Apesar de erradicada em Portugal, a poliomielite continua a ser uma doença ativa, sobretudo nos países subdesenvolvidos. Sendo uma doença contagiosa, a infeção ocorre aquando de um contato direto com o vírus, que pode ser através de via oral e fecal.
Deste modo, a contaminação da poliomielite pode dar-se de várias formas: através de gotículas expelidas pela boca; pela ingestão de água contaminada ou ainda através de substâncias contaminadas por fezes infetadas.
Neste sentido, os países mais afetados são a Nigéria, a Índia, o Paquistão e o Afeganistão. É ainda de salientar que as épocas mais propícias para a propagação desta doença são as estações de clima temperado, como o verão e o outono.
Poliomielite: tudo o que deve saber
O que é a poliomielite?
A contaminação da poliomielite ocorre quando o vírus entra no organismo, nomeadamente através da boca e do nariz. Como tal, estes dois órgãos vão ser os primeiros a ser infetados. Uma vez presente no organismo, o vírus viaja ao longo da faringe, acabando por se alojar no intestino.
Esta é uma doença contagiosa que afeta, sobretudo, o intestino, o cérebro e a medula espinal. No entanto, a infeção assume proporções mais graves quando atinge o cérebro, uma vez que aí pode levar à destruição das células motoras, causando a paralisia dos músculos.
Esta é, na verdade, uma das sequelas caraterísticas da poliomielite – a paralisia nos membros inferiores, sendo que, por norma, apenas um dos membros é afetado.
Principais sintomas
Apesar da gravidade dos sintomas da poliomielite, a maioria é muito semelhante aos de uma gripe:
- Estado gripal;
- Dor de cabeça;
- Dor de garganta e náuseas;
- Fraqueza muscular;
- Rigidez muscular;
- Vómitos;
- Fadiga;
- Paralisia.
Prevenção e tratamento
A 24 de outubro assinala-se o Dia Mundial da Poliomielite. Esta é uma iniciativa da Rotary International, no sentido de alertar para os perigos da doença.
Em Portugal, segundo dados do Serviço Nacional de Saúde (SNS), o último caso de poliomielite remonta a 1986, considerando-se a doença erradicada desde 2002. Ainda assim, é importante ressaltar que estes dados são resultado da vacina ter sido incluída no Plano Nacional de Vacinação.
Tendo em conta que ainda não se encontra disponível um tratamento para a poliomielite, a vacinação assume aqui um papel fundamental no controlo e eliminação da doença.
A vacina atual, conhecida como Hexavalente, é combinada e permite a proteção contra seis doenças: hepatite B, difteria, tétano, Haemophilus influenzae tipo b (Hib), tosse convulsa e poliomielite, sendo aplicada entre os dois, quatro e seis meses de idade.
Por esta razão, apesar de ser uma doença mais frequente nas crianças, os adultos que não tenham sido vacinados contra a poliomielite e que viajem para os países onde esta doença seja endémica – Afeganistão, Nigéria, Índia e Paquistão – devem fazer a vacinação antes da viagem.
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