Share the post "Bebé a bordo: quanto dinheiro vai precisar para o primeiro ano do seu filho?"
Com a chegada dos filhos, as despesas familiares aumentam inevitavelmente. Desde as fraldas à alimentação e suplementos, passando pelas roupas, carrinho de passeio, brinquedos, consultas, até às mensalidades do infantário, o impacto que a chegada de um filho terá no seu orçamento mensal pode ser bastante significativo. Além disso, quando a família cresce aumentam também os gastos fixos a nível doméstico (eletricidade, gás, água e supermercado) e isto para não falar na eventual necessidade de trocar de carro ou mesmo mudar de casa.
Está a chegar um novo bebé à família? Está preparado financeiramente para fazer face a todas estas despesas? Se prevê que o rendimento familiar não vai aumentar a médio prazo, como gerir da melhor forma os ganhos e os gastos? Comece por prever as despesas, reorganizar o orçamento e a gestão das finanças da família.
Os custos no primeiro ano de vida do bebé
Os gastos com o enxoval propriamente dito representam parte significativa das despesas antes do bebé nascer, mas não há como escapar a um conjunto de despesas regulares que é acrescido ao orçamento familiar, sobretudo no primeiro ano. Por exemplo, um bebé usa, em média, 8 a 10 fraldas por dia e outras tantas toalhitas. Também a roupa é capaz de ser um dos investimentos mais ingratos, uma vez que, como deixam de servir rapidamente, terá de estar sempre a atualizar o guarda-roupa.
Além disso, terá de pensar nos kits de higiene (gel de banho, creme de corpo, protetor solar, soro fisiológico, cremes de muda de fralda), nos leites, suplementos, papas, consultas de pediatria e, a longo prazo, no infantário.
Feitas as contas a tudo isto, é preciso considerar um aumento significativo nas despesas familiares. Só no primeiro ano, teríamos então estimados os seguintes valores (sem incluir roupas, têxteis e decoração do quarto):
Despesas com acessórios
Artigo | Preço (médio) |
Carrinho de passeio | 250€ |
Cadeira auto | 150€ |
Alcofa | 120€ |
Berço | 100€ |
Colchão | 40€ |
Banheira | 29€ |
Ovo | 90€ |
Mesa de muda fraldas | 120€ |
Total: | 899€ |
Despesas variáveis (valores por mês)
Artigo | Preço (médio) |
Fraldas (Dodot – pack de 272 unidades) | 55€ |
Toalhitas (4x 72 unidades) | 5€ |
Gel de banho | 5,50€ |
Creme hidratante | 7€ |
Creme protetor assaduras | 4,50€ |
Soro fisiológico | 3,50€ |
Cotonetes | 2€ |
Papas infantis (20 unidades) | 15€ |
Leites infantis (10 unidades) | 130€ |
Infantário (a partir dos 6 meses) | 180€ |
Total: | 407, 50€ |
Ao final de um ano, estas despesas variáveis totalizam, em média, 4.890€, e não estamos a incluir eventuais despesas com vacinas, consultas de pediatria (que pode optar por fazer no SNS ou no privado) entre outras.
Como reorganizar as finanças para a chegada do bebé
Se a chegada de um bebé traz medo e dúvidas aos pais, o dinheiro não deve ser um fator de preocupação. É possível reorganizar as finanças e preparar-se para a chegada do bebé com tranquilidade. Tudo passa por otimizar devidamente os seus recursos financeiros.
Comece por fazer um mapa da sua situação financeira e preveja as mudanças essenciais que precisará fazer para o primeiro ano do bebé. Estime os custos – por exemplo, pode não ser necessário mudar de casa antes do bebé nascer ou ainda no primeiro ano de vida do bebé, mas apenas a partir do segundo. O próximo passo, é começar a reorganizar o orçamento e implementar as regras de ouro da poupança:
- Fazer economia doméstica;
- Negociar contratos de serviços;
- Cortar despesas supérfluas;
- Rever a gestão dos créditos;
Neste cenário, a gestão dos créditos é um dos pontos mais importantes para a reorganização das finanças. Os créditos em curso podem ser um obstáculo para a aquisição de um novo crédito para preparar a chegada do bebé, além de que os encargos com as mensalidades de crédito podem significar uma fatia considerável no seu orçamento.
Antes do bebé nascer, consolide os créditos
Se tem mensalidades em curso, agregar os créditos é a solução que precisa para reorganizar as finanças e aumentar a liquidez mensal para suportar as novas despesas. E o que é que isto significa em termos práticos? Além de juntar todos os créditos que possui num só, passando a pagar apenas uma única prestação mensal mais baixa, passa a ter uma única entidade, poupando em comissões, e poderá ver reduzida a taxa de juro, sobretudo se tiver vários cartões de crédito.
Ao optar pelo crédito consolidado, pode ainda solicitar um valor adicional para preparar a chegada do bebé. Mas vamos a um exemplo concreto para perceber o montante que pode poupar mensalmente.
O primeiro filho do casal
Pense num casal que vai ter o seu primeiro filho e precisa de uma folga financeira para se preparar para o nascimento do bebé e suportar com tranquilidade o primeiro ano, que será cheio de mudanças. O rendimento mensal familiar é de 2.400€, mas 1.080€ do orçamento estão comprometidos mensalmente com as prestações de créditos. O montante total em créditos é de 15.000€. Para reorganizar as finanças, suportar os custos e preparar a casa para o bebé que vai chegar, a família precisava de um crédito adicional de 10.000€.
Ao consolidar os créditos, o casal solicitou um montante de 25.000€, a ser pago num prazo de 72 meses. O valor foi o suficiente para liquidar o total dos créditos que tinha e cobrir os custos adicionais para receber o bebé, sem preocupações.
Vejamos, então, como ficaram as contas do casal com a consolidação dos créditos:
Antes de consolidar os créditos | Depois de consolidar os créditos |
Crédito automóvel: 420€ | |
Crédito consumo: 370€ | |
Cartão de crédito: 290€ | Crédito consolidado |
Valor total das mensalidades: 1.080€ | Valor da mensalidade: 482,18€* |
*Cofidis: TAEG 13,1%, TAN 11,05%. MTIC: 35.316,96€
Ao consolidar os créditos, o casal conseguiu reduzir em 55% o valor destinado ao pagamento de prestações de crédito. Além de aumentar a liquidez, adquiriu o montante que necessitava para viver a chegada do bebé com tranquilidade. Com o rendimento mensal de 2.400€, agora o casal tem 1.917,82€ disponíveis para gerir as despesas fixas e variáveis da família e ainda constituir uma poupança.