Share the post "Passe único no Porto: o que muda nos transportes da Invicta"
Nem sempre as atualizações de preços são para nos pesar mais no bolso: já foi anunciada a implementação do passe único no Porto e a poupança promete ser bastante significativa para a maioria dos utilizadores da rede Andante.
O objetivo desta medida é incentivar o uso da rede de transportes intermodais da cidade nortenha e, em consequência, reduzir o número de carros particulares a circularem nas ruas da Invicta.
A arma secreta é a redução drástica dos preços dos bilhetes mensais. A partir de agora haverá menos dúvidas sobre se andar de metro compensa em relação a tirar o carro da garagem.
Passe Único no Porto: 8 perguntas e respostas
1. O que é o passe único no Porto?
O passe único no Porto é uma espécie de versão avançada do atual Andante: é um bilhete mensal que permite aos utilizadores dos transportes públicos circularem a preços muito mais reduzidos em toda a área metropolitana.
2. Que tipos de Passe Único encontro na Invicta?
Tal como aconteceu em Lisboa, há agora duas modalidades de Passe Único no Porto: o Passe Único Municipal, que lhe permite circular em todos os transportes públicos da cidade por apenas 30 euros mensais; e o Passe Único Geral, que, por 40 euros por mês, alarga esta possibilidade a toda a área metropolitana: Arouca, Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Oliveira de Azeméis, Paredes, Porto, Póvoa de Varzim, Santa Maria da Feira, Santo Tirso, São João da Madeira, Trofa, Vale de Cambra, Valongo, Vila do Conde e Vila Nova de Gaia.
3. Posso andar em todos os transportes?
O passe único no Porto é como o atual cartão Andante: permite-lhe viajar em todos os transportes da Rede Intermodal Andante, sejam eles autocarros, metros ou até elétricos.
Há, contudo, um ponto importante a considerar: por funcionar exatamente da mesma forma que o andante, o passe único no Porto só é válido em veículos de empresas que instalaram os dispositivos de validação dos bilhetes Andante. Assim, ficam de fora deste benefício duas companhias de transportes: a Auto Viação Feirense, que serve Santa Maria da Feira, Arouca, Castelo de Paiva, Ovar, S. João da Madeira, Porto, Gaia, Espinho e Gondomar, e a Transdev, que serve Santo Tirso.
A autarquia garante, no entanto, que está a estudar uma forma de evitar que os utentes destas duas empresas fiquem prejudicados em relação aos restantes utentes da Rede Intermodal.
4. Preciso de comprar outro cartão?
A grande vantagem do novo Passe Único no Porto é que ele não obriga a comprar um cartão novo: basta usar o seu atual passe Andante. Na verdade, nem precisa de fazer nada para mudar: quando for carregar o seu passe em abril vai-lhe ser automaticamente atribuída a nova tarifa.
5. Quando posso comprar o passe único no Porto?
A venda dos primeiros títulos de transporte da nova tarifa está agendada para o dia 26 de março, mas os novos bilhetes só ficam válidos no dia 1 de abril. Contudo, como lhe dissemos no ponto acima, se já tiver um passe não precisa de ir comprar outro: a nova tarifa vai ser aplicada automaticamente quando for recarregar o cartão que tem.
6. O que acontece com passes de poucas zonas?
Quem vive no Porto sabe que o valor dos bilhetes varia consoante o número de zonas que a viagem atravessa – e que um passe para duas zonas (Z2) ou três zonas (Z3) custa menos do que o passe único geral.
Para estes casos, o diploma aprovado pelo Governo determina que os utentes que tenham passes de duas ou três zonas sejam automaticamente enquadrados na tarifa do passe único municipal, mesmo que, para percorrer essas zonas, saiam da cidade do Porto.
7. E os descontos para os reformados?
Os descontos para os reformados mantêm-se: ninguém sentirá um aumento no preço do bilhete mensal.
8. E para os estudantes?
As mudanças no passe único no Porto trouxeram benefícios também para quem já tinha desconto. É o caso dos menores de 18 anos estudantes do ensino básico e secundário (que tinham um passe 4_18) e dos estudantes do ensino superior com menos de 23 anos (que tinham um passe Sub_23), que beneficiavam de 25% de desconto, bem como o dos beneficiários de Ação Social, a quem era concedido um desconto de 60% no passe.
Com as novas tarifas em vigor, o que acontece é que as percentagens de desconto deixam de ser aplicadas sobre o valor original do bilhete e passam a ser aplicadas sobre o novo valor do passe único no Porto. Ou seja, estes utentes passam a pagar 25% ou 60% menos do que os 40 euros do passe único geral (ou Municipal, se não saírem da cidade).
O Passe Família
Mais do que um passe único no Porto, o Governo está a estudar implementar um Passe Família que incentive as famílias portuenses a deixarem o carro em casa e a circularem mais de transportes públicos.
A ideia é simples: independentemente do número de elementos que o agregado familiar tenha, não paga mais do que 80 euros pelos passes todos (ou 60 euros, se forem passes municipais).
A iniciativa pode representar uma grande reviravolta no dia-a-dia de muitos portuenses, já que, até agora, muitos preferiam andar de carro porque, se viajassem várias pessoas de uma vez, saía mais barato do que comprar passe para todos.
Com este novo limite a liberdade custa bem menos e espera-se uma redução do número de veículos particulares a circular nas ruas.
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