Share the post "3 plantas carnívoras para ter em casa: ficou curioso ou cheio de medo?"
Certamente, já ouviu falar delas. Talvez, já as tenha visto em documentários e , até, já as tenha visto representadas em desenhos animados. Para acabar com os mitos, as plantas carnívoras são bem reais, mas não comem carne humana – fique descansado. A alimentação destas plantinhas tem por base todo o tipo de insetos e seres voadores.
Não se deixe enganar pela sua beleza, cores deslumbrantes e odores aromáticos. Tudo isso são estratégias para captar a atenção dos outros animais e, uma vez próximos, não há como escapar as “armadilhas” únicas destas curiosas plantas.
3 plantas carnívoras: origem, caraterísticas e “técnicas de caça”
Dioneia, Venus flytrap
Fonte: Pixabay/RainerBerns
Esta é, provavelmente, uma das espécies mais loucas e excêntricas. Proveniente do sul dos EUA, não só está habituada a invernos frios como precisa deles para se desenvolver. Esse é um desafio para os seus criadores: conseguir um ambiente suficientemente frio para que elas façam um espécie de hibernação. Há algumas variantes desta espécie. As dioneias de coloração vermelho sangue, por exemplo, são conhecidas como “Dragão vermelho”.
Estas plantas alimentam-se, sobretudo, de insetos e aracnídeos que capturam através de dois lóbulos unidos pela base e presos na ponta de cada uma das folhas. Podem ser encontradas em pântanos pobres em minerais e é essa a razão que as leva a alimentarem-se de insetos. É que é só através deles que conseguem obter o nitrogénio necessário para formar proteínas e subsistirem. A sua designação Venus é uma alusão clara e assumida à deusa romana do amor e da fertilidade.
Pitcher plants
Fonte: Pixabay/Stevebidmead
Esta espécie de plantas pode dividir-se em dois grupos: as tropicais, que podem ser encontradas no sul do continente asiático e são conhecidas por Nepenthes, e as Sarracenia que partilham habitat com as Venus flytrap.
Embora tenham em comum a aparência simples e o mesmo nome, estas duas plantas não têm relação entre si. A sua evolução é que seguiu caminhos similares, devido a terem enfrentado problemas idênticos. As suas espécie de colunas preenchidas com sucos digestivos surgiram como uma ferramenta de subsistência. Pode encontrá-las numa grande variedade de cores.
Estas plantas possuem na ponta das suas folhas uma espécie de “jarro com tampa”. É sob essa “tampa” que se encontra uma porção de líquido capaz de atrair insetos, aranhas e até pequenos pássaros. As cores fortes e os odores exalados pelas glândulas situadas nessa zona vão cativar os animais que, uma vez no líquido, aí ficam presos, não tendo como fugir do interior da planta.
Drosera, Sundew
Estas plantas apresentam folhas dispostas em forma de roseta. As suas folhas estão cobertas por pêlos que produzem uma substância pegajosa: a mucilagem (uma substância gomosa). Ao pousar na planta, o animal fica colado e, quanto mais tentar fugir, mais preso ficará a essa substância. Depois da captura, a planta começa a produzir de imediato enzimas digestivas que ajudarão a digerir o inseto ou pequeno animal.
Com formas curiosas e mesmo peculiares, as plantas carnívoras são atrativas, mas também muito frágeis e, por isso, é preciso pensar bem antes de decidir cultivá-las em casa. Elas requerem condições muito específicas que não é possível oferecer em todas as casas e há, ainda, que ter algumas precauções, caso tenha crianças ou animais em sua casa – é que para as plantas carnívoras, tudo é uma potencial presa… Mas ,apesar do susto, elas não comem dedos humanos. Fique tranquilo.
Se, no entanto, ficou a pensar ter uma destas plantinhas em casa para acabar com insetos, desista. A capacidade de reprodução dos bichinhos é maior do que a necessidade de comer apresentada pelas plantas carnívoras. Curioso, não? Para adquirir um destes exemplares, só tem mesmo de gostar de ver belas plantas exóticas em casa. E, atenção: elas não morrem se não comerem insetos por uns tempos, mas ficam bastante murchinhas.
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