É certo que a perceção da felicidade é algo que varia de pessoa para pessoa, de cultura para cultura. Mas, desde 2012, a partir de uma iniciativa das Nações Unidas, há uma equipa de investigadores a realizar um ranking baseado em 6 critérios objetivos, que define, anualmente, qual o país mais feliz do mundo.
Este estudo tem como ponto de partida o facto de a felicidade coletiva ser entendida, a nível global, como a meta última de todas as políticas governamentais e o indicador mais claro do progresso social. A nação que atualmente ostenta o título de país mais feliz do mundo é a Noruega, seguido de perto pela Dinamarca, Islândia e Suíça.
De seguida, mostramos-lhe o que fez este país nórdico assumir o topo da lista, e que vai muito para lá das suas paisagens – que incluem lagos, quedas de água, bosques, fiordes e aldeias encantadoras. Antes de planear a sua viagem a este destino de sonho, onde o turismo sustentável é uma realidade, conheça as 6 razões por detrás da felicidade dos noruegueses e motivos para visitar este país.
Os 6 motivos que fazem da Noruega o país mais feliz do mundo
Rendimento per capita / Poder de compra
A economia da Noruega é um dos pontos fortes deste país nórdico, que conta com pouco mais de cinco milhões de habitantes. O seu rendimento per capita passa dos 70 mil euros. Para ter uma noção, em Portugal o rendimento per capita, em 2016, foi de cerca de 22 mil euros. Uma diferença considerável e que permite aos noruegueses ter um poder de compra bem simpático.
Dica de viagem:
Na sua visita à Noruega, dedique algum tempo a percorrer as artérias comerciais de Oslo e das outras cidades e vilas que fizerem parte do seu programa. As peças de design escandinavo, minimalistas e funcionais, são dos souvenirs mais apetecíveis.
Liberdade individual
A Noruega é um país exemplar no que diz respeito às liberdades individuais. O seu regime político está assente na monarquia constitucional articulada com a democracia parlamentar. O pluralismo partidário, a promoção da participação de todos nas decisões políticas e a cultura igualitária do país, são fatores que favorecem o forte sentimento de liberdade civil na Noruega, contribuindo para seja o país mais feliz do mundo.
Dica de viagem:
Em Oslo, não deixe de conhecer o Palácio Real, cujo final de construção data de 1849. É a residência oficial dos monarcas noruegueses e permite ficar a conhecer melhor a história do país. O Nobel Peace Center vale igualmente uma visita. Sempre com várias exposições a decorrer, nomeadamente de fotografia, é um lugar que nos faz refletir nas grandes questões contemporâneas.
Fortes relações sociais
A solidariedade foi outro dos critérios que conduziu a Noruega ao patamar de país mais feliz do mundo. A pergunta feita aos inquiridos no âmbito do estudo era “se poderiam contar com a família e/ou com amigos numa situação de dificuldade”, ao que uma enorme percentagem de noruegueses respondeu afirmativamente. O que nos leva a pensar se a fama dos noruegueses – e dos nórdicos em geral -, de serem um povo frio e distante, não será injusta.
Dica de viagem:
Explore os cafés e os restaurantes locais e absorva a atmosfera genuína do dia a dia dos noruegueses. Em Oslo, passe no Tim Wendelboe para um cappuccino – há quem diga que é a melhor cafetaria do mundo, mas talvez haja uma dose de exagero na afirmação. Se estiver bom tempo, uma pausa no Café Cathedral, sob os claustros, é outra opção encantadora.
Generosidade em alta
Como se mede a generosidade de um povo? Para efeitos deste estudo, analisou-se o valor monetário doado a instituições e causas sociais e, uma vez mais, a Noruega destacou-se, com uma percentagem significativa de donativos. Este valor foi apurado descontando o facto de este ser um país de elevados rendimentos, ou seja, procedeu-se a uma comparação equitativa entre os países.
A generosidade é um parâmetro importante para o índice de felicidade, mas não só pelo sentimento de segurança e confiança que transmite à população – sabem que podem contar com ajuda caso seja necessário. Ela produz uma sensação de dever e bem-estar em quem apoia.
Dica de viagem:
A cozinha de um país é um traço cultural que o distingue e um dos aspetos mais valorizados por quem viaja. Assim, inclua na sua aventura nórdica uma ida ao Mercado Central Mathallen, o epicentro gastronómico de Oslo por excelência. Aqui há de tudo: da melhor street food a propostas mais sofisticadas, dos pratos tradicionais à comida do mundo – incluindo sabores portugueses.
Seriedade política/Baixo índice de corrupção
Esta razão para a Noruega ser o país mais feliz do mundo não causa espanto. Afinal, é um dado adquirido de que os países do Norte da Europa são menos dados a esquemas, subornos, tráfico de influências e chico-espertices, no geral.
E esta é, de facto, a perceção que os noruegueses têm dos seus políticos: a de que são sérios, corretos, que trabalham em prol do bem comum e gerem da melhor forma os recursos do país. A estratégia seguida relativamente à exploração do petróleo – sustentada e não intensiva – é disso exemplo.
Dica de viagem:
Vigeland foi um importante artista norueguês que viveu entre o século XIX e XX. Para apreciar as suas obras visite o grandioso parque de esculturas Vigeland, em Oslo. Está inserido numa ampla área verde da cidade – o parque Frogner – e proporciona um belíssimo passeio. A arquitetura do parque, com as suas pontes, fontes e recantos, foi também projetada por Vigeland.
Longevidade saudável
Por último, mas não menos importante, surge a elevada esperança de vida dos noruegueses como outro dos critérios responsáveis para a posição alcançada pelo país no World Hapinness Report 2017. Na verdade, esta é uma consequência dos elevados índices alcançados pelos critérios anteriores. A aposta eficiente dos governos noruegueses na saúde, no ambiente e na educação, por exemplo, refletem-se numa maior longevidade e numa maior qualidade de vida do seu povo.
Dica de viagem:
Quando for à Noruega, a par das atrações mais badaladas, como um passeio pelos fiordes, inclua no programa alguns tesouros naturais menos falados do país, bem como alguns monumentos inusitados.
Assim, não deixe de ir a Tromsø, a 350 km do círculo ártico – idealmente de setembro a março, para tentar apreciar uma aurora boreal. Dê um salto às inspiradoras ilhas Lofoten e passe também por Bergen – Bryggen, em norueguês – uma colorida e pitoresca vila piscatória com passado medieval.
Se houver tempo, não deixe de conhecer a igreja de madeira de Heddal, a duas horas de carro de Oslo, um edifício absolutamente inesquecível, cuja origem data do século XIII, ou de se deslumbrar com a “língua de Troll” – uma formação rochosa sui generis, no sudoeste do país, que lhe oferece vistas incríveis sobre o lago e as montanhas.
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