São 25 as obras falsificadas que estão na origem daquele que é, de acordo com os especialistas, o maior escândalo do mundo da arte do último século. A leiloeira Sotheby’s já recolheu duas dessas obras e viu-se obrigada a reembolsar – em muitos milhões de euros – os colecionadores que as adquiriram.
Há investigações em curso e processos interpostos em tribunal para reaver os alegados 225 milhões de euros em prejuízos. Crê-se que todas as 25 obras foram negociadas por um auto-intitulado colecionador francês, o mesmo que alega nunca ter apresentado as obras em causa como sendo da autoria de mestres da pintura. Afirma que é apenas um colecionador e que a autoria das obras foi atribuída pelos especialistas que as avaliaram. De qualquer forma, está a ser investigado como cúmplice de uma rede de falsificação de obras de arte.
A procura por obras dos denominados “Old Masters”, mestres da pintura dos séculos XVI e XVII, gerou, eventualmente, um excesso de confiança por parte dos especialistas que avaliam a autenticidade de obras de arte. É certo que a qualidade das falsificações, muito acima da média, foi um factor decisivo para este erro de julgamento.
As autoridades responsáveis pela investigação em curso não estão disponíveis para confirmar e apresentar as 25 obras falsificadas envolvidas neste escândalo. Todavia, sabe-se que as seguintes obras fazem parte desse lote.
Obras falsificadas
1. “Venus”, da autoria de Lucas Cranach
2. “Saint Jerome”, da autoria de Parmigianino
3. “David Contemplating the Head of Goliath”, da autoria de Orazio Gentileschi
4. “Portrait of an Unknown Man”, da autoria de Franz Hals
5. “Portrait of Cardinal Borgia”, da autoria de Diego Velásquez
Numa entrevista ao jornal britânico Daily Mail, Bob Haboldt, um dos maiores negociantes de arte a nível internacional, referiu que este é, provavelmente, o maior escândalo do mundo da arte do último século, desde aquele que envolveu obras falsificadas do pintor holandês Johannes Vermeer, no decorrer da década de 40.
Este episódio está a abalar o mercado da arte, sobretudo as transações realizadas em algumas das leiloeiras mais conceituadas do mundo, nomeadamente a Christie’s e a Sotheby’s. Para além dos habituais certificados de autenticidade que acompanham as transações de obras de arte, os investidores começam a exigir análises científicas e garantias financeiras para formalizarem os investimentos. Paira um clima de desconfiança que poderá gerar rupturas financeiras significativas no mercado da arte, nomeadamente nos investimentos de médio e longo prazo.
E em Portugal? Quem assegura a autenticidade das obras?
Esta é, provavelmente, a questão que mais amedronta os colecionadores e pequenos investidores, a segurança de que estão a investir em obras autênticas. No mercado online, esta é uma das principais preocupações a ter em consideração.
Se é cliente habitual destas plataformas, gostará de saber que a P55, a plataforma de bens de luxo em segunda mão e leiloeira, disponibiliza uma equipa de especialistas de confiança que garante a avaliação e a autenticidade das obras que vende. Tendo um modelo de negócios à consignação, possui uma loja física, uma online e uma programação mensal de leilões e rege-se pelo princípio da lealdade.
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