Os primeiros dados relativos à quimioterapia referem-se a Paul Ehrlich. Considerado o pai da medicina moderna, defendia que certas substâncias químicas podem ser usadas para tratar células doentes e destruir focos de infeção.
Estava descoberta, assim, a teoria base da quimioterapia, que veio revolucionar a área dos diagnósticos médicos e os respetivos tratamentos.
Quimioterapia de A a Z
A quimioterapia é um tipo de tratamento que visa eliminar as células cancerígenas presentes no organismo. Deste modo, os fármacos entram na corrente sanguínea, para assim controlar e destruir o cancro.
Através deste tratamento, o resultado esperado é que o crescimento das células malignas, que possam entretanto ter desenvolvido metástases, sejam eliminadas, ou que o seu crescimento seja desacelerado.
Finalidades da quimioterapia
De acordo com o Instituto Português de Oncologia, a quimioterapia pode ser utilizada como única arma de tratamento, ou então, combinada com outras modalidades, como por exemplo a radioterapia.
Redução do tumor
A quimioterapia pode ser administrada antes da radioterapia e da cirurgia, com o objetivo de reduzir a massa tumoral. Na verdade, os tumores, muitas vezes, quando são descobertos já apresentam dimensões consideráveis, que tornam inviável a operação.
Neste sentido, após a quimioterapia é expectável que o tumor reduza de tamanho, tornando assim a cirurgia menos invasiva. Por outro lado, vai permitir uma maior eficácia à radioterapia.
Efeito preventivo
O recurso à quimioterapia, após a radioterapia ou cirurgia, surge como uma forma de prevenção, isto é, no sentido de evitar que as células adjacentes ao tumor se multipliquem e possam originar micrometástases.
Quimioterapia paliativa
De acordo com a Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos, os cuidados paliativos definem-se como uma resposta aos problemas decorrentes da doença prolongada, incurável e progressiva.
Deste modo, a quimioterapia como cuidado paliativo, permite diminuir os sintomas da doença, melhorando a qualidade de vida.
Efeitos secundários da quimioterapia
Recorrendo ao uso de fármacos – que podem ser administrados oralmente; por via endovenosa; subcutânea; intramuscular ou ainda intracavitária – a quimioterapia, e ao contrário da radioterapia e da cirurgia, é de caráter sistémico.
Deste modo, apesar de tudo, as células sãs acabam por ser também afetadas, daí a existência dos efeitos secundários. Porém, estes variam de acordo com os pacientes; uma vez também os tratamentos variam para cada paciente.
Contudo, os mais comuns são:
- perda de apetite;
- náuseas e vómitos;
- queda de cabelo;
- diarreia/ prisão de ventre;
- infeção;
- hematomas;
- cansaço;
- aftas.
Outro efeito decorrente da quimioterapia é o risco de infertilidade. Desta forma, antes de iniciar os tratamentos é aconselhável informar-se junto do médico sobre a possibilidade de preservação da fertilidade. Uma solução a equacionar poderá ser a congelação de esperma e criopreservação de óvulos.
Como manter a estabilidade emocional
O facto de fazer quimioterapia não deverá ser impeditivo para manter uma vida social e profissional ativa. De todo o modo, é natural que haja uma maior necessidade de abrandar e de maior descanso, que, como tal, deverá se respeitada.
Ainda assim, é importante tentar manter uma vida ativa, de acordo com as capacidades físicas e psicológicas, conversando sempre com os seus familiares mais próximos, amigos e profissionais da área.