As radiações solares podem provocar queimaduras solares, mesmo debaixo de um guarda-sol. A água do mar e a areia da praia refletem os raios solares, ou seja, estar dentro de água não evita as queimaduras solares das zonas expostas. Ninguém está imune aos vários perigos que a exposição solar excessiva pode representar. Vamos conhecer alguns desses perigos e aprender a evitá-los.
Exposição solar excessiva
Por si só, a exposição solar não é necessariamente prejudicial. Os problemas surgem quando a exposição solar é excessiva e quando não são adotados os devidos cuidados. A exposição solar excessiva pode representar um enorme perigo para a saúde e pode ter como consequências:
a) Alergias;
b) Envelhecimento da pele: os efeitos das radiações UV são cumulativos e progressivos, ou seja, a exposição solar crónica excessiva desencadeia alterações da regulação celular e acelera a degeneração da estrutura e função da pele;
c) Golpe de calor: situação aguda mais grave e que pode provocar danos irreversíveis à saúde. Os principais sinais são pele vermelha, quente, seca e sem suor, associados a sintomas como febre alta, sede, dores de cabeça, tonturas, cãibras, pulso rápido e forte, náuseas, confusão e até perda de consciência;
d) Cancro da pele: existem vários tipos de cancro de pele, sendo que o mais grave se denomina melanoma maligno e pode surgir de um sinal pré-existente no corpo. É importante que cada um de nós vigie os seus sinais e fique alerta perante qualquer tipo de alteração nos mesmos;
e) Queimaduras solares: um fator de risco significativo para a probabilidade de aquisição de melanoma maligno.
Queimaduras solares: quais os perigos?
As queimaduras solares são perigosas, até porque, como vimos, constituem um fator de risco significativo para a probabilidade de aquisição de melanoma maligno. Mais ainda, as queimaduras solares são mais propícias a acontecer e ainda mais perigosas para as crianças, que têm uma epiderme mais fina e menos melanizada.
As queimaduras solares podem ocorrer em qualquer lugar do corpo, mas algumas áreas estão particularmente expostas à radiação UV, tal como o rosto, especialmente a ponta do nariz, os lábios, a área dos olhos, a testa e as bochechas. A pele do rosto é o principal alvo das queimaduras solares porque é mais fina, mais sensível e porque habitualmente está exposta ao sol sem proteção todos os dias. Outras áreas do corpo que queimam rapidamente incluem também a parte superior do peito, o pescoço, o peito do pé, os ombros, as orelhas e o couro cabeludo.
As queimaduras solares podem provocar pele avermelhada, inchada, dolorida e anormalmente quente (resposta inflamatória ao dano causado pela radiação UV) e, quando apresentam maior gravidade, podem provocar edemas e bolhas. Estes sintomas podem surgir logo após a primeira hora de exposição, atingindo o seu pico no período de três dias.
Quando as queimaduras solares são de maior gravidade podem surgir sintomas como febre, calafrios e fraqueza. Mais raramente, é possível que pessoas com queimaduras graves entrem em choque (estado de hipotensão arterial, desmaio e profunda fraqueza).
Como atuar em caso de queimaduras solares?
Em caso de queimadura solar deve:
a) Arrefecer a zona queimada com água fria;
b) Aplicar compressas frias e húmidas para um arrefecimento eficaz e proteção contra inflamação;
c) Retirar objetos que possam armazenar calor (por exemplo, anéis, brincos, colares, metais);
d) Proteger a zona queimada;
e) Não aplicar álcool, manteiga ou óleos gordos
f) Aplicar medicamentos/produtos recomendados pelo médico ou farmacêutico para ajudar a aliviar a dor e reduzir a inflamação;
g) Beber água;
h) No caso de existirem bolhas não furar ou rebentar;
i) Evitar nova exposição ao sol;
j) Se a queimadura cobrir uma grande área do corpo, se houver formação de bolhas ou se a pessoa for uma criança ou um idoso, deve recorrer aos serviços de saúde.
Como conclusão,
A exposição a períodos de calor intenso, durante dias consecutivos assume-se como uma grande agressão para o organismo, podendo dar origem não só a queimaduras solares mas também a desidratação, agravamento de doenças crónicas, ou a outros danos irreversíveis para a saúde.
São várias as medidas de proteção que devem ser adotadas nos períodos de calor intenso, nomeadamente:
a) Evitar a exposição direta ao sol, em especial entre as 11 e as 17 horas;
b) Utilizar um protetor solar com um índice de proteção elevado e renovar a sua aplicação de 2 em 2 horas;
c) Escolher um protetor solar adequado ao tipo de pele;
d) Usar roupas que evitem a exposição direta da pele ao sol, particularmente nas horas de maior incidência solar;
e) Usar chapéu, de preferência, de abas largas e óculos que ofereçam proteção contra a radiação UVA e UVB.
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