Música e hábitos de compra: haverá uma ligação? Pois é, parece que sim.
Dizem alguns estudos que o tipo de música que passa numa loja pode incentivar (ou não) a comprar. Concorda? Estará a música a influenciar as suas compras?
Segundo alguns autores, a música e os hábitos de compra estão totalmente ligados. Referem mesmo que se ouvirmos músicas de ritmo mais rápido vamos querer comprar mais. Esteja atento, segure a carteira ou fuja dessa loja se se sentir tentado a comprar o que não precisa.
Como é conhecido, há realmente técnicas que os diferentes tipos de lojas, supermercados, centros comerciais, utilizam, precisamente para levar as pessoas a comprar: da disposição dos produtos, às campanhas, passando pela música.
Música e hábitos de compra: qual é a ligação?
Estudos conduzidos por investigadores na Noruega e na Alemanha chegaram à conclusão de que as pessoas tendem a comprar mais se na loja se ouvir uma música mais rápida em vez de uma balada, principalmente se a loja estiver com muitas pessoas.
Os autores do estudo realizaram uma experiência de campo numa cadeia de mercearias no norte da Europa para determinar se, e até que ponto, a música desempenha um papel influenciador dos compradores e dos seus hábitos de compras.
No seu relatório, publicado no Journal of Retailing, os autores revelam que quando as lojas não estavam cheias a música teve pouco efeito sobre os clientes, mas, à medida que iam ficando cheias a música acelerada incentivava a gastar mais.
Para um dos autores, Knoeferle, o estudo é importante porque sugere que a música pode reduzir o efeito negativo que a aglomeração de pessoas traz nos momentos de comprar. Embora ele não possa dizer com certeza por que razão as pessoas em lojas cheias compram mais quando a música tocada é mais acelerada, ele oferece duas explicações: a música rápida pode “distrair” os clientes da aglomeração, isto é, fazer com que os clientes a sintam menos intensa e menos irritante.
“Muitas vezes, encontramos música e multidões em combinações muito bem sucedidas, como em festas, bares, etc.”, explica Knoeferle. “Então, uma loja cheia com música animada pode parecer uma situação agradável a um nível subconsciente, que por sua vez pode tornar as pessoas mais confortáveis e mais impulsivas nas suas compras (como se estivessem num bar ou clube)”.
Os autores deste estudo sugerem que estar atento a estas situações pode ajudar algumas pessoas a controlar os seus gastos e alerta para o facto de não ser só a música que leva a comprar, que há outros truques e influências como o design da embalagem, os aromas ambientais, a iluminação da loja e temperatura ambiente que também funcionam de forma parecida.
Um outro artigo sobre esta temática da música e hábitos de compra indica também que hoje a música não é apenas pano de fundo. É uma arma para fazer os consumidores ficarem confortáveis e, de preferência, abrirem a carteira ao mesmo tempo que apreciam as suas músicas favoritas. Nele podemos encontrar uma lista de géneros musicais e de artistas adequados para casa tipo de loja. Eis alguns exemplos retirados deste artigo:
- Loja popular
Género: Pop Nacional
Artistas: Ivete Sangalo; Vanessa da Mata
- Loja infantil
Género: Pop
Artistas: Katy Perry; Rihanna; Shakira
- Loja feminina
Género: Jazz Vocal e Soul
Artistas: Joss Stone; Duffy; Macy Gray; Norah Jones
- Loja de roupa desportiva
Género: Deep House
Artistas: Blue Six; Kaskade
- Loja sofisticada
Género: Lounge e vertentes
Artistas: Nouvelle Vague; Air
Será mesmo assim? Já se conheciam os efeitos benéficos da música para a saúde, a nossa, já a da carteira… é melhor ficar atento!
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