O investimento na ciência sempre foi uma aposta forte de Portugal, mas os tempos agora são outros. Ao fim de 10 anos de investimento contínuo em ciência, assistimos agora a um contraciclo que fica marcado pelos cortes no investimento científico.
Menos gastos em I&D
Segundo a notícia avançada pelo Público, o Estado e as empresas estão a gastar cada vez menos recursos com a investigação e o desenvolvimento. Apesar das promessas do Governo, que indicam que há uma tentativa de contrariar essa tendência, a verdade é que esta falta de investimento fez com que o total de despesas com esta área recuasse a níveis de há cinco anos. A explicação para estes dados passa essencialmente pela grave crise que o país atravessa, sendo alvo de uma conjuntura económica que é absolutamente transversal a inúmeros sectores, sejam públicos ou privados.
Olhando para os dados fornecidos pelo Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional (IPCTN), podemos concluir que os grandes cortes acontecem por parte das empresas, quase menos 100 milhões de euros em 2011 do que em 2009. No entanto, os cortes também são visíveis no Estado, menos oito milhões em três anos e nas instituições de ensino superior – redução de 23 milhões no mesmo período.
Em suma, pode concluir-se que desde 2008 que a ciência não tinha um investimento tão baixo.