Share the post "Pagar com telemóvel: vantagens e desvantagens da nova tendência"
É a tecnologia portátil a funcionar no seu melhor e a nova tendência entre os mais jovens. Se costuma ir a festivais, então, é praticamente impossível que lhe tenha passado ao lado o facto de cada vez mais gente pagar com o telemóvel as pequenas contas do dia a dia. É fã desta modalidade?
Pagar com o telemóvel é prático e uma excelente bóia de salvação para quando não traz dinheiro no bolso e não encontra caixas de multibanco por perto. Só que nem tudo é um mar de rosas e há armadilhas pelo meio.
Porquê e como pagar com telemóvel?
Porquê pagar com o telemóvel? Quer a resposta mais direta? Porque é prático. Pagar com telemóvel evita que tenha de trazer dinheiro no bolso ou na carteira e, em consequência, ajuda a reduzir o risco de ser roubado ou de perder o dinheiro em contextos de muita confusão.
Também é a possibilidade de pagar com telemóvel que o livra daquela fila gigante em frente à única caixa de multibanco num recinto cheio de gente ou da caminhada até ao multibanco só para voltar e comprar um gelado no bar da praia.
Pagar com o telemóvel é como ter um porta-moedas sempre cheio e à mão. Não há como não reconhecer o jeito que dá!
Como pode aderir ao sistema?
Para pagar com o telemóvel precisa de uma aplicação específica que faça a ligação entre a conta virtual e a sua conta do banco. Essa aplicação está disponível nas lojas virtuais, e vai ter de preencher alguns dados bancários antes de começar a utilizar.
Também do lado do banco vai ter de autorizar a ligação à conta virtual da aplicação, para que a instituição saiba que as operações são autorizadas por si.
Que riscos corre ao pagar com telemóvel?
Claro que, ao ter um “multibanco de bolso” no telemóvel, os riscos de segurança crescem significativamente. Por um lado, o telemóvel tende a estar mais exposto do que o cartão multibanco – basta pensar em quantas vezes o pousou em cima da mesa durante uma refeição num restaurante ou até deixou dentro do carro. Também ao contrário do que acontece com o cartão multibanco, o telemóvel é um objeto que facilmente se empresta sem pensar muito.
Além destes riscos, contudo, ainda há os riscos próprios da tecnologia móvel: o telemóvel comunica com os terminais de pagamento através de um sinal que pode ser interceptado por alguém com piores intenções, e isso põe a descoberto a informação que está dentro da app.
A somar a todos estes riscos, há ainda o perigo de o telemóvel lhe ser roubado – e aí é como se lhe roubassem o telemóvel e a carteira ao mesmo tempo, com a agravante de ser muito mais fácil gastar o dinheiro.
Como é que as aplicações garantem a sua segurança?
Da mesma forma que os utilizadores sabem que incorrem em alguns riscos, os bancos também compreendem que não podem facilitar na segurança dos sistemas. Tanto assim é que até a legislação acompanhou a evolução tecnológica e obriga os bancos e a SIBS a certificar as aplicações.
Além da certificação técnica do sistema, as aplicações também recorrem a um conjunto de barreiras de segurança que obrigam o utilizador a identificar-se antes de aceder à área pessoal. Esta identificação pode ser feita através de um PIN, mas também pode chegar a um sistema mais sofisticado de reconhecimento da impressão digital.
5 cuidados a ter quando pagar com o telemóvel
1. Não confie em qualquer aplicação
Há, na Internet, várias aplicações que lhe permitem pagar com telemóvel, mas lembre-se que nem todas são feitas em Portugal e, por isso, nem todas respeitam as regras de certificação de segurança. Além disso, não sabe quem as fez. Entregaria os seus dados bancários a um desconhecido, mesmo que ele lhe prometesse confidencialidade?
Para garantir que está em segurança, o melhor é usar apenas as aplicações oficiais dos bancos ou até a aplicação da própria SIBS. Encontra-as nas lojas oficiais (Google Play Store e Apple App Store) ou nos sites dos próprios bancos. Não descarregue aplicações de outras fontes, mesmo que lhe pareçam ser as mesmas.
2. Controle os movimentos da sua conta com atenção
Faça por adquirir o hábito de controlar atentamente os movimentos da sua conta bancária, sobretudo quando começa a pagar com o telemóvel. É importante que, em caso de fraude, dê conta o mais rápido possível, caso contrário pode perder muito dinheiro sem sequer dar conta.
Controlar o que lhe é debitado também é importante porque, se lhe cobrarem taxas ou comissões com que não contava, fica logo a saber.
3. Escolha uma password forte
Não escolha uma palavra-chave qualquer. Em causa estão os seus dados bancários, por isso deve fazer a sua parte para garantir que estão seguros. Acima de tudo, não use uma palavra-chave repetida, por muito forte que ela lhe pareça.
Escolha uma palavra-chave com vários caracteres, com números, símbolos e letras maiúsculas e minúsculas, e use-a apenas para aquele fim. Escusado será dizer que não deve partilhar essa palavra-chave com ninguém nem anotar em lugares expostos.
4. Saiba como bloquear o telemóvel à distância
Por muitos cuidados que tenha, há sempre a possibilidade de ver o seu telemóvel roubado. Se isso acontecer, esteja preparado para bloqueá-lo rapidamente à distância, de forma a impedir o larápio de, além de roubá-lo, ir às compras à sua custa e pagar com o telemóvel.
5. Tenha cuidado com as redes
Todos os lugares hoje em dia têm Wi-Fi: da casa dos amigos ao café do bairro, o nosso telemóvel liga a todo o tipo de redes e entra em todo o tipo de sistemas, mesmo sem nos apercebermos.
Ter o cuidado de não transmitir informações sensíveis usando o sinal de uma rede aberta é essencial para garantir que os seus dados não ficam espalhados por aí. Não se esqueça que, da mesma forma que a rede é aberta para si, também é aberta para os outros – mesmo aqueles que não têm boas intenções.
Desde que tenha estes cuidados e zele pela integridade do seu equipamento, pagar com o telemóvel não tem de ser um perigo ou algo assustador. Ainda assim, a recomendação é que use esta modalidade apenas em locais minimamente seguros e quando não deteta à sua volta motivos de suspeição. A partir daí, pagar com telemóvel é a melhor forma de fazer face a pequenas despesas sem depender das moedas que tem no bolso.
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