Tivemos oportunidade de analisar o risco e a forma de o calcular, tendo abordado o prémio de risco, cinco riscos a ter em conta e formas de diversificar o risco.
No contexto das estratégias de investimento, o risco e a sua minimização acaba por assumir um enorme relevo, na medida em que os investidores procuram ter sempre o maior retorno possível assumindo o mínimo risco na carteira. Assim, a diversificação de investimento torna-se fundamental para:
- Proporcionar bons níveis de retorno;
- Minimizar os riscos.
Afinal o que não é diversificação?
A expressão “não colocar os ovos todos no mesmo cesto” é muito utilizada no contexto dos mercados financeiros. Significa que deverá comprar diferentes classes de ativos de modo a reduzir o risco de queda do cesto. Sendo certo que os ovos não devem estar no mesmo cesto, de nada vale colocar os ovos em cestos que estão ligados entre si.
Dois exemplos ajudam a ilustrar uma má diversificação ou insuficiente:
1. Comprar ações do BCP e do BPI é uma má diversificação, uma vez que o desempenho destas duas ações deverá estar muito ligado visto que estão expostos ao mesmo setor;
2. Comprar ações da PT e do BES proporciona alguma diversificação. Contudo, é sabido que estas duas empresas estão ligadas na sua estrutura acionista, pelo que acabam por se influenciar mutuamente.
Para melhorar a sua diversificação deverá considerar então:
- Setor de atividade – Investir em setores diferentes evita o risco de estar investido num setor em declínio, como sucedeu na crise da bolha tecnológica;
- Geografia – Investir em diferentes países ou blocos geográficos evita questões como risco político;
- Classe de ativos – Investir em ações, obrigações, moeda ou matérias-primas;
- Moeda – As moedas de diferentes países (como o Euro ou o Dólar dos EUA) podem proporcionar bons níveis de diversificação.
Investir não é uma ciência mas o cumprimento de algumas regras pode aumentar em muito o seu sucesso financeiro. A diversificação do risco é uma dessas grandes regras!
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