Naturalmente, com o avanço da tecnologia, o aumento da procura de profissionais na área das tecnologias da informação é significativo. Um bom programador terá de resolver de forma autónoma e responsável vários problemas nas mais variadas áreas de mercado como, por exemplo, banca, indústria, comércio, e-commerce, entre outras.
A área da programação é uma área dinâmica, na qual novas linguagens de programação, estruturas e tecnologias estão em constante atualização. Logo, trabalhar nesta área, exige muita paciência e vontade de aprender para aprofundar conhecimentos ou investigar novas tecnologias. Se é esta a carreira que quer seguir, saiba que competências desenvolver para se destacar nesta área.
Ser programador: tudo o que precisa de saber
O que é?
Programar é codificar instruções lógicas com o objetivo de executar determinadas sequências, criando assim o que é chamado de programa ou software. Ou seja, os programadores são profissionais especializados em engenharia de software, responsáveis por fazer funcionar um sistema, aplicações e websites, ao nível do design, desenvolvimento e manutenção.
Porquê tanta procura?
Ter conhecimentos de programação é uma das competências mais requisitadas no mercado de trabalho porque, atualmente, qualquer empresa, mais tarde ou mais cedo, acaba por recorrer à tecnologia e iniciar processos de transformação digital, seja a nível de gestão de documentos, recursos humanos ou gestão de stocks. Desta forma, a procura por programadores disparou nos últimos anos, à medida que as empresas vão procurando candidatos que possam dar vida a projetos e aplicações digitais.
Quais as caraterísticas essenciais?
1. Ter um bom raciocínio lógico: É muito importante, pois os algoritmos criados com as linguagens de programação seguem uma sequência lógica;
2. Ser prático: Resolver problemas também está na lista dos requisitos, visto ser uma das funções destes profissionais encontrar soluções através do software e também para resolver os problemas do próprio software;
3. Ser curioso e gostar de aprender: É fundamental pesquisar e estudar novas ferramentas para criar soluções próprias e manter-se atualizado para desenvolver projetos atuais e consistentes com a inovação tecnológica;
4. Ter bons conhecimentos de inglês: Os comandos das linguagens de programação são em inglês e, além das várias publicações e documentação sobre tecnologia serem também escritas em inglês, há também cada vez mais empresas com equipas internacionais que adotam o inglês como língua corporativa oficial;
5. Ter um bom nível de concentração: A complexidade e volume de trabalho com que terá que lidar assim o exige. Uma distração pode deitar por terra todo o trabalho;
6. Ter uma boa capacidade de comunicação: É preciso, por vezes, falar com pessoas que não dominam a tecnologia e os seus termos, tornando assim importante a capacidade de adequar a comunicação e vocabulário.
O que estudar?
O curso de Engenharia Informática é, provavelmente, o melhor ponto de partida para quem procura uma licenciatura na área. Além dessa licenciatura, existem vários cursos com objetivos semelhantes, desde Ciências da Computação, Ciência dos Computadores ou até Programação em Lógica, que se espalham pelas várias universidades do país.
Uma licenciatura com mestrado integrado, por exemplo, é uma boa preparação para todas as fases do processo de análise, conceção e implementação de soluções informáticas.
Existem, ainda, dezenas de formações especializadas em programação que complementam os conhecimentos fundamentais, potenciam a produtividade e desenvolvem as competências de cada um. São cursos intensivos de cariz teórico-prático que se realizam em poucas semanas e são uma mais-valia no currículo destes especialistas.
Exemplos de áreas de trabalho
1. Programadores mobile: Criam aplicações para dispositivos móveis, incluindo iOS e Android e pode utilizar Java, Swift e Objective-C.
2. Full stack developers: Trabalham no front-end e back-end de uma plataforma ou site e possuem conhecimento especializado de todas as fases de desenvolvimento de software, incluindo ambiente de servidor, rede e alojamento; bancos de dados relacionais e não relacionais; interagindo com APIs; interface e experiência do utilizador; garantia da qualidade; segurança; necessidades de clientes e negócios.
3. Programadores front-end: Criam sites convertendo dados numa interface gráfica para o utilizador visualizar e interagir, usando HTML, CSS e JavaScript.
4. Programadores back-end: Criam a funcionalidade e a interatividade de um site, incluindo os elementos que permitem aos utilizadores realizar ações como efetuar login, criar uma conta e gostar de publicações. Dependendo das funções desejadas para o aplicativo, as linguagens a dominar incluem Java, Python, Ruby e PHP.
Quanto ganha um programador?
Numa altura em que a tecnologia é indispensável a qualquer negócio, há cada vez mais procura por profissionais especializados na área das tecnologias da informação. O nosso país, além das várias startups tecnológicas, tem vindo a ser escolhido por várias empresas mundiais para localização de equipas de desenvolvimento e suporte. O facto desta procura ser maior que a oferta, e tendo em conta o grau de especialização da profissão, ser programador em Portugal é, neste momento, garantia de um salário acima da média.
Dados cedidos, este ano, pela Landing Jobs, uma plataforma especializada em recrutamento tecnológico, ao jornal digital diário Dinheiro Vivo, revelam que, por exemplo, “um cientista de dados pode ganhar entre 25 e 32 mil euros brutos anuais, enquanto que programadores de aplicações para o iOS ganham entre 23 e 32 mil euros”, o que corresponde a mais de 2 mil euros por mês.
Salários médios anuais brutos por função:
- QA Testing – entre 23 e 28,7 mil euros anuais brutos;
- Back-end developer – entre 23 e 28,7 mil euros anuais brutos;
- Full-stack developer – entre 23 e 28,7 mil euros anuais brutos;
- Front-end developer – entre 20,7 e 26,4 mil euros anuais brutos;
- UI/UX developer – entre 17,2 e 23 mil euros anuais brutos;
- iOS developer – entre 23 e 31 mil euros anuais brutos;
- Android developer – entre 23 e 28,7 mil euros anuais brutos;
- DevOps developer – entre 23 e 28,7 mil euros anuais brutos;
- Data scientist – entre 25,3 e 32,2 mil euros anuais brutos.
Além dos ordenados acima da média, há empresas a apostar em diversos benefícios para atrair e reter colaboradores desta área.
Se acha que programador pode bem ser a sua profissão de sonho, então já sabe o que deve fazer para exercer.