Segundo a Organização Mundial de Saúde, os cuidados paliativos intercedem para melhorar a qualidade de vida do doente com doença incurável, grave ou terminal, e das suas famílias. Muito do trabalho dos profissionais de saúde destina-se a prevenir e aliviar o sofrimento do paciente. A quimioterapia paliativa destina-se a doentes com cancro.
O que é a quimioterapia paliativa
Quando um paciente com cancro precisa de fazer quimioterapia, isso significa que vai receber um tratamento à base de químicos, por via venosa, oral ou punção lombar, com o propósito de controlar, destruir e inibir as células malignas. Por vezes, este tipo de tratamento acompanha cirurgias e, de acordo com a patologia em questão, pode ocorrer acompanhada pela radioterapia.
É um tratamento agressivo, apesar da sua possível eficácia. Visa bloquear o processo de crescimento de células cancerígenas, mas acaba também por afetar células saudáveis como efeito secundário.
Existem três tipos de quimioterapia: a adjuvante, neo-adjuvante e a paliativa.
A quimioterapia paliativa tem como objetivo principal controlar os sintomas da doença cancerígena, quando já não há perspetiva de cura. O tratamento tenta melhorar a qualidade de vida do paciente, até ao final.
Entenda-se que o tratamento químico continua, com o intuito de reduzir a dor e o desconforto do paciente. Normalmente, este tipo de quimioterapia não acompanha tratamentos cirúrgicos ou radioterapia para redução do número de células cancerígenas.
A quem se destina a quimioterapia paliativa
Segundo a Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP), a quimioterapia paliativa, tais como outros tratamentos dentro dos cuidados paliativos, destina-se a “pacientes com doença ameaçadora de vida, que escolheram não fazer tratamento orientado para a doença ou de suporte/prolongamento da vida e que requeiram este tipo de cuidados” e a “pessoas seriamente doentes ou em fase terminal (…) que não têm possibilidade de recuperação ou estabilização”.
A prática dos cuidados de quimioterapia paliativa ocorre enquanto for necessário e é transversal a todas as idades.
Onde são prestados esses cuidados?
Em Portugal, existem 25 Unidades de Cuidados Paliativos com internamento e 23 Equipas Intra-Hospitalares de Suporte em Cuidados Paliativos. Nem todos apresentam a possibilidade de um tratamento a nível oncológico.
Se procura saber como fazer o pedido deste tipo de tratamento, os IPOs do Porto, Lisboa e Coimbra serão as primeiras opções. Os principais hospitais públicos, sobretudo localizados nas grandes cidades do litoral, como o Hospital de São João (Porto) e o Hospital de Santa Maria (Lisboa) também oferecem esta modalidade de cuidado paliativo.
O mesmo é amplamente oferecido no sistema privado, dentro do que temos em Portugal. Infelizmente, unidades de saúde no interior do país ainda têm grandes deficiências neste campo.
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