Os portugueses são conhecidos pela sua aversão ao risco. Esta aversão é visível nos investimentos – com os investidores a optarem por produtos mais conservadores ou mesmo sem risco associado – ou na criação de emprego – preferimos viver infelizes na segurança de um contrato por conta de outrem a criar o nosso próprio emprego.
Tome nota:
A sua carteira de investimentos deve estar adequada ao seu perfil de risco. Conheça o seu perfil de modo a tomar melhores decisões de investimento. Não há perfis melhores que os outros.
Ser conservador não é algo errado à partida. É o que é. Cada pessoa tem de conhecer o seu perfil de risco e viver de acordo com ele, de modo a tomar decisões adequadas. Neste contexto, já se perguntou qual o seu perfil de risco?
O perfil de risco do investidor português:
O único estudo transversal feito em Portugal foi realizado pela CMVM em 2010 e resume o perfil do investidor-tipo português:
- Homem;
- Idade entre 45 e 64 anos;
- Rendimento médio mensal superior a 2.000€
- Escolaridade igual ou superior ao 12º ano;
- Empresário, quadro superior ou profissional liberal.
O perfil-tipo não é de estranhar. No passado eram os homens a assumir as rédeas das finanças em casa, pelo que são os homens tipicamente mais velhos quem investe. Adicionalmente, para investir é necessário algum nível mínimo de conhecimentos e ser propenso à incerteza.
Veja primeiro qual o retorno que necessita:
Quando analisar a necessidade de tomada de riscos deverá identificar em primeiro lugar o nível de retorno espera ou necessita. O passo seguinte irá passar pela identificação do binómio risco/retorno. Nunca se esqueça que a forma como lida com o risco tem consequências muito profundas no seu estilo de investimento.
Algumas questões típicas num inquérito de avaliação de perfil:
Todos os bancos têm um conjunto diferente de questões para avaliar o perfil de risco do seu cliente. É possível que um cliente tenha uma classificação num banco e outra noutro. Com algumas diferenças, ficam algumas questões ou áreas de avaliação tipo:
1. Habilitações académicas;
2. Experiência em áreas económico-financeiras;
3. Como avalia a sua perceção de risco em alguns investimentos;
4. Que tipo de instrumentos financeiros conhece;
5. Quantas transações e qual o volume de investimentos que realiza num ano;
6. Qual o prazo de investimento;
7. Qual a percentagem da sua carteira que estaria disposto a arriscar.
Uma breve pesquisa na internet irá direcioná-lo para um questionário de avaliação de perfil.
Conheça o seu e invista de acordo com as conclusões. Irá ver que ficará muito mais confortável com os resultados.
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