João Pedro Silveira
João Pedro Silveira
28 Set, 2016 - 13:23

O que ver em Berlim: ruas e bairros obrigatórios

João Pedro Silveira

Descubra connosco quais são as ruas e os bairros que não deve perder na sua próxima visita a Berlim. 

O que ver em Berlim: ruas e bairros obrigatórios

Vai visitar a capital alemã e não sabe o que ver em Berlim? Nós elegemos um conjunto de ruas, praças e bairros que merecem a sua visita. Entre a cultura da Ilha dos Museus e o ambiente hipster de Kreuzberg, Berlim tem muito para oferecer, e muito para descobrir. 
 

Bairros, ruas e praças que não quer perder na capital germânica


A Ilha dos Museus

A Berliner Dom – Catedral de Berlim – encontra-se em plena Museuminseln, a ilha dos museus, centro cultural por excelência da cidade e que tem de estar na lista do que ver em Berlim. Aqui podem-se encontrar artefactos históricos de todo o mundo como o busto de Nefertiti da coleção do Museu Egípcio de Berlim que se encontra em exibição no Neues Museum, ou a famosa Porta de Ishtar, uma das oito portas da antiga Babilónia que juntamente com o caminho processional foi totalmente reconstruida dentro do Museu Pergamon.

Ainda no Pergamon, será impossível perder a magistral escadaria do templo de Pérgamo – antiga cidade grega na atual Turquia – que dá nome ao Museu e que foi transferida, peça por peça para a capital alemã no século XIX.  Além do Pergamon na Ilha dos Museus ainda se pode encontrar o Altes, o Bode e a Galeria Nacional, todos eles locais de visita obrigatória. 


Nikolaiviertel

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Por trás da Câmara Municipal encontra-se o charme de uma pequena cidade medieval, escondida no centro da cidade: Nikolaiviertel, que com os seus restaurantes, cafés e lojas, jardins com pequenas esplanadas cercadas de flores, evocando um charme de outras eras. Quem visita Berlim fica sempre encantado com este “enclave” de bom gosto e história, perdido nas traseiras dos grandes prédios, com os seus edifícios antigos e igrejas históricas e o rio que parece abrandar a sua marcha, quando passa por estas bandas…


Friedrichshain

Atravessando a estalinista Karl-Marx-Allee entra-se no coração de Friedrichshain avançado em direção à Frankfurter Tör – a porta de entrada do bairro. No cruzamento entre as Karl-Marx e a Frankfurter Allee encontrará as duas torres que anunciam a entrada em Friedrichshain.

O Bairro pode não ter muitos “momentos kodac” como enquadramento da Fernsehturm na Frankfurter Tör mas é certamente um dos locais para se estar em Berlim, partilhando com Prenzlauer Berg e Kreuzberg o estatuto de bairro da moda. Muitos jovens rumaram a esta parte da cidade onde fervilham a associações alternativas, prédios comunitários, pequenos bares que são o habitat perfeito do jovem ambientalista, ideologicamente comprometido que gosta de dissecar os males do mundo e o iminente fim do capitalismo enquanto bebe uma cerveja.


Alexanderplatz

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O decadente charme da antiga capital da RDA encontra-se para lá da Ilha dos Museus, na mítica Alexanderplatz, o sempre renovado centro da cidade oriental, e hoje novamente o centro da capital alemã. Alex, como é conhecida pelos locais, deve o seu nome à visita do Czar Alexandre I em 1805.

Grande praça aberta, em tempos palco de uma feira de gado, ganhou importância com a sua estação de comboio, que em conjunto com a vizinha Potsdamer Platz a tornaram no centro de transportes da cidade e o coração da boémia nos anos 20 e 30, até à ascensão do nazismo. Alexanderplatz era o palco de uma Berlim que ficou imortalizada na obra de Alfred Döblin – mais tarde revisitada por Fassbinder – ou na de Kurt Weil e Berthold Brecht. Mas esse mundo de navalhas ensaguentadas, cabarets com fumo e revolver escondidos nas meias de liga acabou com a ascensão dos nazis ao poder.

Cinzenta durante o período da RDA, a praça é hoje uma explosão de luz, cor e vida, com a sua estação e as torres, de onde se destaca o arranha céus do Park Inn, e é local de visita obrigatória para quem quer sentir o pulsar da grande cidade.



Prenzlauer Berg

Este é o szenerviertel, literalmente o bairro da moda, em que os berlinenses adoram morar e os turistas gostariam de viver. Bares, restaurantes, lojas, galerias de arte, livrarias, associações artísticas, pequenos cinemas e editoras independentes ajudam a emprestar a Prenzlauer Berg uma aura simultaneamente hedonista e artística. 

Situado na parte oriental da cidade, antes da queda do Muro Prenzlauer Berg era um dos bairros proletários da antiga capital da RDA, a reunificação transformou por completo o bairro, que se modernizou, tornando-se mais jovem e tendo hoje em dia algumas das rendas e alugueres mais caros da cidade.


Kreuzberg

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Há muito que Kreuzberg terá perdido o monopólio da coolness berlinense. Durante os anos 90 e a os primeiros anos do novo milénio, o bairro era o coração artístico da cidade e talvez da própria Europa. Kreuzberg ditava leis, modas, temperamentos. O anarchic reinava, nesta parte da cidade que recolhia os desvalidos, os rebeldes, os emigrantes de países distantes. Esta diversidade ainda marca a zona, que ainda vive nos cafés, restaurantes e clubes que se multiplicam por Kreuzberg.



Oranienburgerstrasse

A hedonista Oranienburgerstrasse, com os seus espaço de diversão noturna, a sinagoga e as ruas repletas de prostitutas – a prostituição é legal na Alemanha – que emprestam um colorido pouco habitual à rua, é um microcosmos da Berlim do século XXI, que tinha no antigo Tacheles – edifício ocupado por artistas -, o seu símbolo, bandeira da contra-cultura berlinense. 

Numa das pontas da rua encontra-se a praça de Hackescher Markt, um antigo mercado, que hoje fervilha com cervejarias e restaurantes, a dois passos de uma das mais belas estações de metro de Berlim. Hoje em dia pode já não haver o Tacheles, mas a Oranienburgerstrasse é uma rua que ainda tem muito para lhe oferecer. 

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