Já todos ouvimos dizer que com a saúde não se brinca. E a maioria dos portugueses parece concordar com esta máxima. Afinal de contas, de acordo com um relatório da OCDE, 49% dos cidadãos garantem estar dispostos a pagar mais impostos, se isso resultar na melhoria dos cuidados de saúde.
Ainda assim, para quem tem de gerir um orçamento que não permite grandes desvios, conhecer algumas formas de poupar nos cuidados de saúde, sem colocar em risco o bem-estar de toda a família, pode ser realmente útil.
O principal segredo está na antecipação de todos os possíveis cenários, com visitas regulares ao seu médico e a adoção de um estilo de vida o mais saudável e equilibrado possível.
7 dicas para poupar nos cuidados de saúde
1. Não deixe escapar as borlas nas taxas moderadoras
É certo e sabido que as visitas ao seu médico de família têm um custo. E embora as taxas moderadoras tenham um fim à vista já a partir de 2020, por enquanto terá que continuar a pagar o valor que todos conhecemos e que está estipulado em Diário da República (4,50 €).
Existem contudo situações em que já há isenção desse pagamento. É, por exemplo, o caso dos dadores de sangue que tenham feito duas dádivas no último ano ou com mais de 30 dádivas feitas ao longo da vida.
As taxas moderadoras são também gratuitas para:
- os menores de idade;
- grávidas e parturientes;
- utentes com grau de incapacidade igual ou superior a 60%;
- bombeiros;
- militares e ex-militares das Forças Armadas que se encontrem incapacitados de forma permanente;
- utentes e membros de agregados familiares em situação económica insuficiente comprovada;
- desempregados inscritos nos centros de emprego (com subsídio inferior ou igual a 1,5 IAS);
- doentes transplantados.
A atribuição de isenção de taxas moderadoras não é, porém, automática. Por isso, se faz parte de algum destes grupos de cidadãos, informe-se sobre como solicitá-la e comece já a poupar nos cuidados de saúde.
2. Se possível, opte por genéricos
Os medicamentos genéricos já asseguram 48,2% da quota do mercado em Portugal. Os números são do Infarmed e dizem respeito ao primeiro trimestre do ano passado, indicando ainda que dois em cada três medicamentos dispensados nas farmácias portuguesas já são genéricos.
As vantagens em utilizar este tipo de fármacos são óbvias. Está comprovado que a qualidade, segurança e eficácia são as mesmas, mas a preços bem mais em conta. De acordo com o Portal da Saúde, estes medicamentos são entre 20% a 35% mais baratos.
Sempre que possível compre genéricos e, em caso de dúvida, consulte o seu médico ou o farmacêutico.
3. Não se esqueça dos check-ups anuais
As visitas regulares ao seu médico são sempre recomendáveis, pois permitem detetar problemas de saúde em fases precoces e de resolução quase imediata.
Na maioria dos casos, o diagnóstico em fase embrionária permite salvar vidas e reduzir em milhares de euros a fatura final do tratamento. Assim sendo, não se esqueça de marcar o seu check-up anual.
4. Consulte o seu dentista com regularidade
Os tratamentos orais continuam a ser dos mais dispendiosos. Por isso vale a pena visitar o seu dentista a cada seis meses, de modo a garantir que está tudo bem e evitar problemas mais graves.
Para cuidar da saúde da sua boca, não se esqueça ainda de escovar os dentes a seguir às refeições, de utilizar o fio dentário para remover todas as partículas de comida onde a escova não chega, de privilegiar o consumo de água e de deixar de fumar.
5. Renegoceie o Seguro de Saúde
O seguro de saúde pode ser uma das ferramentas mais importantes para poupar nos cuidados de saúde sem colocar em causa o seu bem-estar e o da sua família.
Não se esqueça de avaliar os riscos e de pensar nas coberturas que mais falta fazem ao seu agregado familiar. Livre-se do que é pouco relevante e aproveite os chamados “packs familiares”, que podem reduzir bastante a fatura no final do mês.
Para evitar surpresas desagradáveis, preste muita atenção às exclusões do seu seguro de saúde.
6. Faça uma alimentação saudável
A melhor forma de poupar nos cuidados de saúde é sem sombra de dúvida a prevenção. Assim sendo, tenha atenção aos alimentos que consome. Está na altura de reduzir nos açúcares, no álcool e nas carnes vermelhas.
Na altura de ir às compras opte pela fruta, pelos vegetais e pelo peixe. Se quer optar por um estilo de vida saudável que seja amigo da sua carteira, não se preocupe. Não faltam opções para conseguir comer bem sem gastar uma fortuna.
7. Pratique desporto
De acordo com os números da OMS, 43,4% dos portugueses apresentam níveis de atividade física abaixo do recomendável. Como resultado, o risco de desenvolver doenças cardiovasculares, demência, diabetes tipo 2, e alguns tipos de cancro é maior nesta franja da sociedade.
Para poupar nos cuidados de saúde e evitar idas extra ao médico é fundamental praticar exercício físico. Aposte por exemplo em corridas, caminhadas, passeios de bicicleta ou de patins. Se preferir, opte pelo ginásio, desde que escolha a opção mais em conta para a sua carteira.
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