Pneus em bom estado são essenciais para garantir a performance do seu automóvel e, acima de tudo, a sua segurança. Assim sendo, é essencial saber quando trocar os pneus do carro para assegurar a eficiência do seu veículo.
Conduzir não é difícil. No entanto, conduzir em segurança é. E conduzir em segurança e com responsabilidade requer ainda mais empenho. Por isso é impreterível que tenha atenção aos pneus, um dos componentes mais importantes num automóvel.
São os pneus que permitem o andamento da viatura. São eles um dos elementos que contribuem para o conforto de rolamento do automóvel. Por isso, requerem atenção do condutor, não só quando circula na cidade, mas também em estrada e principalmente quando é eminente a realização de uma viagem longa.
Há que verificar o estado dos mesmos e se a pressão está correta. Caso não estejam em boas condições, devem ser trocados ou reparados, em oficinas especializadas.
Os vários tipos de pneus
Antes de desenvolvermos o tema de quando trocar os pneus do carro, recordamos alguns conceitos sobre esta temática, nomeadamente os tipos de pneus que existem. Isto porque existem diferentes tipos, que exigem diferentes usos e cuidados.
- Pneu de Verão: utilizam um composto de borracha que tem notável aderência quer em piso seco, quer molhado em condição quente;
- De Inverno: adequados para estradas cobertas de neve e gelo, e também para piso molhado em clima frio evidenciam excelente aderência;
- Para todas as estações: pneumáticos que naturalmente combinam as caraterísticas acima descritas, apresentando solução híbrida e que satisfaz em qualquer das situações;
- Para viaturas 4×4: pneus que apresentam tração melhorada na presença de pisos mais difíceis como, lama, grama ou neve.
Ou seja, os diferentes tipos de pneus que existem são adequados a cada tipo de viatura, nomeadamente, automóveis, SUV, viaturas comerciais, viaturas pesadas e 4×4.
Quando trocar os pneus do carro
Vejamos, então, quando deverá proceder à troca dos pneus do carro. Uma das premissas será sempre a vida útil do pneu. A resposta a esta questão varia de marca para marca.
Os construtores de pneus assinalam, em média, 5 anos como sendo o tempo de vida útil de um pneu. No entanto, poderão encontrar-se pneumáticos com mais tempo de vida e estarem ainda em condições de utilização, não evidenciando rachaduras nas laterais ou outras mazelas.
No entanto, apesar de visualmente não apresentarem danos, quando em utilização poderão evidenciar fraquezas e a troca é aconselhada.
Outros fatores como o estilo de condução, o desenho do piso, o clima, o estado das estradas e a frequência com que o automóvel é usado devem ser tidos em conta aquando da troca dos pneus.
No entanto, tirando fatores aleatórios, como um furo ou corte profundo no pneu, causado por situação análoga de condução, o mais certo é trocar os pneus quando estes apresentem acentuado desgaste e não cumpram com o piso mínimo legalmente instituído.
A importância de trocar os pneus cinge-se ainda à necessidade de manter níveis de segurança adequados, evitando situações de acidente que podem ser fatais.
Proceder à troca de pneus: sinais a que deve dar atenção
Há alguns sinais a que deve estar atento e que poderão indicar que está na altura de fazer a troca dos pneus por um conjunto novo.
Os sinais a que deve estar atento são:
- Dano no flanco do pneu;
- Existência de furo com mais de 6 mm de diâmetro;
- Danos no bordo do pneu que assenta na jante;
- Aumento significativo da distância de travagem para imobilização da viatura.
Para além disso, pode verificar o desgaste do piso tendo em conta as três pequenas saliências que se encontram abaixo do nível da borracha, no piso do pneu. Se dois dos indicadores estiverem na mesma altura é sinal que deve fazer a aquisição de novos pneus.
Uma outra forma de verificar o estado de um pneu é fazer o popular teste da moeda (uma que possua contorno dourado). A moeda deve ser colocada entre as ranhuras do piso. Se a parte dourada ficar coberta o pneu está em bom estado. Por outro lado, se o contorno da moeda for visível na sua totalidade então o pneu deverá ser trocado.
Lembramos que, a troca de pneus deve ser feita por eixo (os dois dianteiros ou os dois traseiros), na impossibilidade de fazer a troca dos quatro pneus na mesma altura.
Outro fator a ter em atenção é a verificação do pneu suplente que deve apresentar piso regular e dentro das normas estipuladas.
Outros fatores que podem danificar os pneus
Há alguns dos fatores que mais contribuem para danificar os pneus ao longo do seu período de utilização. Entre eles, salientamos os seguintes:
- A idade do pneu;
- Desgaste e danos;
- Condições do piso (estrada), como buracos, obstáculos, lancis de passeios, lombas de controlo de velocidade (abordagem deve ser o mais suave possível evitando pancadas que danifiquem a estrutura do pneu e na direção da viatura);
- Temperaturas extremas, chuva, neve, gelo;
- Óleo ou químicos; radiação solar.
Consequências de não trocar os pneus do carro
A consequência de não fazer a troca dos pneus da viatura se estes apresentarem desgaste anormal ou algum tipo de dano, como por exemplo, um corte, resulta que o mesmo poderá, no mínimo furar.
Em caso de desgaste acentuado do piso o pneu pode, por exemplo, numa travagem de emergência, não ter capacidade de aderência e em consequência potenciar um despiste ou acidente.
Outras consequências de não fazer a troca de pneus resultam em situações de:
- Aquaplanagem: pneus carecas não apresentam zonas de escoamento de água, deixando o veículo vulnerável a deslizamento;
- Derrapagem e/ou atolamento: não tendo sulco o pneu, não oferece tração, sendo, por isso, difícil manter o controlo do automóvel, por exemplo em curva ou numa travagem mais forte;
- Maior espaço para travar: pneus sem sulcos não têm o mesmo tempo de resposta que um com piso regular, por isso a distância para parar em situação de travagem é maior;
- Deficiente estabilidade: um pneu que esteja “careca” provoca condução instável, potenciando a perda de controlo da viatura;
- Multas: para além de todos os riscos que corre, em caso de abordagem por agentes da autoridade, o condutor incorre no pagamento de multa, por transgressão.
Prevenção: aumente a vida dos pneus da sua viatura
Tal como cuida do motor e procede à revisão preconizada pelo fabricante do automóvel, deve também prestar atenção aos pneus da viatura e incrementar pequenas ações que, quando combinadas, ajudam a aumentar a longevidade dos pneus.
Para uma manutenção correta, deve ter em conta a verificação regular da pressão dos pneus, pelo menos uma vez por mês. Deve, também, efetuar a rotação uniforme dos pneus entre os dois eixos e entre o lado esquerdo e direito (a cada 10 mil quilómetros), tendo em conta, o tipo de desenho do piso de cada pneu.
Para além disso, ter em atenção o manual de instrução do seu automóvel no que diz respeito às informações sobre as indicações dos pneus homologados para a viatura e respetiva pressão é muito importante.
Estar atento ao conforto e ruído de rolamento do automóvel durante a condução também é conveniente.