As bactérias estão por todo lado, verdadeiramente. E a verdade é que até os brinquedos e as atrações para as crianças estão repletas delas. Já ouviu falar no perigo das infeções por bactérias em piscinas de bolinhas? Será uma ameaça mesmo real? Devemos evitar a exposição dos mais novos?
Para contextualizar o tema, vamos saber o que nos diz um estudo acerca do assunto e ficar a conhecer quais outros locais e objetos estão sujeitos à presença de bactérias em maior abundância.
Brinquedos, brincadeiras e bactérias
Uma relação inevitável
A brincadeira e os brinquedos são extremamente importantes para o desenvolvimento e bem-estar das crianças. Através da brincadeira, os mais novos comunicam e expressam os seus sentimentos, frustrações e ansiedades, estimulam a imaginação e aumentam a compreensão acerca da realidade envolvente.
E, como bem sabemos, o sistema imunológico das crianças é muito imaturo, quando comparado ao dos adultos. Então, sim, a partilha de objetos e brinquedos entre crianças pode favorecer o processo de contaminação e aumentar a transmissão de doenças de que alguma delas possa padecer.
Não é a toa que os mais pequenos adoecem bastante mais vezes nos primeiros anos de vida.
E como ocorre a contaminação? É simples: quando determinada substância não é limpa e desinfetada de forma adequada, alguns microrganismos nocivos podem permanecer nas mesmas durante bastante tempo. Os brinquedos podem ser exemplos perfeitos destes reservatórios de bactérias.
Tendo em conta a importância dos brinquedos, mas também os perigos que estes podem representar, alguns estudos têm vindo a avaliar a presença de bactérias nestes objetos.
Vamos conhecer em maior detalhe os resultados de alguns estudos acerca da presença de bactérias em piscinas de bolinhas, bem como conhecer que outros objetos quotidianos podem representar algum perigo.
Bactérias em piscinas de bolinhas: quais os perigos?
As piscinas de bolinhas começaram a ganhar popularidade quando algumas cadeias de restauração as começaram a instalar nos seus estabelecimentos comerciais – mas até nas nossas casas já podemos ter miniaturas desta atração, que são uma grande causa de alegria para os pequenos.
Nos últimos anos, estas piscinas começaram então a ser utilizadas até mesmo de forma mais massiva, inclusive em contextos terapêuticos, nomeadamente, em contextos de estimulação sensorial em crianças.
Com a sua utilização massiva, algumas investigações foram feitas no sentido de conhecer até que ponto estavam presentes determinadas bactérias. De facto, vários estudos científicos encontraram numerosos tipos de bactérias em piscinas com bolinhas – ou seja, para além de super divertidas, estas piscinas podem representar algum perigo para a saúde das crianças.
Estes estudos que relatam a presença de micróbios e bactérias em piscinas de bolinhas foram realizados em diferentes contextos. Foram avaliadas piscinas de bolinhas com fins recreativos, mas também com fins terapêuticos. O resultado é que vários os tipos de bactérias foram encontrados, desde bactérias que podem causar infeções do trato urinário, infeções da pele, a outras patologias mais perigosas.
De facto, a colonização bacteriana encontrada pela ciência foi bastante alta, o que significa que pode haver uma maior probabilidade de reprodução ao ponto de atingirem um número capaz de representar risco real para as crianças.
Tendo em conta os resultados destes estudos, os seus autores recomendaram que todos os locais que possuam piscinas de bolinhas revejam os seus padrões de limpeza e desinfeção, de forma a evitar os riscos de contaminação.
Também foi referido que a presença de bactérias em objetos e até na pele é comum e, muitas vezes, inofensiva, pelo que não se justifica impedir que as crianças utilizem estas piscinas. O importante é mesmo salvaguardar a sua higienização.
Em que outros locais podemos encontrar bactérias?
As bactérias estão por todo o lado e as nossas casas não são exceção. As bactérias adaptam-se bem a vários locais, nomeadamente em superfícies por desinfetar, zonas por limpar e ambientes mais húmidos.
As casas de banho, quando limpas de forma regular e adequada não representam perigo, no entanto, quando esses cuidados não acontecem os germes e as bactérias podem estar presentes.
Como exemplo, uma investigação realizada na Suíça concluiu que os brinquedos utilizados no banho, nomeadamente o pato de borracha, pode conter bastantes bactérias, na medida em que geralmente são fabricados com polímeros baratos, que podem ser uma boa fonte de alimentação para as bactérias.
Também o recipiente onde se coloca a escova dos dentes pode ser um acumulador de bactérias, quando não se encontra devidamente limpo.
A cozinha é outro dos espaços domésticos que podem representar um ambiente de excelência para a proliferação de bactérias. Esponjas, esfregões e panos de cozinha são frequentemente utilizados para limpar de forma indiscriminada, mas nem sempre são sempre são devidamente lavados após a utilização ou deitados ao lixo mal deixam de poder ser utilizados.
Outros locais preferidos pelas bactérias são, por exemplo, as maçanetas das portas e os comandos, os telemóveis e interruptores – que, apesar de utilizados várias vezes ao dia, passam muitas vezes despercebidos quando a limpeza da casa é realizada.
E, sim, também os brinquedos, que andam frequentemente entre o chão e boca das crianças, nem sempre são devidamente limpos e desinfetados.
Como conclusão…
Como vimos, é natural a presença de micróbios e bactérias onde quer que os seres humanos estejam presentes, no entanto, devem ser colocados em prática padrões de limpeza e desinfeção que limitem a sua presença e os perigos que podem acarretar.
De forma a evitar a presença de bactérias em piscinas de bolinhas ou em outros brinquedos, deve ser adotada uma rotina de higienização adequada e eficaz.
Devem, ainda, ser escolhidos brinquedos com uma composição que permita uma boa limpeza e desinfeção, e que possam ser acondicionados em caixas igualmente laváveis ou em armários que sejam devidamente higienizados.