Share the post "“Quis saber quem sou”: a revolução em palco no Coliseu dos Recreios"
“Quis saber quem sou — um concerto teatral” está de volta a Lisboa. E não é uma volta qualquer. Depois de uma digressão que atravessou mais de 10 concelhos, o espetáculo regressa ao Coliseu dos Recreios para marcar os 51 anos do 25 de Abril. Sim, porque há conquistas que merecem palco — e microfone.
Concebido por Pedro Penim, este projeto estreou-se em 2024 para assinalar os 50 anos da Revolução dos Cravos. Um ano depois, continua a dar voz à memória coletiva, com arranjos musicais de Filipe Sambado e direção vocal de João Neves.
Entre o concerto e o teatro, nasce a revolução
Este não é um espetáculo tradicional. Também não é apenas um concerto. É uma viagem emocional que cruza música e teatro, história e futuro. Nas vozes de 13 jovens intérpretes, as canções de intervenção ganham nova vida. Palavras de ordem e melodias que fizeram parte da revolução ecoam agora com a força de quem olha o passado com olhos postos no amanhã.
É o 25 de Abril revisto por quem não o viveu, mas o sente — e faz questão de o lembrar.
Três datas, uma experiência
O espetáculo “Quis saber quem sou” apresenta-se em três momentos distintos, cada um com um público especial. No dia 24 de abril, a sessão é dedicada às escolas, convidando alunos do 3.º ciclo e do ensino secundário a mergulharem na história através da arte. Nos dias 25 e 26 de abril, pelas 21h, as portas do Coliseu dos Recreios abrem-se ao público em geral, para celebrar em conjunto os 51 anos da Revolução dos Cravos.
E sim, há acessibilidade garantida. Todas as sessões contam com Língua Gestual Portuguesa e audiodescrição, assegurando que a experiência seja inclusiva e que a liberdade se escute e se sinta por todos, sem exceção.
Livros, discos e liberdade
No sábado, 26 de abril, às 17h, o Bar do Coliseu recebe o lançamento do livro “Quis saber quem sou”, com o texto do espetáculo. A edição é da TNDM II e Bicho-do-Mato. Nesse mesmo dia, a banda sonora fica disponível nas plataformas digitais.
Presentes no evento estarão Pedro Penim, Patrícia Portela, Adelino Gomes e Filipe Sambado — nomes que ajudaram a dar forma, som e sentido a este projeto.
Final com um toque inspirador
“Quis saber quem sou” não responde apenas a uma pergunta existencial. É um grito de liberdade, um tributo à memória e uma festa de palco cheia de alma. E se há revoluções que se fazem com cravos, outras fazem-se com canções.