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As novidades CES (Consumer Electronic Show) são muito esperadas. Afinal, trata-se de uma das maiores feiras que revela o mundo da eletrónica e todas as questões inerentes à tecnologia atual, culminando na apresentação de todas as novidades praticáveis e futuramente implementadas nos mais variados setores da indústria de consumo. Desde serviços digitais que passam pela conetividade móvel, à apresentação de aplicações e gestão de dados conetáveis, sem esquecer as novidades do estado da arte da realidade virtual implementada em dispositivos, a robótica, a informática e, no decorrer dos últimos anos, a mobilidade automóvel.
Na sequência de um mundo cada vez mais digital, a indústria automóvel começa a servir de plataforma para orientar uma mentalidade mais sustentável, autónoma e inteligente. As novidades CES deste ano cruzam-se com as apresentadas em edições anteriores. Esta feira é um local de eleição e ideal para a maioria dos fabricantes automóveis apresentarem as suas ideias sobre o futuro dos transportes, tendo eles passado a desempenhar funções como apoio da indústria cibernética.
Originalmente, todas as novidades CES não estavam propriamente interligadas com a comunidade automóvel, mas com a crescente tecnologia, a ser cada vez mais importante nas demais estruturas de civilização, o desenvolvimento de todas as peças que definem a mobilidade sofre as suas importações, desde a conceção de novos motores, a democratização dos carros elétricos, assim como a sua independência em se moverem sem condutor. Tudo converge num tema importante, denominado “internet das coisas”.
Neste caminho, são apresentados carros que comunicam entre si, com os condutores, andam sozinhos, onde toda a correspondência é feita através dos variados dispositivos móveis que servem para partilhar informações e facilitar a mobilidade urbana, assim como para prevenir acidentes.
As construtoras automóveis, que desde sempre se guiaram pelos seus cânones clássicos, agora entendem perfeitamente que os esforços para entrar neste mundo tecnológico devem ser feitos através de parcerias com quem já se dedica ao desenvolvimento da plataforma: desde carros que se transformam sozinhos para a execução de variados tipos de tarefas, passando pela a condução autónoma de variadas marcas que, neste momento, começam a criar parcerias sob o auxílio de empresas que se dedicam ao desenvolvimento destas plataformas digitais, sobre a condução independente.
Marcas como Waymo, Google, Audi, Toyota, BMW , Nissan e Mercedes-Benz juntaram-se a algumas empresas e start ups chinesas que gerem atenção e dedicam o seu know-how sobre tecnologia automóvel e condução autónoma.
Conheça estas e outras novidades CES que apresentam o admirável mundo novo, já aqui presente e cada vez mais em comunhão com a nossa realidade, enquanto consumidores.
Novidades CES 2019: o que esperar para o mundo automóvel
A Feira Internacional de Tecnologia para o Consumidor é um ambiente fascinante para a apresentação de modelos físicos das marcas de automóveis, mas também podemos contar com a presença de empresas tecnológicas mundiais que criam parcerias além fronteiras, de forma a promover a conectividade no domínio da condução autónoma, assim como nas questões da segurança e no auxílio à condução do futuro presente.
Já no decorrer do ano 2019, são várias as empresas que se especializam em colocar em prática o conhecimento digital em modelos protótipos e de série. Algumas delas são bastante relevantes no que toca à segurança nas estradas e vias públicas. Conheça 7 novidades CES apresentadas na edição mais recente.
1. Toyota
Os aspetos sensoriais foram amplamente abordados pela construtora japonesa Toyota que apresentou uma visão do futuro sobre como os carros conseguem criar ligações emotivas com os condutores, através da expressão facial, voz e intensidade da respiração. Trata-se de um sistema que já tinha sido apresentado há um ano e que permite analisar a postura do condutor e enviar sinais através do banco e vibrações diferenciadas, de modo a evitar que este adormeça ou esteja simplesmente distraído em relação à condução e aos perigos associados. Esta tecnologia é composta por sensores e câmaras integradas no habitáculo do automóvel.
