Preço do café vai subir em janeiro de 2025: o que está por trás do aumento

O café, um dos hábitos mais queridos dos portugueses, vai ficar mais caro a partir de janeiro de 2025. Esta subida de preços está relacionada com fatores globais e mudanças no mercado que impactam diretamente produtores e consumidores. Descubra o que esperar e como adaptar o consumo.

Por que o preço do café vai aumentar?

A subida do preço do café não é um fenómeno isolado e reflete uma combinação de fatores económicos, climáticos e regulatórios:

• Alterações climáticas – condições meteorológicas extremas, como as secas no Brasil e no Vietname, principais produtores mundiais, reduziram a produção, limitando a oferta e aumentando os preços.
• Procura crescente – o consumo global tem aumentado, com destaque para países da Ásia e regiões nórdicas da Europa, elevando a procura por variedades específicas como o robusta, predominante em Portugal.
• Custos de produção mais elevados – regulamentações europeias mais rigorosas, que incentivam práticas sustentáveis, têm encarecido o processo produtivo.
• Custos de transporte e logística – conflitos e instabilidade em regiões estratégicas, como o Mar Vermelho, têm encarecido o transporte marítimo, refletindo-se nos preços finais.
• Regulamentações europeias – novas leis da União Europeia que exigem práticas sustentáveis e rastreabilidade na produção de café aumentaram os custos operacionais, impactando o preço ao consumidor.

O impacto no consumidor português

O preço do café, que atualmente ronda os 90 cêntimos na maioria dos estabelecimentos, poderá ultrapassar 1 euro em 2025, marcando uma nova realidade para os consumidores. Empresários do setor afirmam que, apesar de terem absorvido os sucessivos aumentos dos custos ao longo dos últimos meses, a atualização dos preços será inevitável a partir de janeiro. 

Este aumento no preço do café acompanha uma tendência mais ampla de encarecimento de bens alimentares, como o pão, o leite e outros produtos básicos. Para os consumidores portugueses, este cenário representa um desafio adicional ao orçamento doméstico, especialmente em tempos de inflação elevada. Ajustar hábitos de consumo e procurar alternativas mais económicas será essencial para lidar com o impacto destas mudanças no quotidiano.

Veja também 8 fatos científicos que todo apaixonado por café deve saber

Como reduzir o impacto do aumento do café no orçamento?

Embora o aumento dos preços do café seja inevitável, há diversas estratégias que podem ajudar a minimizar o impacto no seu orçamento familiar. Com pequenos ajustes nos hábitos de consumo, é possível continuar a apreciar esta bebida indispensável sem comprometer as finanças.

Esteja atento às campanhas promocionais em supermercados, lojas especializadas e até mesmo nas plataformas digitais. Muitas cadeias disponibilizam descontos em pacotes maiores ou durante períodos específicos, como festivais de descontos ou feiras de produtos alimentares. Subscrever newsletters de supermercados pode ser uma boa forma de receber estas promoções diretamente no e-mail.

Marcas próprias de supermercados oferecem frequentemente café de boa qualidade a preços mais baixos do que marcas premium. Para além disso, estas opções são cada vez mais diversificadas, abrangendo variedades como arábica ou robusta, que se adaptam a diferentes paladares.

Investir numa máquina de café doméstica ou numa cafeteira tradicional pode resultar numa poupança significativa. Apesar do custo inicial, a longo prazo a preparação caseira compensa, especialmente para quem consome várias chávenas por dia. Para otimizar ainda mais, considere comprar café em grão e moer na hora – é mais económico e preserva melhor o sabor.

Avalie a frequência com que consome café em estabelecimentos comerciais e considere reduzir. Substituir o café na rua por uma alternativa preparada em casa pode gerar poupanças substanciais. Reserve o consumo fora de casa para ocasiões especiais, tornando o momento ainda mais apreciado.

Sempre que possível, aproveite promoções para comprar café em maiores quantidades, especialmente quando a validade permite armazenamento prolongado. Armazenar adequadamente, em local seco e fresco, é fundamental para manter a qualidade.

Algumas misturas de café com chicória ou cereais, disponíveis em várias marcas, são uma opção mais acessível e podem ser uma alternativa interessante para variar o consumo.

Se consome café no local de trabalho, avalie a possibilidade de dividir o custo de máquinas ou cápsulas com os colegas. Este sistema coletivo pode ser mais económico do que cada pessoa comprar separadamente.

Adotar estas práticas permite não só poupar dinheiro, como também ajustar os hábitos de consumo às novas realidades do mercado. Afinal, o café pode continuar a ser uma fonte de prazer, mesmo em tempos de preços mais altos.