Certamente, já ouviu várias vezes a expressão “dar sangue pode salvar vidas”. Não é, aliás, por acaso que se estabeleceu o dia 14 de junho como o Dia Mundial do Doador de Sangue – afinal este pequeno gesto pode mesmo fazer uma diferença enorme. O problema é que continuam a existir diversas dúvidas acerca deste tema e uma delas parece mesmo não ter fim: quem tem tatuagem pode doar sangue?
A verdade é que as doações de sangue assentam em regras que devem ser cumpridas para garantir a saúde de todos. Por isso mesmo, está na altura de conhecer a resposta a esta pergunta e de perceber melhor quem pode ou não dar sangue.
Saiba se quem tem tatuagem pode doar sangue
O corpo de um adulto tem cerca de 5 litros de sangue, que correspondem a 7% do seu peso. Ora, uma dádiva de sangue pressupõe a recolha de 450ml, o que, bem vistas as coisas, não é uma quantidade assustadora e, acima de tudo, não acarreta riscos para a saúde do dador.
Contudo, apesar da facilidade, ser dador implica o cumprimento de certos requisitos para que o seu sangue seja considerado elegível e benéfico para quem o poderá receber.
Assim, em primeiro lugar, é necessário cumprir três regras fundamentais: ter mais de 18 anos, pesar mais de 50 quilos e ser saudável. Se não cumprir alguns destes critérios, fica automaticamente excluído da possibilidade de dar sangue.
Então e quem tem tatuagem pode doar sangue? Sim, pode. A verdade é que as tatuagens e os piercings só são considerados impedimento para a dádiva de sangue no caso de terem sido feitos nos 4 meses anteriores ao momento da recolha.
Isto significa que, desde que tenha sido tatuado há mais tempo, pode dar sangue sem qualquer problema. De outra forma, terá de esperar até que passe esse período temporal.
Contudo, existem outros requisitos que devem ser cumpridos:
- nunca ter consumido drogas por via endovenosa;
- não ter contacto sexual com múltiplos parceiros;
- ser VIH negativo;
- não ser portador do vírus da Hepatite B ou Hepatite C;
- não ter feito uma cirurgia nos 6 meses anteriores à dádiva de sangue;
- não ter feito uma transfusão nos 12 meses anteriores à recolha de sangue;
- não ter historial de malária nos últimos 3 anos;
- não ter estado com febre ou gripe nas 2 semanas anteriores à dádiva de sangue;
- não ter mudado de parceiro sexual há menos de 6 meses.
Como dar sangue
Para dar sangue deve dirigir-se aos locais onde existem brigadas de colheita, aos Centros Regionais de Sangue ou, ainda, aos Serviços de Imuno-hemoterapia.
O dador é depois avaliado por um médico, que revê o historial médico, faz a medição da pressão arterial e avalia o doseamento da hemoglobina.
No caso de ser a primeira vez que lhe é feita a colheita de sangue, não se pode esquecer de levar o Cartão de Cidadão. Se é dador regular, então, basta fazer-se acompanhar do Cartão Nacional de Dador de Sangue.
Os homens podem doar sangue 4 vezes por ano, enquanto as mulheres devem ficar-se pelas 3 doações anuais – os intervalos de, no mínimo, 2 meses são obrigatórios em ambos os casos.