Share the post "O impacto da inteligência artificial na cibersegurança: previsões para 2025"
Nos últimos anos, a inteligência artificial (IA) tem revolucionado diversas áreas, mas em 2025, o seu impacto será especialmente marcante na cibersegurança. Num panorama onde avanços tecnológicos são tão rápidos quanto os riscos que surgem, a IA aparece como um trunfo — e um desafio — que promete moldar o futuro digital. A Check Point, pioneira e líder mundial em soluções de cibersegurança, prevê vários desenvolvimentos importantes que terão um impacto significativo no nosso mundo digital.
Como a IA está a transformar a cibersegurança
Com a adoção acelerada de IA, ferramentas avançadas como ChatGPT, Gemini e outras plataformas tornaram-se comuns, sendo integradas por 92% das empresas da Fortune 500 até ao final de 2024. Este crescimento não só simplifica processos, como também oferece aos cibercriminosos uma nova arma: a capacidade de gerar ataques sofisticados com poucos cliques.
Os desafios vão além das ameaças diretas. A proliferação de modelos de IA exige enormes quantidades de recursos, o que está a pressionar significativamente o consumo de energia e a utilização de centros de dados. Segundo estimativas da Deloitte, o consumo energético global desses centros deverá triplicar até 2034. Por isso, tecnologias inovadoras, como chips mais eficientes e fontes de energia renovável, serão indispensáveis para sustentar este crescimento.
Riscos emergentes e a necessidade de IA responsável
A democratização da IA, que facilita a criação de malware sofisticado, obriga a um reforço na segurança. Este cenário abre espaço para a “IA responsável”, onde fornecedores de cibersegurança e tecnologia trabalham juntos para prever e mitigar riscos. Métodos como simulações de ataque e a colaboração entre equipas de segurança (“red teams” e “white hat hackers”) serão cruciais para identificar falhas antes de serem exploradas.
Além disso, 2025 será marcado por avanços regulamentares significativos. A entrada em vigor da Lei da IA na União Europeia (fevereiro) e novas regras nos Estados Unidos representam passos essenciais para fomentar a transparência, a ética e a confiança nas aplicações de IA.
Sustentabilidade e inovações no design tecnológico
Um dos maiores desafios será o consumo de recursos. As infraestruturas de IA já causam um impacto significativo na terra, água e energia necessárias para alimentar centros de dados. Tecnologias como computação na memória (CIM) prometem mitigar este impacto ao tornar os sistemas mais eficientes. Simultaneamente, fontes de energia alternativa, como a nuclear, poderão desempenhar um papel central na redução da pegada ecológica.
O futuro: colaboração e preparação
Para navegar num ambiente onde as ciberameaças se tornam mais sofisticadas, a cooperação entre governos, empresas e fornecedores de tecnologia será essencial. Desde a introdução de plataformas de governação de IA específicas até à adoção de práticas éticas, o objetivo será criar um ecossistema digital seguro e sustentável.