Share the post "Até a chuva estava à espera de Nick Cave na última noite do NOS Primavera Sound"
O último dia do festival NOS Primavera Sound não ficou imune à chuva, mas “the show must go on” e os festivaleiros não perderam a animação. Com capas de chuva, maioritariamente oferecidas pela produção do festival, os fãs mantiveram-se alegres e expectantes, acumulando-se junto às grades do palco NOS, enquanto aguardavam a estrela da noite: Nick Cave.
Nick Cave & The Bad Seeds marcam o último dia do NPS 2018
O músico australiano Nick Cave anda em digressão com a sua banda, os seus “Bad Seeds” e esteve no passado dia 31 de maio no festival Primavera Sound, em Barcelona. Este dia 9 de junho, foi a vez da cidade Invicta o receber.
Um espetáculo muito esperado e muito sentido, ou não fosse o trabalho mais recente do artista, um trabalho fruto de um sofrimento ímpar e muito triste. Skeleton Tree é um álbum que foi editado em 2016 e que foi criado após a morte do seu filho Arthur, na altura com apenas 15 anos.
A dor está sempre presente nas letras de Cave, que tem vindo a ajoelhar-se em palco, orando, sendo um homem que procura alguma cura para este tipo de dor. Nick Cave e a sua banda, The Bad Seeds, têm vindo a tentar renascer das cinzas, tornando músicas sobre perda em verdadeiras obras de arte incríveis, como o é Jesus Alone, canção que abriu a sua atuação no festival.
Como seria de esperar, são os mais resistentes que lutaram por reservar um lugar junto à grade que conseguiram garantir que Nick lhes desse a mão e fizesse passar os seus sentimentos através do toque e da música.
Além dos temas deste álbum mais triste, Nick Cave cantou também êxitos da sua carreira, como Red Right Hand, cuja performance chega muito próximo àquilo que podemos definir como: perfeição.
No Primavera Sound em Barcelona, no último dia de maio, não ficou bem compreendido o facto de Nick Cave não ter cantado o êxito Into My Arms, mas o Porto foi brindado com este clássico. Os espectadores do Porto também foram bafejados pela sorte no que toca ao regresso dos temas The Weeping e Song, que pareciam ter desaparecido de vez da setlist. Já Loverman, que tinha reentrado no alinhamento no concerto, manteve-se.
Um dos grandes momentos da noite foi marcado pela canção Tupelo, dedicada a ventanias e chuvas negras, com um público hipnotizado sob a chuva por projeções de vídeo que transportaram a todos para o meio de grande temporal.
O grande concerto do festival não poderia terminar da melhor forma, com o público em cima do palco a cantar “Push the Sky away” e a agradecer por ter estado ali.
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