Os anúncios publicitários poderão chegar ao Messenger num futuro próximo, algo que pode não agradar a maior parte dos utilizadores. A informação publicada pelo Facebook revela que a empresa poderá aceder à localização dos utilizadores, entre outros dados, para sugerir publicidade no Messenger.
Publicidade no Messenger pode vir a ser uma realidade
Numa patente registada pelo Facebook, podem ler-se as intenções que a empresa tem em colocar publicidade no Messenger, o serviço de conversas detido pela mesma. A confirmar-se a informação, que foi efetivamente publicada pela empresa de Zuckerberg, a privacidade dos dados dos utilizadores poderá não ser tão privada quanto isso.
A colocação de anúncios nas conversas privadas do Facebook Messenger irão basear-se nos hábitos de cada utilizador. Isto significa que, para além de existir a hipótese da rede social “ler” aquilo que é escrito nas referidas conversas, pode ainda ter acesso a dados como a localização para apresentar os anúncios mais adequados e com maior utilidade para o utilizador.
Localização e keywords poderão ser usadas
A partir da leitura de um excerto publicado na mesma patente, tudo faz crer que o Facebook pode aceder tanto à localização do utilizador como àquilo que é escrito e enviado entre conversas. O mesmo excerto (apresentado de seguida) faz perceber essa mesma possibilidade.
“(“Bob”) is currently at the Grand Canyon in Arizona and is communicating with the first user 305 (his friend Alice), who is in San Jose, Calif. The plug-in 114 within Alice’s supplemented instance 111A might use, as tailoring data, the content of the communication thread between the two users, such as textual keywords “Grand Canyon” in the textual message 671A, or “San Jose” in the textual message 671B. The tailoring data could also include geolocation data (e.g., GPS coordinates) of Alice’s client device, or of Bob’s client device (as provided by Bob’s client device)”.
Esta nova funcionalidade pode comprometer as informações de cada pessoa, algo que, claro está, não agrada a maioria. Depois do escândalo que relaciona o Facebook com a Cambridge Analytica, a empresa não se encontra na melhor das posições para avançar com outra estratégia do género.
Contudo, o Facebook já fez saber, através de um comunicado, que a maior parte das patentes que regista nunca são, efetivamente, postas em prática e que há uma grande probabilidade de, este, ser mais um desses casos. A empresa garante que, em todo o caso, nunca irá aceder à informação privada dos utilizadores para otimizar uma das suas novas ferramentas.