Há profissões em falta em Portugal. Se a crise e emigração são as razões por detrás deste fenómeno não podemos afirmar, mas certamente terão tido a sua quota-parte de influência. Mas esta carência pode ser encarada como uma boa notícia e até uma oportunidade em termos de emprego. Basta pensar que se existem posições por ocupar e as empresas têm necessidade de as preencher, não tardarão a abrir-se as portas de novos recrutamentos.
As 5 profissões em falta em Portugal
São cinco as áreas profissionais em destaque, mas não pelas melhores razões. Um estudo realizado pelo Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (BCSD Portugal), realizado no âmbito da Ação 2020 (que pretendia fazer um “levantamento das competências críticas de recursos humanos das empresas”) e que envolveu 47 empresas, concluiu que há escassez de profissionais em cinco áreas de competência. São elas:
1. Engenharia tecnológica
2. Área comercial, marketing e comunicação de informação
3. Ciências económicas
4. Operações e logística
5. Automação
Os dados são na verdade preocupantes já que revelam uma carência de mão-de-obra qualificada nestas cinco áreas. Os dados tornam-se ainda mais alarmantes quando se percebe que para cada uma destas áreas existem várias profissões com falta de profissionais. Neste campo destacam-se as profissões:
1. Técnicos de Redes, Programadores e Analistas de Sistemas (Engenharia tecnológica)
2. Gestores de Risco e Controllers de Gestão (Ciências económicas)
3. Técnicos de Customer Relationship Management (CRM), Marketing Relacional e E-commerce (Comercial, marketing e comunicação de informação)
4. Técnicos de Operação Logística e Responsáveis de Entreposto Logístico (Operações e logística)
5. Técnicos de Robótica, Programadores CNC ou Programadores de Automação (Automação).
As engenharias tecnológicas e as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) “saem na frente da corrida” e são as duas áreas que enfrentam atualmente a situação mais complicada. Só a título de exemplo, dados recentes apontavam para que ainda este ano (2015) Portugal viesse a registar uma falta mais de oito mil profissionais na área das tecnologias de informação. Já nas engenharias, são os engenheiros civis que começam a escassear em território nacional.
Recrutar para reforçar
Os dados do estudo do BCSD Portugal pretendem agora servir de base para um trabalho de sensibilização dos jovens (e profissionais) para que ingressem em carreiras nestas áreas que enfrentam situações mais críticas.
Mas nem tudo são más notícias. Isto porque – tal como dissemos logo no início – esta escassez de profissionais qualificados pode representar uma oportunidade e a prova disso são as intenções das empresas envolvidas recrutarem profissionais para colmatar essas falhas. De facto, as 47 empresas participantes no estudo do BCSD Portugal estimam criar 7500 a 11200 postos de emprego nas áreas indicadas, entre 2017 a 2020.
Números sem dúvida animadores. Portanto, se está prestes a decidir qual a carreira a seguir (ou se simplesmente quer procurar um novo rumo) estas áreas podem sem uma boa opção. Pense nisso.
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