Braga, uma cidade com mais de dois mil anos de história, é um verdadeiro tesouro para os amantes de cultura e património. Desde a herança romana às artes decorativas, há espaços para todos os gostos. Para quem pretende conhecer melhor a cidade, estes são alguns dos museus que não devem ser ignorados.
Museus de Braga: uma viagem pela história e cultura
Os museus da cidade de Braga oferecem uma janela privilegiada para compreender a evolução histórica, artística e social da região. Desde o Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, que alberga uma das melhores coleções de miliários da Europa, até ao Palácio dos Biscainhos, que retrata o quotidiano da nobreza setecentista, cada espaço museológico enriquece a compreensão da identidade bracarense. Além disso, instituições como o Tesouro-Museu da Sé de Braga e o Museu da Imagem complementam este panorama, tornando a cidade um destino imperdível para os apreciadores de história e cultura. Vamos conhecer os museus de Braga?
Museu de arqueologia D. Diogo de Sousa
O Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, localizado em Braga, é um espaço que oferece uma visão abrangente da história da região, desde o Paleolítico até à Idade Média. A sua coleção inclui artefactos significativos que testemunham a evolução cultural e social ao longo dos séculos.
Entre as peças de destaque, encontram-se esculturas, moedas e objetos do quotidiano que ilustram a vida na antiga Bracara Augusta. O museu também possui um jardim arqueológico que complementa a experiência dos visitantes, proporcionando um ambiente que evoca o passado histórico da cidade.
Para enriquecer a visita, é recomendável explorar as ruínas romanas dispersas por Braga, permitindo uma compreensão mais profunda da herança arqueológica e cultural da região.
Museu Pio XII
Localizado no coração do centro histórico de Braga, o Museu Pio XII é um espaço que mergulha na história e na arte da cidade. Com um espólio diversificado, reúne peças de arqueologia, pintura e escultura, oferecendo uma perspetiva abrangente sobre o património cultural da região. Um dos grandes destaques é a coleção de arte sacra, que evidencia a forte ligação de Braga à religiosidade ao longo dos séculos.
Além das exposições, o museu integra a Torre Medieval de Nossa Senhora da Torre, um dos pontos altos da visita – literalmente. Do topo, é possível contemplar Braga de uma perspetiva única, absorvendo a beleza da cidade e do seu casario histórico. Para uma experiência ainda mais especial, subir ao final da tarde permite assistir ao cair da noite e ver as luzes da cidade a acenderem-se, criando um cenário encantador.
Museu dos Biscainhos
O Museu dos Biscainhos, situado em Braga, é um testemunho vivo da opulência aristocrática dos séculos XVII e XVIII. Instalado num palácio barroco, o museu oferece uma visão detalhada do quotidiano da nobreza da época. O seu interior preserva uma coleção notável de mobiliário de estilo barroco, tapeçarias e peças de artes decorativas que ilustram o requinte e a sofisticação dos antigos residentes.
No exterior, os jardins barrocos, com aproximadamente um hectare, destacam-se como um dos mais expressivos testemunhos deste estilo em Portugal. Estes jardins proporcionam um ambiente tranquilo e elegante, ideal para um passeio relaxante, servindo como um refúgio de serenidade no coração da cidade.
Museu Nogueira da Silva
Situado na Avenida Central de Braga, o Museu Nogueira da Silva é um espaço que reflete a paixão colecionista de António Augusto Nogueira da Silva, empresário e filantropo bracarense do século XX. O museu, inaugurado em 1975, alberga uma coleção diversificada que abrange áreas como pintura, escultura, mobiliário, tapeçaria, ourivesaria, porcelana, vidros e faiança.
Entre as peças em destaque, encontram-se porcelanas “Blanc de Chine”, um pote em grés porcelânico Céladon da época Ming e graciosos Netzukes dos séculos XVIII e XIX. A coleção de louça da China de exportação, conhecida como Companhia das Índias, inclui um conjunto de louça brasonada e pratos recortados da Família Rosa com forma de flor de lótus.
O museu possui ainda uma notável coleção de pintura antiga, destacando-se um tríptico maneirista da Escola de Praga, atribuído a Dirk de Quade van Ravesteyn, e o quadro da Renascença Flamenga “Senhora da Meia Laranja”, atribuído a Ambrosius Benson ou seu seguidor.
O edifício, projetado pelo arquiteto Raul Rodrigues Lima, é complementado por um jardim de inspiração francesa, com canteiros rodeados por buxo, magnólias e uma fonte barroca originária de uma antiga quinta de Gualtar. Este espaço exterior oferece um ambiente tranquilo e elegante, ideal para uma pausa após a visita.