Com a aproximação do tempo quente, as picadas de insetos tornam-se mais frequentes. Apesar de, geralmente, elas não provocarem problemas graves de saúde, podem causar algum incómodo, nomeadamente prurido.
As picadas de insetos mais comuns são as feitas por melgas, mosquitos, vespas, abelhas, moscardos, carraças, pulgas, percevejos, aranhas, moscas, ácaros ou formigas. Cada uma pode ter consequências e formas de tratamento distintas. Contudo, há medidas gerais que permitem o seu tratamento e prevenção.
O principal risco associado às picadas de insetos são infeção, alergia ou transmissão de doenças, como a Doença de Lyme, Zika, Dengue ou Malária. Saiba mais.
O que fazer em caso de picadas de insetos
Normalmente, as picadas de insetos provocam uma reação cutânea, que se manifesta através de vermelhidão, prurido e/ou edema. De uma forma genérica, perante uma picada deve:
- Lavar a zona da picada com água fria.
- Aplicar gelo, em caso de prurido e/ou edema.
- Colocar creme ou pomada calmante, própria para o efeito.
- Tomar um anti-histamínico, se se justificar.
Em situações mais dolorosas, pode ser necessário o recurso a fármacos à base de corticoides com ação anti-inflamatória ou a injeção intramuscular. Estes casos devem ser devidamente acompanhados por um médico.
É ainda importante estar atento a alguns sinais de alerta que podem indiciar alergia e que carecem de observação e monitorização hospitalares. Alguns desses sinais são:
- tosse;
- dificuldade respiratória ou respiração ruidosa;
- inchaço da língua;
- desmaio;
- palidez.
Picada de abelha
A picada de abelha requer um procedimento específico. Neste caso, é preciso, primeiramente, retirar o ferrão da abelha ou mesmo parte do inseto, se ele se encontrar na pele. Nas picadas destes insetos, a dor é bastante comum e intensa, pelo que pode ser necessário tomar um analgésico, como o paracetamol ou o ibuprofeno.
Quem tem reações sistémicas graves, nomeadamente quando sujeito às picadas da abelha ou da vespa, pode fazer um teste e, posteriormente, um tratamento de imunoterapia específica que tem por base uma vacina, administrada no hospital. Esta terapêutica tem-se revelado bastante eficaz no controlo da reação alérgica, o que contribui para uma maior proteção do indivíduo, em caso de picada de um destes insetos.
Como evitar as picadas de insetos
Em certos ambientes mais propícios à presença de insetos, pode fazer sentido adotar algumas medidas de proteção, de modo a prevenir as picadas de insetos. Tome nota de algumas delas:
- Evitar movimentos bruscos, junto de insetos, como vespas e abelhas;
- Preferir usar camisolas de manga comprida, calças, sapatos fechados e chapéus com abas largas, sobretudo no exterior e durante o dia;
- Aplicar repelente de insetos;
- Não colocar cremes, desodorizantes ou perfumes com cheiro forte;
- Afastar-se de áreas ao ar livre com ninhos de insetos, flores, lixo, águas estagnadas ou comida;
- Manter as portas e as janelas fechadas;
- Usar uma rede mosquiteira.
Destinos exóticos
É fundamental que quem viaja para locais considerados exóticos tenha antes uma consulta do viajante em que seja informado dos principais cuidados a ter, nomeadamente na prevenção das picadas de insetos.
Além das vacinas contra determinadas doenças endémicas, o médico pode recomendar que leve consigo uma rede mosquiteira e medicamentos que evitem, nomeadamente, as patologias causadas pelas picadas de certos insetos.
Portanto, se, no nosso país, as picadas de insetos, habitualmente, não representam um grande perigo para a saúde, o mesmo não se verifica em alguns destinos exóticos, onde os insetos podem ser transmissores de doenças graves e mesmo fatais.
Por esse motivo, nunca deve dispensar a consulta do viajante e, quando chegar ao país de destino, informar-se junto dos habitantes locais sobre a melhor forma de evitar as picadas de insetos, bem como sobre o sítio onde se deve deslocar, no caso de ter sido picado.