Pitões das Júnias é uma pequena aldeia pousada no coração do Gerês, concelho de Montalegre, a uma altitude de 1100 metros, sendo a mais alta povoação do Barroso.
Inserida numa paisagem de cortar respiração, por entre lameiros e escarpas graníticas, tem conseguido manter a sua pequena população e o aspecto medieval que a tornam uma das mais pitorescas e tradicionais aldeias transmontanas.
Com um património cultural riquíssimo e contacto privilegiado com a Natureza, é o sítio a rumar quando se está com sede de paz.
Por aquelas veredas, serras e cumeadas, o Gerês atinge momentos de beleza extraordinários e que, certamente, não vai esquecer. De tal forma que apostamos que vai é querer voltar, uma e outra vez.
Pitões das Júnias: História e Natureza
A origem de Pitões das Júnias confunde-se com o erguer do Mosteiro de Santa Maria das Júnias. Terá sido em 1147 que este foi fundado, consagrado à Senhora das Unhas, que mais tarde se tornou Senhora das Júnias.
Aqui, as gentes, que habitam as casas de pedra, são conhecidas pelo seu carácter lutador e, até mesmo, guerreiro, sendo que resistiram a vários episódios – de pilhagens a assaltos e ataques, como o de 1665, em que um troço de infantaria e cavalaria comandado por Hieronymo de Quiñones procurou, sem sucesso, pegar fogo à pequena povoação de Trás-os-Montes.
Mosteiro de Santa Maria das Júnias
Benedito na sua origem, este Mosteiro, que aderiu à reforma de Cister, conserva, da sua construção original, o pórtico lateral, de estilo romântico, e o lançamento das arcadas do claustro, em ruínas.
Aninhado num magnífico vale, é hoje considerado Monumento Nacional pela significado histórico que encerra e merece, por isso, uma visita por parte de quem procura viajar no tempo.
Cascata de Pitões das Júnias
Uma aldeia em pleno Parque Nacional da Peneda-Gerês facilmente conquista quem procura um retiro na Natureza. Pitões das Júnias não só está rodeada de verde como tem também uma belíssima cascata cujas águas provêm do Ribeiro de Pitões e passam pelo Mosteiro de Santa Maria das Júnias.
Devido aos desníveis do terreno, desenvolve-se em vários patamares, sendo que o primeiro tem cerca de 30 metros de altura. A água, límpida, desagua num bonito lago ladeado por afloramentos graníticos, junto a um carvalho com séculos de História onde, reza a lenda, habita um duende.
Trilho de Pitões das Júnias
Nada melhor do que um percurso pedestre para conhecer realmente o património cultural e natural da região. O Trilho Interpretativo de Santa Maria das Júnias, com uma duração aproximada de uma hora, levá-lo-á a explorar a fauna e flora do Parque Nacional da Peneda-Gerês e a observar aspectos únicos da arquitectura rural, como os “prados de lima” ou as levadas de água, passando também pelo Mosteiro.
O percurso é circular, com partida e chegada junto ao Cemitério da povoação e o conselho a reter a simples: percorra-o com olhos bem atentos e passos lentos, para não deixar escapar nada.
Onde ficar em Pitões das Júnias?
Casa do Preto
A casa de família de António Fernandes, conhecido por “Preto”, onde se juntavam amigos e até desconhecidos para uma partilha de sabores e experiências à mesa, deu origem à Casa do Preto, hoje um restaurante e hotel em Pitões das Júnias. Poisada no verde (ou branco) da serra, esta casa é o lugar ideal para retemperar alma e estômago quando na aldeia.
Abrigo de Cima
Com uma vista belíssima sobre a serra e a barragem de Paradela, este Abrigo é o sítio perfeito para ficar se procurar viver a aldeia de forma genuína. Com cama de casal, cama individual e um sofá-cama, pode abrigar casais mas também famílias ou um grupo de amigos.