Outras novidades inerentes a este sistema são a sua capacidade de analisar se o condutor está triste ou deprimido, auxiliando no melhoramento do ambiente a bordo com a emissão de fragrâncias, através do sistema do ar condicionado; sugerir uma estação de rádio e uma combinação de efeito de luzes que façam vibrar o volante e o banco, de forma a estimular os condutores em viagens monótonas.
2. Mercedes-Benz CLA
A Mercedes tem estado atenta e sensível sobre a temática da condução assistida. Na edição anterior CES, foi apresentada a segunda geração do classe A, que estreou o sistema MBUX (Mercedes-Benz User Experience). Este ano, Las Vegas foi novamente o palco escolhido pela marca para a apresentação de mais um modelo de série, capaz de implementar a segunda versão deste mesmo sistema.
A atualização do novo sistema de infoentretenimento da marca alemã, com a apresentação do novo CLA, revela um MBUX mais inteligente e capaz de compreender frases e gestos do condutor. A ativação por voz permite, agora, elaborar contruções de frases mais complexas, garantindo que essa informação é “agitada” através de algoritmos do cérebro do MBUX, levando-o a entender as intenções de demanda do utilizador.
A avaliação de aspetos sensoriais inerentes ao comportamento do condutor pode igualmente ser interpretada pelo MBUX, através de uma opção extra, disponível neste CLA, através da utilização de um Smart Watch com uma aplicação digital que auxilia a condução, através da análise do batimento cardíaco, temperatura corporal e níveis de stress do condutor. Este emparelhamento é obtido com o sistema MBUX que, em seguida, providencia um conjunto de elementos relaxantes para o utilizador, como mudar a estação de rádio, um ciclo de massagens no banco e um efeito de luzes relaxante que se conjuga, de forma harmoniosa, com o ritmo da música.
Por último (mas não menos importante), o MBUX auxilia a condução dinâmica do novo CLA. Através de câmaras 3D e radares instalados na dianteira, é possível detetar e prever a aproximação de obstáculos, até 500 metros de distância. Aspetos topográficos, assim como a tipologia da estrada e a intensidade de curvas perigosa, são antecipadamente indicados ao condutor, mesmo antes de ele os poder visualizar a olho nu.
Saiba mais sobre o Mercedes CLA >>
3. Mercedes-Benz Urbanatic
Ousado, mas realista: a Mercedes apresentou nas novidades CES de 2019 o Urbanatic, um veículo de aspeto futurista, movido unicamente a eletricidade e de condução autónoma. A questão particular deste protótipo revela a possibilidade deste – através do conceito de carroçaria modular – se transformar, em função daquilo que transporta.
Existem três posições particulares de transporte que permitem que o Urbanatic se adapte a transportar objetos de alta escala, passando pela adaptação do espaço a bordo, garantindo comodidade absoluta até ao máximo de 12 passageiros. A visibilidade panorâmica no interior, assim como elementos de equipamento – como a utilização de bancos independentes que rodam 360º -, conferem uma verdadeira experiência de utilização, individualista e desconectada do mundo exterior, livre das correntes preocupações com o trânsito.
Apesar de constar numa das novidades CES mais promissoras e realistas, a Mercedes afirma que o Urbanatic trata-se de um elemento de estudo, mas que comporta um realismo digno em termos de usabilidade, embora não integre os planos futuros da marca colocá-lo na estrada.
4. Baidu
A Baidu é uma empresa chinesa – detentora de um motor de busca na China, semelhante ao Google – que está atualmente a gerir esforços e atenção particular pela condução autónoma. Uma das suas novidades CES deste ano foi a sua recente plataforma Apollo, para o desenvolvimento de uma tecnologia que reúne premissas para auxiliar os carros a conduzir em ruas estreitas, na ultrapassagem de outros veículos e ajudas no parqueamento.
Esta tecnologia é apoiada por câmaras de visão 360º e radares que analisam a luz refletida, instalados no veículo, e que avaliam as distâncias e as propriedades físicas de objetos e pessoas. O foco máximo é evitar o maior número de problemas associados aos acidentes provocados por obstáculos e a imprevisibilidade dos pedestres.
