A popularidade dos SUV, onde o Nissan Qashqai ainda é a referência em termos de vendas, continua a evoluir dia após dia em Portugal ganhando adeptos cada vez mais exigentes. Fomos testar dois dos SUV que, na nossa opinião, reúnem os itens necessários para estar no topo da lista dos carros a ter: o novo Peugeot 3008 1.6 BlueHDI – que foi eleito o carro do ano – e o sul-coreano Hyundai Tucson 1.7 CRDi.
Ambos os modelos espelham a realidade do mercado português, e mesmo europeu, no qual a tendência converge para carros com um cariz desportivo e aventureiro, mas que ao mesmo tempo sejam sinónimo de conforto e segurança para as famílias. Nos últimos anos, os fabricantes desenvolveram diferentes tipos de SUV recheados de tecnologia, esteticamente elegantes e com preços muito competitivos. Vamos acelerar e descobrir dois modelos de SUV que estão a dar que falar.
Design do Peugeot 3008 e do Hyundai Tucson
Em termos de design, a verdade é que ambos apresentam uma estética inovadora, com uma pitada de desportivo, mantendo-se elegantes q.b. Características estas imprescindíveis num automóvel moderno.
Vamos por partes. Porque o Hyundai Tucson, um SUV compacto, está a ter tanto sucesso? Em termos estéticos, está elegante ao mesmo tempo que mantém o aspeto de um todo-o-terreno, uma das razões que o fez arrecadar alguns prémios atribuídos pela indústria automóvel.
Já o design do Peugeot 3008 é de facto muito apelativo e foi uma das razões que o levou a ganhar o prémio mais ambicionado: Carro do ano 2017. O Peugeot 3008 tem uma frente bem agressiva, os vidros são escurecidos, o que lhe confere uma imagem semelhante a um coupé, e a traseira conta com uns farolins divididos em barras verticais, fazendo lembrar umas garras de leão.
No geral, nada a apontar a qualquer um destes modelos em matéria de design. Tudo dependerá do gosto do cliente.
Segurança de excelência
Sendo o SUV um carro a pensar nas famílias a segurança está no topo da lista dos itens que se procuram neste tipo de automóvel. E aqui, não houve falhas. O Peugeot 3008 e o Hyundai Tucson trazem os habituais seis airbags ou o ESP de série, incluem sistema de manutenção na faixa, leitor de sinais de trânsito e aviso de mudança involuntária de faixa de rodagem, que no caso do Peugeot está associado ao cruise control ativo.
O leão francês conta ainda com aviso de colisão frontal. Em termos de garantia, o modelo coreano propõe cinco anos sem limite de quilómetros, enquanto o Peugeot fica-se pelos dois anos.
Condução mais ágil no Peugeot 3008
Em termos de agilidade de condução, o Peugeot 3008 é de facto mais ágil, pois apresenta uma melhor disponibilidade do motor em baixas rotações. Já o concorrente Hyundai, embora não se comporte mal, fica um pouco atrás do Peugeot quando se trata de conduzir em cidade.
No caso do Hyundai Tucson, este conta com uma direção homogénea – dois modos de assistência – e embora permita uma condução dinâmica e muito segura, não consegue ser tão ágil como o Peugeot. No entanto, ambos apresentam uma condução dinâmica e segura.
Conforto acima da média
A Peugeot não olhou a meios e transformou o 3008 quase tão confortável como a nossa sala estar. De facto, a relação comportamento/conforto do Peugeot 3008 é das melhores do segmento dos SUV. O interior do leão francês é mais moderno, o que cria um ambiente mais arrojado, No caso do Tucson, o conforto é idêntico ao rival, apesar do interior ser menos inovador em comparação com o modelo francês, o que cria um ambiente um pouco mais sério.
No global, nenhum dos modelos desilude no interior: os materiais, não sendo premium, são de excelente qualidade, estão recheados de tecnologia e têm muito espaço, tal como se espera de um carro familiar. A bagageira do Peugeot 3008 é maior (520 litros) do que a do Hyundai Tucson (513 litros).
Desempenho dos motores
O motor 1.6 BlueHDI de 120 cavalos (diesel), equipado com caixa automática de seis velocidades e dupla embraiagem, do Peugeot 3008 teve o desempenho que se esperava, desenvolvendo sempre a um ritmo interessante e atingindo as velocidades esperadas com facilidade.
A versão do Hyundai Tucson contava com o motor de 141 cavalos do 1.7 CRDi, associado a uma caixa manual de seis velocidades. Pelas nossas mãos passou a mesma versão 1.7 CRDi Executive DCT, com 5 portas (diesel) mas com caixa de velocidades automática. O modelo coreano comportou-se à altura de um SUV.
Em relação à agilidade do motor, as diferenças são mais notórias. O Peugeot 3008 é definitivamente mais rápido nas acelerações, embora as diferenças sejam na ordem das décimas de segundo.
Quando falamos dos consumos, o Peugeot ficou-se pelos 5,8 l/100 km e o Hyundai um pouco acima, nos 6 l/100 km. Nenhum dos dois desilude nesta matéria, pois acreditamos que depende do tipo de condução que se faz, para que se consigam números equiparados em matéria de consumo. Ao longo dos testes testámos percursos combinados que incluíam cidade, autoestradas e vias rápidas a velocidades constantes.
No global, existem algumas diferenças que podem levar a optar por qualquer um destes modelos e que nos fazem declarar que estes são, provavelmente, dois dos melhores SUV à venda em Portugal. Nota-se claramente que a Peugeot apostou todas as fichas na renovação do 3008 e os resultados não podiam ser melhores. O Peugeot foi eleito Carro do Ano 2017, a nível internacional e em Portugal.
No caso da Hyundai, a fabricante sul-coreana conseguiu desenvolver um SUV apelativo, bem ao jeito europeu, que aposta forte na garantia, oferta das manutenções durante cinco anos e em equipamento de série. Em termos de conforto, o Hyundai Tucson não fica atrás do Peugeot 3008, perdendo apenas algumas décimas para a agilidade. Mas nada que nos faça desistir de o comprar.
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