Cláudia Pereira
Cláudia Pereira
03 Mar, 2025 - 16:30

Óscares 2025: os grandes vencedores da noite

Cláudia Pereira

Descubra os vencedores dos Óscares 2025 e as surpresas da noite mais aguardada do cinema. Um resumo da cerimónia!

A 97.ª edição dos Óscares decorreu a 2 de março de 2025, no icónico Dolby Theatre, em Los Angeles. A noite mais aguardada da sétima arte foi marcada por surpresas, discursos emotivos e uma celebração do cinema em toda a sua diversidade. Entre vencedores consagrados e novas promessas da indústria, os prémios deste ano reforçaram o poder da narrativa cinematográfica.

“Anora” brilha e leva o Óscar de Melhor Filme

O grande destaque da noite foi “Anora”, realizado por Sean Baker, que arrecadou cinco estatuetas, incluindo Melhor Filme e Melhor Realizador. A produção conquistou a crítica pela sua abordagem envolvente e realista, com uma narrativa intensa sobre a vida de uma jovem envolvida no mundo da prostituição.

A protagonista, Mikey Madison, brilhou ao receber o prémio de Melhor Atriz, num discurso emocionado onde destacou a importância da representatividade de histórias marginalizadas no cinema.

Outros vencedores em destaque

Na categoria de Melhor Ator, o prémio foi para Adrien Brody, pelo seu papel em The Brutalist. A sua interpretação de um arquiteto judeu que foge da Europa devastada pela guerra e tenta reconstruir a sua vida na América foi amplamente elogiada pela crítica, consolidando Brody como um dos grandes talentos do cinema contemporâneo.

Já o Óscar de Melhor Atriz Secundária foi atribuído a Zoe Saldaña, pela sua performance em Emilia Pérez. No musical dirigido por Jacques Audiard, Saldaña dá vida a uma advogada envolvida num caso surpreendente, demonstrando um alcance dramático impressionante e reforçando o seu estatuto como uma das atrizes mais versáteis de Hollywood.

Kieran Culkin foi distinguido como Melhor Ator Secundário, pelo filme A Real Pain, uma comédia dramática que explora a complexidade dos laços familiares. A sua interpretação de um homem que embarca numa viagem pela Europa de Leste com o seu primo (interpretado por Jesse Eisenberg, que também realizou o filme) conquistou o público e os críticos, garantindo-lhe a sua primeira estatueta dourada.

Na categoria de Melhor Argumento Original, o prémio foi para Celine Song, pelo filme Past Lives, uma história delicada e introspectiva sobre o destino e as conexões humanas. Já o Melhor Argumento Adaptado foi entregue a Cord Jefferson, por American Fiction, uma sátira afiada sobre a perceção da literatura afro-americana na cultura popular.

Entre os prémios técnicos, Melhor Fotografia foi para Hoyte van Hoytema, pelo seu trabalho visualmente deslumbrante em Oppenheimer, enquanto Melhor Montagem ficou nas mãos de Jennifer Lame, pelo mesmo filme. Melhor Banda Sonora Original foi atribuída a Jerskin Fendrix, pelo filme Poor Things, um reconhecimento pelo seu trabalho inovador na criação de uma atmosfera sonora única.

A categoria de Melhor Filme de Animação foi conquistada por The Boy and the Heron, de Hayao Miyazaki, reafirmando o legado do Studio Ghibli e a mestria do realizador japonês na arte da animação.

Por fim, Godzilla Minus One surpreendeu ao vencer Melhor Efeitos Visuais, sendo aclamado pela sua impressionante recriação digital da icónica criatura, elevando o padrão da indústria para produções deste género.

Brasil brilha com “Ainda estou aqui”

Uma das grandes surpresas da noite foi a vitória de “Ainda estou aqui”, do Brasil, na categoria de Melhor Filme Internacional. O filme, que explora com sensibilidade questões sociais e de identidade, conquistou a crítica e o público pelo seu impacto emocional e pela profundidade da sua narrativa. Com uma realização cuidadosa e interpretações marcantes, o filme destacou-se como uma das produções mais autênticas do ano.

Este prémio não só reafirma a qualidade do cinema brasileiro, como também reforça a crescente presença do cinema lusófono no panorama mundial. A vitória abre portas para futuras produções faladas em português, impulsionando a sua visibilidade e reconhecimento no circuito internacional.

Momentos memoráveis da cerimónia

A edição deste ano dos Óscares ficou marcada por discursos inspiradores e homenagens a grandes nomes da indústria. Entre os momentos mais comentados da noite, destacou-se a apresentação de Conan O’Brien, que trouxe um tom descontraído e humorístico à cerimónia.

O evento também serviu como espaço para reflexões sobre o futuro do cinema, com discursos focados na importância da diversidade e da representação no grande ecrã.

Para o ano há mais…

Os Óscares 2025 trouxeram uma mistura de tradição e inovação, premiando talentos estabelecidos e novas vozes do cinema. O destaque dado a histórias autênticas e representativas demonstra a evolução da indústria e o seu compromisso com narrativas mais inclusivas e impactantes.

A próxima edição já começa a ser antecipada, com a promessa de novas obras-primas a caminho. Até lá, o legado de 2025 ficará marcado pela celebração do talento e pela paixão pelo cinema.

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