 de 8.4 litros e 654cv, deixou recentemente de ser produzido, deixando órfão o grupo Volkwswagen.
O mais potente dentro da família V10 é o 5.2 FSI, utilizado pela Audi e pela Lamborghini, surgindo no Audi R8 V10 Plus com 610cv, e chegando aos 640cv no Lamborghini Huracán Performante, temporariamente o rei do ‘Inferno Verde’.
12 cilindros
Ferrari Tipo F140 – 800cv
Outra arquitetura em risco de extinção, muito por culpa das restritivas normas de emissões poluentes. Está presente em grandes berlinas que procuram suavidade em detrimento de prestações (Mercedes Classe S e BMW Série 7, por exemplo), mas também em superdesportivos.
É o caso do novo Ferrari 812 Superfast, que monta o V12 atmosférico de 6.5 litros e que chega aos 800cv de potência. Parece que os próximos doze cilindros da marca serão todos auxiliados por sistemas híbridos, como é exemplo do Ferrari LaFerrari.
16 cilindros
Volkswagen WR16 64v4T – 1500cv
Por último na lista, e no topo do mercado automóvel, sobram apenas os dezasseis cilindros, e o único construtor que insiste nesta configuração é a Bugatti com o seu enorme W16.
Este bloco com quatro turbos e 8.0 litros é capaz de produzir 1.500cv no Bugatti Chiron, um dos mais rápidos em aceleração pura, com 0 aos 100 km/h a serem cumpridos em 2.4 segundos, os 0 aos 300km/h são cumpridos em 13.6 segundos, e atingindo perto de 500km/h de velocidade máxima, embora esta esteja limitada eletronicamente aos 420 km/h.