Marta Maia
Marta Maia
15 Jan, 2024 - 15:58

5 formas de tornar a sua poupança automática

Marta Maia

Conheça as diferentes soluções de poupança automática, como funcionam e em que situações podem ser mais vantajosas para si.

Poupança automática

Poupar nem sempre é fácil. Mas também não tem de ser tão complicado como imagina.

Para pôr dinheiro de lado todos os meses, sem esquecimentos, nem desculpas, existem diferentes soluções de poupança automática.

Encontra no mercado várias ofertas, quase todas replicadas entre os diferentes bancos, e todas procuram responder a tipos específicos de consumidor.

Conheça algumas.

Porquê tornar a poupança automática?

Tornar a poupança automática pode ser altamente vantajoso para quem sofre de indisciplina financeira, não só porque lhe retira a preocupação de ter de pôr dinheiro de lado todos os meses, mas também porque aumenta a probabilidade de não gastar esse dinheiro. Longe da vista…

Uma das formas de o fazer é aderindo a um sistema de entregas programadas. Neste caso, o dinheiro é transferido automaticamente para a sua conta poupança, e aí vai acumulando discreta mas consistentemente.

Se a ideia de planear depósitos ou de acompanhar regularmente o saldo das contas bancárias lhe causa aborrecimento, optar por um automatismo deste tipo é, sem dúvida, o mais recomendado. Depois de escolher a solução ideal para si, não vai precisar de fazer mais nada.

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Como tornar a poupança automática

Homem a programar poupança mensal

Há várias formas de automatizar a sua poupança e praticamente todos os bancos a operar em Portugal têm ofertas neste sentido.

As soluções podem diferir ligeiramente entre instituições bancárias, nomeadamente na agressividade da poupança e na flexibilidade das regras, por isso convém analisar com cuidado as várias ofertas e escolher aquela que mais se adequa ao seu perfil e necessidades.

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Plano de entregas programadas

Podem assumir diferentes nomes e até diferentes limites no que diz respeito aos montantes, mas todos os programas de entregas automáticas fazem o mesmo: transferem, em intervalos regulares de tempo, uma parte do seu dinheiro da conta à ordem para uma conta poupança.

Estes programas podem ser um bom aliado para os mais distraídos, porque não permitem esquecimentos na tarefa de reforçar a poupança. Mas há que ter em conta que, na data pré-estabelecida, o montante estipulado é retirado da sua conta, mesmo que nesse dia ou mês não lhe dê muito jeito. Assim, convém manter sempre bem presente qual é a data do reforço, para que não haja lugar a surpresas desagradáveis.

Alguns bancos permitem a alteração quer da data, quer do montante de entrega a qualquer momento, desde que sejam respeitados os montantes mínimos e máximos estabelecidos. Informe-se junto do seu banco, caso seja necessário fazer ajustes ao seu plano de entregas programadas.

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Arredondamento de “trocos”

Quase sempre associados a cartões de crédito e débito, estes sistemas arredondam todas as compras para um valor superior e enviam o “troco” para uma conta poupança em separado.

Esta modalidade pode ser interessante para quem tem mais dificuldade em poupar, uma vez que permite ir pondo de lado pequenas quantias de cada vez que faz uma compra ou pagamento.

Ainda assim é preciso avaliar a sua disponibilidade financeira antes de optar por este tipo de solução. É que tudo o que comprar vai passar, em teoria, a ser mais caro e, no fim de um mês, isso pode fazer bastante diferença no orçamento familiar.

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Cartões com cashback

Este modelo de poupança automática é associado sobretudo a cartões de crédito, onde uma percentagem do que gastar com o cartão lhe é devolvida para uma conta poupança (ou para a sua conta à ordem, depende do banco).

Neste caso, a poupança é atrasada, na medida em que o cashback não é imediato, só recebe o dinheiro no mês seguinte. Significa que, para os mais ansiosos, o sistema pode ser desmotivador, porque não se vê o dinheiro a crescer logo na conta.

Além disso, para receber o cashback tem de usar o cartão de crédito e, obviamente, pagar as taxas de juro que lhe possam estar associadas o que, em última análise, pode fazer com que o cashback já não compense tanto.

Ainda assim, quando utilizados de forma responsável, os cartões com cashback podem funcionar como uma espécie de mealheiro simpático.

Imagine, por exemplo, que usa um destes cartões para pagar despesas de trabalho. Quando for reembolsado pela sua empresa pela despesa que teve, vai receber o dinheiro que despendeu e ainda fica com uma percentagem do que gastou no cartão por causa do cashback. Pode ser um negócio lucrativo.

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Sistemas de Gestão Automática de Tesouraria

Há bancos que já adaptam para os clientes particulares um produto que foi pensado para as empresas. Neste caso, a poupança automática acontece quando, ao detetar um excedente orçamental na sua conta à ordem, o sistema envia uma parte para a conta poupança.

Este modelo, no entanto, só serve a consumidores mesmo muito regrados, porque funciona com valores máximos e mínimos: quando a conta ultrapassa o valor máximo, o excedente vai para a poupança, mas quando cai abaixo do valor mínimo, o sistema tira dinheiro da poupança para repor na conta à ordem.

Ora, já se vê o problema: um consumidor mais desregrado, que ultrapasse muitas vezes o montante mínimo da conta à ordem, vai estar sempre a tirar dinheiro da conta poupança, não só prejudicando a poupança em si, mas também quebrando a rentabilidade do que já acumulou.

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Depósitos a prazo renováveis

Estes modelos não são bem de poupança automática, porque exigem intervenção mais ou menos frequente dos titulares. Assentam sobre o depósito das poupanças num produto financeiro que se vai renovando com o passar do tempo, mantendo a rentabilidade sem esforço.

Há vários detalhes a ter em conta neste caso. Primeiro, é preciso perceber que os depósitos a prazo com maior rentabilidade podem “bloquear” o dinheiro até terminar o prazo.

Depois, convém lembrar que as renovações automáticas podem não atualizar a taxa de juro da forma mais favorável para o titular do depósito, o que significa que, a longo prazo, pode ficar a perder.

Por fim, os depósitos a prazo podem ter um número finito de renovações automáticas, exigindo depois a intervenção do titular para fazer uma nova subscrição.

Ainda assim, e mesmo que não seja a poupança automática mais autónoma de sempre, a subscrição de depósitos a prazo pode ser bastante lucrativa e ágil, sobretudo em ambientes de mudança nas taxas de juro.

Artigo originalmente publicado em julho de 2019. Última atualização em janeiro de 2024.

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