Foi um choque para o país ouvir as duras medidas anunciadas ontem à noite pelo primeiro-ministro, Passos Coelho.
Serão dois anos de grande sacrificio, em que os funcionários públicos que aufiram ordenados acima dos 1.000 euros ficarão sem subsidio de férias e de Natal. Para aqueles que tenham rendimentos entre o ordenado mínimo nacional, 485€ e os 1.000 euros perderão um dos subsidios. Nestas mesmas condições sairão afectados os reformados e pensionistas.
O Governo também propõe aos privados que alarguem o horário de trabalho para mais meia hora por dia, de forma a que o país produza mais e assim a nossa economia possa avançar.
A alimentação vai toda ela passar a ser taxada ao IVA de 23%; só mesmo o vinho, produtos agrícolas e de pescas é que manterão a taxa intermédia.
A DECO criticou estas medidas pois muitas famílias encaram estes subsidios como verdadeiras tábuas de salvação. Seja para pagar seguros, amortizar créditos, prestações em atraso, despesas com os filhos, entre outras, são vários os destinos dados a estes dois subsidios.
A associação acredita que estas medidas vão acabar com a classe média e resultar no agravamento da situação dos mais carenciados. Além disso, agora sim, o incumprimento vai disparar, porque se já hoje em dia muitas famílias já não conseguem fazer face às prestações, então agora com estas medidas, o crédito malparado vai aumentar.