Share the post "O que fazer num apagão de energia? Dicas práticas para estar prevenido!"
O apagão que afetou Portugal levantou muitas questões e algumas preocupações. O que fazer quando não há energia? O que temos mesmo de ter em casa para enfrentar um ou dois dias sem eletricidade? Como comunicar quando não sinal de rede nem internet? Calma é fundamental: um apagão não é o fim do mundo, mas convém estar preparado!
Apagão de energia em Portugal: o que aconteceu?
Na manhã de 28 de abril, Portugal ficou às escuras. Às 11h33, para ser exacto, o país assistiu a um apagão geral. Ainda sem causas fechadas, o cenário apontou para uma forte oscilação de tensão em Espanha, que desligou, em efeito dominó, a rede portuguesa.
A falta de energia afetou não só cidadão comum, mas também o universo empresarial, com consequências que afetaram o funcionamento normal de todo o tipo de estabelecimentos. Segundo a REN, a prioridade na recuperação da rede passa pelos serviços prioritários. A normalização está a ser feita de forma faseada e segura.
O que fazer nos primeiros minutos de um apagão?
Primeiro, respire fundo. A seguir, atue com cabeça fria:
- Não abra o frigorífico – cada vez que o faz, perde-se frio essencial para preservar os alimentos.
- Desligue aparelhos da corrente – evita estragos quando a energia voltar, como picos que queimam equipamentos.
- Poupe a bateria do telemóvel – reduza o brilho do ecrã, feche aplicações em segundo plano e ative o modo de poupança.
- Evite soluções improvisadas – ligar geradores sem cuidado ou fazer “engenhocas” pode ser mais perigoso do que útil.
- Use fontes de informação seguras – se ainda tiver sinal, confirme a situação em sites oficiais. Use um rádio para ouvir comunicações importantes.
- Prepare lanternas e velas – deixe uma lanterna acessível em cada divisão principal. Nunca deixe velas acesas sem vigilância.
- Feche janelas e portas – ajuda a manter a temperatura interna mais estável, especialmente em casos de frio ou calor extremos.
- Localize o seu kit de emergência – se tiver água, alimentos e medicamentos reunidos num local específico, terá tudo à mão sem stress.
- Mantenha a calma – um apagão é desconfortável, mas temporário. O nervosismo apenas complica.
Parece básico? Talvez. Mas no meio do caos, até encontrar uma pilha que funcione pode parecer uma caça ao tesouro.
Como estar a par das notícias mesmo sem rede no telemóvel?
Só nos momentos em que não temos rede no telemóvel e a internet está comprometida, é que nos apercebemos que o isolamento é real. Não é possível enviar mensagens, nem realizar chamadas, o que dificulta muito a comunicação. E a pesquisa online não é viável. Então o que é possível fazer?
A melhor forma é voltar às origens e utilizar o rádio tradicional a pilhas. Este, é, de facto, o equipamento mais fiável para ouvir as notícias e os comunicados oficiais com as diversas orientações. E não precisa ser um rádio de 50 euros, basta um equipamento simples que sintonize facilmente as diversas estações. Na verdade quanto mais simples, melhor, pois, a probabilidade de avariar é reduzida.
Kit de sobrevivência para apagões: o que não pode faltar
Quando a luz se vai, o conforto também desaparece num instante. Ter um kit de sobrevivência preparado faz toda a diferença entre enfrentar um apagão com serenidade ou viver horas de verdadeiro caos. Para não ser apanhado de surpresa, há alguns essenciais que devem estar sempre por perto — simples, acessíveis e pensados para resolver problemas práticos. Preparar-se não é exagero: é bom senso.
Alimentos enlatados – atum, milho, feijão, ervilhas, salsichas ou qualquer conserva que se possa abrir e comer sem precisar de fogão e o respetivo abre-latas manual.
Snacks duradouros: bolachas de água e sal, barras energéticas e frutos secos bem condicionados.
Água potável – pelo menos 2 litros por pessoa, por dia. Se puder, tenha reservas para 3 dias.
Rádio portátil – de pilhas, dínamo ou solar. Simples e resistente, para ouvir notícias mesmo sem rede móvel.
Lanternas – de preferência de dínamo ou com pilhas novas. Idealmente, tenha uma por cada divisão principal.
Pilhas extra – para o rádio, lanternas e até brinquedos (às vezes, distrair as crianças salva o dia).
Powerbank carregado – para ganhar umas horas extra no telemóvel ou tablet.
Candeeiros solares – carregam durante o dia e iluminam à noite.
Velas e fósforos – opção de último recurso. Nunca as deixe acesas sem supervisão e mantenha-as longe de cortinas e tecidos.
Toalhitas húmidas – salvam em situações sem água corrente e são úteis para higiene rápida.
Sabão ou sabonete – a limpeza das mãos continua a ser essencial, mesmo sem água quente.
Papel higiénico – nunca é demais, mas não exagere.
Medicação essencial – medicamentos de uso diário e básicos como paracetamol, ibuprofeno, anti-histamínicos, antiácidos e soro fisiológico.
Kit de higiene pessoal – escova de dentes, pasta de dentes, tesoura, artigos femininos, entre outros.
Kit de primeiros socorros – pensos, ligaduras, desinfectante, tesoura, pinça, luvas descartáveis, termómetro.
Manta térmica: ocupa pouco espaço e pode ser fundamental em caso de frio extremo.
Roupa quente e impermeável – um casaco polar, roupa interior extra e capa de chuva.
Dinheiro em numerário – notas pequenas e algumas moedas, em caso de falha total de sistemas eletrónicos, o cartão multibanco não serve de muito.
Cópias de documentos importantes – cartão de cidadão, carta de condução, cartões de saúde, seguros, guardados em local seco e protegido.
Mapas físicos da zona – se precisar de se deslocar sem GPS.
Verifique regularmente o estado do seu kit. Pilhas gastas e comida fora de prazo não ajudam ninguém. Um kit desatualizado é como uma guitarra sem cordas.