Share the post "Portugal selvagem: 6 locais para descobrir a natureza profunda"
Esqueça as grandes cidades, a vida moderna, os grandes empreendimentos turísticos, a costa. Parta rumo a estes locais que tão bem mostram o Portugal selvagem, que ainda não é tão conhecido, nem procurado, quanto merece. Não faltam maravilhas naturais neste Portugal selvagem, cheio de beleza, de Norte a Sul, num pequeno país à beira-mar plantado.
6 locais de Portugal selvagem
Atente a estas sugestões que vão fazê-lo partir rumo à natureza e esquecer por completo as multidões que tanto afligem o litoral na época de verão.
Parque Nacional de Montesinho
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Fonte: Visual Hunt / yakshini
O Parque Natural de Montesinho, no Alto Nordeste transmontano, é um local incrível e paisagem protegida. “A riqueza natural e paisagística do maciço montanhoso Montesinho – Coroa e os valiosos elementos culturais das comunidades humanas que ali se estabeleceram justificam que urgentemente se iniciem ações com vista à salvaguarda do património e à animação sociocultural das populações”.
Este é o excerto do decreto-lei que defende a preservação do local, cheio de “comunidades de animais representativas da fauna ibérica e europeia ainda em relativa abundância e estabilidade, incluindo muitas das espécies ameaçadas da fauna portuguesa, bem como uma vegetação natural de grande importância a nível nacional e mundial, que associadas à reduzida pressão humana verificada em quase todo o seu território permite que grande parte dos processos ecológicos evoluam em padrões muito próximos dos naturais.”
Serra da Peneda-Gerês
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A zona da montanha mais a norte de Portugal é bastante conhecida e até procurada para turismo, mas ainda se trata de um perfeito exemplo de um Portugal selvagem. É um local cheio de animais, como veados, lobos ibéricos e póneis selvagens e, claro, com vistas de tirar a respiração a qualquer um. É um cenário longe das confortáveis areias de praia e onde a água é gelada, cristalina e doce e com zero locais para colocar a toalha, a não ser pedras rugosas e austeras. Mas nem isso é suficiente para eliminar a beleza destas piscinas naturais, riachos e regatos límpidos, cascatas que parecem saídas de um postal, lagoas que pedem mergulhos e banhos revigorantes.
Ria de Aveiro
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Fonte: Max Pixel
A Ria de Aveiro formou-se no século XVI, em consequência do recuo do mar e da formação de cordões litorais, que originaram uma laguna. Assim, é um dos mais importantes e maiores acidentes geográficos da costa portuguesa, num local onde o rio Vouga se vai distribuindo pelas terras onde passa e onde as suas águas se ramificam num sem número de canais de terreno baixo, com várias ilhas e ilhotas. Tem uma extensão de 45 quilómetros e de cerca de 11 quilómetros de largura, possuindo uma única ligação com o mar na Barra de São Jacinto e é por aí que as embarcações acedem.
Esta Ria salvaguarda a harmonia entre os humanos e a natureza, com grande variedade de fauna e a flora, aves migratórias, garças e flamingos que dão cor às águas da ria e uma forte abundância de peixes e aves aquáticas. E falar em ria é, obviamente, falar em salinas, o local onde decorre o tratamento e comercialização de sal e que constituem um cenário de grande beleza, que mais parecem pequenos montes de neve.
Costa Azul de Setúbal
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Sim, Portugal também tem uma costa azul, mais propriamente em Setúbal, zona assim denominada pela cor do mar turquesa e esmeralda. A próspera cidade portuária de Setúbal é uma excelente base para explorar os recursos naturais da região, estando no topo da lista de coisas a fazer um passeio de barco pelo estuário do Sado, o recreio de tantos golfinhos, cegonhas brancas e flamingos, que pintam as águas de rosa.
Toda a costa é ótima para caminhar ou andar de bicicleta, testemunhando o dramatismo ao longo da costa de pinheiros do Parque Natural da Arrábida, ou simplesmente mergulhar nas praias das redondezas. Um passeio por Setúbal não podia acabar sem o famoso choco frito – a delícia gastronómica da região, bem como sem fazer um passeio por Tróia, um antigo porto de pesca romano, onde ainda é possível ver onde se salgava o peixe.
Parque Natural do Guadiana
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O Parque Natural do Guadiana até já foi protagonista da saga literária infanto-juvenil “Uma Aventura”, tal é a beleza natural deste espaço.
O parque ocupa uma área de quase 70 hectares e situa-se no vale médio do rio Guadiana, assentando numa planície ondulada, onde se escondem os vales encaixados do próprio rio e seus afluentes.
O ponto mais elevado, a 370 metros, situa-se nas elevações quartzíticas das serras de Alcaria e São Barão e está coberto em montados de azinho, com muitos sobreiros, extensas áreas de esteval e de culturas de sequeiro. A rede fluvial alberga onze espécies de peixes de água doce entre os quais o saramugo e a boga-do-guadiana, logo o local ideal para quem se deslumbra com a vida animal.
Ria Formosa
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O Parque Natural da Ria Formosa é uma das mais bonitas riquezas naturais do Algarve, pela localização e pela variedade dos seus habitats. Foi eleita como uma 7 das Maravilhas Naturais de Portugal, pelo seu sistema lagunar único e em permanente mudança, com constante movimento de ventos, correntes e marés. O parque encontra-se protegido do mar por cinco ilhas barreira e duas penínsulas e é uma área de enorme beleza que se estende ao longo de 60 quilómetros da costa do sotavento algarvia, abrangendo os conselhos Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António.
É uma zona reconhecida internacionalmente pelo habitat privilegiado para a fauna e flora, fazendo, como tal, parte da Lista de Sítios da Convenção de Ramsar (zonas húmidas de importância internacional) e é possível encontrar diversas maravilhas naturais: ilhas-barreira, sapais, bancos de areia e de vasa, dunas, salinas, lagoas de água doce e salobra, cursos de água, áreas agrícolas e matas.
Parta à aventura e perca-se por este Portugal selvagem capaz de lhe tirar o fôlego e de o marcar profundamente para sempre.
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