O ano de 2020 marca o regresso das luxuosas berlinas francesas. A mais recente aposta neste concorrido mercado dominado pelos alemães chama-se DS 9 e, entre vários pormenores interessantes, recupera a filosofia do DS original de 1955.
O DS 9 é a nova berlina topo de gama da marca de luxo do grupo PSA, que promete colocar em sentido as referências do segmento Premium, como o Volvo S60, Audi A4, Mercedes-Benz Classe C e BMW Série 3.
O legado deixado pelos antepassados é seguido quase à risca, a começar por um desenho diferenciado das atuais tendências e cuidado no detalhe e nos pormenores de luxo.
10 coisas que deve saber sobre o novo DS 9
1. Quase 5 metros de comprimento
Apesar de pertencer ao segmento D, as dimensões do DS 9 quase se aproximam do segmento superior. Com 4,93 metros de comprimento e uma distância entre eixos de 2,90 metros, o DS 9 é mais comprido que qualquer Citroen ou Peugeot, incluindo o 508L, a versão longa do 508, vendida apenas na China, que tem 2,85m de distância entre os dois eixos.
As generosas dimensões posicionam o DS 9 uns furos acima dos outros automóveis do segmento D premium, fazendo com que este carro faça jogo semelhante com modelos como o Audi A6, BMW Serie 5, Mercedes Classe E ou Lexus ES, todos eles modelos pertencentes ao segmento E (executivos).
2. Puxadores das portas embutidos na carroçaria
É uma tendência (e moda) na indústria automóvel, mas inédito no segmento. Os puxadores exteriores das portas estão dissimulados, pois surgem e recolhem electricamente, tal como já acontece no DS 3 Crossback.
3. Manípulos interiores das portas revestidos em couro
Outro exemplo de requinte da nova berlina de luxo são os puxadores das portas que são manualmente revestidos em couro para garantir um toque agradável (ou o superlativo deste).
4. Clous de Paris
A atenção ao detalhe é sublinhada através de comandos em forma de cristal sensíveis ao toque, as costuras “Ponto Pérola” que realçam o requinte da confeção tipo bracelette dos bancos.
Os comandos da consola central possuem um acabamento “Guilhoché Clous de Paris”, a icónica assinatura da conceituada casa relojoeira francesa, consubstanciada pelo relógio B.R.M rotativo a 180º, que surge
no topo central do tablier.
4. Bancos traseiros aquecidos, refrigerados e com função de massagem
Com uma distância entre eixos de 2,90 metros, o DS 9 oferece um interior espaçoso, especialmente nos bancos traseiros, para quem prefere ser conduzido por um motorista.
A pensar nestes, os bancos podem ser aquecidos, refrigerados e com massagem. Algo só ao alcance de modelos de topo (leia-se, para milionários), e totalmente inédito neste segmento, nem mesmo a título opcional nas marcas alemãs.
O apoio de braço central conta com espaços de arrumação com portas USB integradas, os comandos da função de massagem dos bancos e a iluminação de boas-vindas multicolor.
5. Nível 2 de condução autónoma
O novo topo de gama também não dispensa de tecnologias de condução autónoma. O nome é Drive Assist e oferece um sistema de nível 2 de condução autónoma ativável a partir dos 30 km/h e operacional até aos 180 km/h.
Uma vez accionado, o 9 consegue manter-se ao centro da sua faixa de rodagem e adaptar a velocidade em relação à do veículo que segue à sua frente.
6. Inspiração no DS original de 1955
Foi um dos detalhes que despertou curiosidade no DS 9: a presença de duas pequenas luzes nos dois lados do vidro traseiro.
A DS Automobiles identifica-as como luzes de posição e surgem, naturalmente, como homenagem às luzes circulares (também conhecidas como “cornetas”) do Citroën DS.
“Numa alusão direta ao DS original de 1955, o DS 9 revela também formas cónicas nas extremidades exteriores do tejadilho. Inspiradas na lendária berlina, elas foram redesenhadas para acolher novas luzes traseiras, que assinalam a presença do DS 9”, explica a DS.
7. Adeus aos diesel
O DS 9 começará por ser proposto com um motor E-Tense plug-in híbrido, composto por um motor a gasolina PureTech turbo de 1.6 litros e um motor elétrico, com uma potência combinada de 225 cv e com uma capacidade de autonomia entre os 40 e 50 quilómetros (WLTP) em modo zero emissões, graças a uma bateria de 11.9kWh.
Posteriormente, esta combinação mecânica terá uma variante mais evoluída, com 360cv de potência e tração integral inteligente. Este será o automóvel mais potente do grupo PSA até à data.
A gama incluirá ainda um motor “simples” a gasolina, um 1.6 PureTech com 225cv de potência. Certo é que não haverá qualquer alternativa a gasóleo. A explicação é simples: a redução na procura deste tipo de mecânicas.
8. Três modos de condução
O DS 9 terá modos de condução: Elétrico, Híbrido e o mais desportivo E-Tense.
Este último aproveita ao máximo a potência disponível a partir da combinação do motor a combustão e do motor elétrico, ajustando o mapeamento do pedal do acelerador, caixa de velocidades, direção e suspensão pilotada.
9. Quando chega?
Para já, a DS adianta apenas que o DS 9 chegará ao mercado português no segundo semestre do ano, possivelmente depois do verão.
10. Preços
Os preços do DS 9 deverão situar~se ligeiramente abaixo dos 50 mil euros para as versões de acesso (motor apenas a gasolina, entenda-se), e ligeiramente acima para a versão híbrida menos potente.
A versão híbrida com 360cv deverá ter preços a rondar os 60 mil euros.