Este dispositivo irá prestar, igualmente, auxílio a táxis e modelos comerciais, na entrega de compras online. Este plano já se encontra em curso e será aplicado no estado da Califórnia, através de uma parceria com a Udelv – uma startup norte-americana especializada em entregas domésticas.
5. BMW
A marca de Baviera apresentou um modelo que visa um futuro em que o carro se torna num espaço de lazer e trabalho. A tecnologia utilizada, para este enquadramento e experiência de utilização, é a realidade virtual. A BMW assumiu que o efeito do prazer de conduzir deve ser praticado, apenas, quando o condutor desejar, assumindo que a autonomia é o novo ciclo futuro para os modelos da marca.
Ficção e surrealismo à parte, os engenheiros e designers da BMW apresentaram apenas estruturado o interior do habitáculo deste modelo, de forma a criar vários cenários de utilização, fazendo com que cada visitante se sentasse no banco e – através do sistema de realidade virtual – conseguisse visualizar situações típicas do quotidiano, como estar no trânsito, ir para casa ou para o trabalho ou, simplesmente, estar parado e assistir a um jogo de futebol. Este sistema resulta na projeção de imagens realistas que fazem os utilizadores embarcarem para um mundo paralelo, sempre que o automóvel se encontra em modo de condução autónoma.
6. Ford
A empresa de Detroit fez questão de revelar nas novidades CES que, a partir de 2022, todos os seus modelos de série virão equipados com sistemas autónomos, para comunicarem entre si e com as infraestruturas da estrada. A empresa associada ao desenvolvimento deste compromisso é a Qualcomm – que se dedica maioritariamente à produção de chips e processadores.
O projeto denomina-se GoRide e foi já lançado em 2018, mas voltou este ano a Las Vegas para revelar a tecnologia integrada nos Ford, capaz de prestar auxílio na organização dos trajetos em viagens. A inteligência artificial associada a esta aplicação tem em vista os condutores mais idosos que se encontram com mais dificuldades em integrar-se no mundo da tecnologia e da condução autónoma, em particular, sugerindo rotas através da assistência por chamadas com elementos reais que prestam serviços de apoio à condução.
Este sistema reúne, igualmente, uma lista detalhada sobre a análise da densidade do tráfego nas estradas, especialmente em zonas com abundância de semáforos, passadeiras e congestionamentos em rotundas ou cruzamentos. Uma vez que todos os modelos Ford serão, futuramente, equipados com esta tecnologia, será mais fácil comunicarem entre si e gerir todos os dados associados.
7. Hyundai Elevate
A Hyundai apresentou um robôt que faz lembrar os filmes de ficção científica de Steven Spielberg. Uma das novidades CES mais conceptuais traduz-se no Elevate, um “carro” robô desenvolvido para caminhar em terrenos irregulares e de difícil acesso.
A marca sul coreana afirma que, apesar deste exemplar ser uma visão do mundo digital, ela pretende estar atenta às situações de emergência e prestação de socorro a locais sinuosos, incêndios florestais e terrenos montanhosos. Um veículo modular que consegue ser operado mecanicamente, andar na estrada a velocidades consideráveis e ser articulado – através de quatro “patas” – para poder trepar e subir muros com os variados mecanismos de apoio, de nivelação independente.
Segundo a Hyundai, o Elevator pode reunir premissas para elaborar planos ambiciosos no que toca ao desejo de enviar veículos para missões espaciais a Marte. Trata-se, portanto, de um veículo de estudo e imaginário da marca, cuja construção do protótipo à escala real ainda se encontra em fase de desenvolvimento.
As tendências tecnológicas e a apresentação de produtos nesta natureza de eventos reúnem as motivações mais vanguardistas e visionárias, por parte da comunidade automóvel e tecnológica. Porém, com o decorrer das edições, nota-se a intensidade e o compromisso pela realidade futura. Estes são cada vez maiores e manifestam-se com exemplares físicos, funcionais e realistas, capazes de testar e estimular os futuros utilizadores num mundo movido pelos dados e algoritmos.
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