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A obesidade canina é uma doença que, tal como acontece nos humanos, traz consigo uma série de outras complicações que podem comprometer o bem-estar e, mesmo, a esperança de vida. Tratar a obesidade canina é possível, sendo importante começar por diagnosticá-la e perceber, exatamente, quais as principais causas que a motivaram.
Assim, será mais fácil “atacar” o problema e apostar nas soluções e tratamentos mais adequados para conseguir que o seu animal perca peso, gordura e recupere a sua saúde. Não desvalorize este transtorno nutricional e combata a obesidade canina com empenho e perseverança pois, enquanto dono de um cão, é também essa a sua responsabilidade.
Obesidade canina: acabe com esta doença que afeta 25% dos cães
O que é?
Atualmente, a obesidade é um problema transversal e, prova disso, é que também os nossos animais de estimação sofrem disso. Estudos indicam que 30% dos cães padecem deste mal que não tem só implicações estéticas. A obesidade canina é uma doença grave, com múltiplas consequências sobre a saúde do animal e com uma lista de patologias associadas que têm um impacto significativo na diminuição da esperança de vida do seu amigo de 4 patas.
Trata-se de um transtorno nutricional que afeta 25% dos cães e 40% dos gatos, principalmente na meia-idade. Estas percentagens podem estar relacionadas com mudanças no estilo de vida (sedentarismo) e rações mais calóricas. A obesidade canina carateriza-se pelo excesso de gordura corporal que, pode ou não, ser acompanhado pelo aumento de peso.
Consequências: 9 problemas e patologias associados
1. Mais riscos, em caso de cirurgia: as operações em cães obesos requerem uma maior dose de anestesia, assim como o facto de a gordura que cobre alguns órgãos poder dificultar a visibilidade.
2. Maior pressão sobre o coração, pulmões, rim e articulações: a generalidade dos órgãos do seu cão vai passar a ter uma maior atividade, de modo a tentar manter o maior volume de massa do animal. Isso representa um enorme esforço.
3. Agravamento de doenças articulares, como a artrite: a acumulação de gordura e o excesso de peso vão acabar por forçar as articulações, mais do que é habitual.
4. Desenvolvimento de problemas respiratórios: sobretudo em períodos de esforço ou durante o tempo quente, a gordura acumulada nos pulmões dificulta a inspiração mais profunda por parte do animal, obrigando-o a fazer uma respiração mais intensa, forçando os pulmões e gerando cansaço.
5. Desenvolvimento de diabetes: a obesidade potencia o surgimento de diabetes, doença sem cura e que pode conduzir à cegueira.
6. Aumento da pressão sanguínea e problemas cardíacos: a obesidade obriga o coração a trabalhar a um ritmo mais acelerado, pois precisa bombear mais sangue devido a maior massa do animal.
7. Perda de eficácia do sistema imunológico: o sistema imunológico de um animal obeso é mais frágil e, por isso, o seu cão está mais sujeito a contaminações virais.
8. Aumento da probabilidade de desenvolver tumores: o aparecimento de cancro, sobretudo na mama ou no sistema urinário, pode estar em grande parte relacionado com problemas de obesidade.
9. Problemas gastrointestinais: a diarreia e o aumento da flatulência ocorrem mais frequentemente em cães obesos.
Diagnóstico e causas
O diagnóstico da obesidade canina deve ser feito através de um exame clínico, onde o veterinário avalie a condição corporal do animal, pesando-o e medindo-o. É preciso intervir e tratar a obesidade do seu cão quando ele exceder 15% do seu peso ideal.
Causas mais frequentes
- falta de exercício: a diminuição do exercício físico estimula a maior ingestão de alimento, para além de diminuir o consumo energético.
- idade avançada: os animais adultos ou idosos vêem o seu metabolismo diminuir, assim como a prática de exercício, mantendo muitas vezes o mesmo nível de ingestão de alimento.
- castração: a obesidade tem maior incidência em animais castrados, o que está relacionado com uma combinação de fatores fisiológicos e ambientais.
- genética e raça: algumas raças parecem estar mais predispostas a sofrer de obesidade, tais como os Beagles, Basset Hounds, Cairn Terriers, Chihuahua, Cocker Spaniels, Dachshounds, Golden Retrievers, Labrador Retrievers, Schanuzers miniaturas, Pastores Shetland, Pastores Alemães e Pugs. Há, também, fatores genéticos que podem interferir na composição do corpo.
- doenças endócrinas: patologias, como o hipotiroidismo e o hiperadrenocorticismo, podem influenciar a composição corporal do animal.
- alterações na ingestão de alimentos: as caraterísticas, quantidade e frequência da ingestão de ração pode contribuir para o desenvolvimento da obesidade.