A radioterapia é um tratamento usado para combater o cancro. Funciona ao enviar radiação para danificar o ADN das células cancerígenas, sendo o seu objetivo eliminar e danificar células indesejadas, mantendo incólumes as células saudáveis.
A medicina adotou esta terapia há mais de 100 anos, tendo a radioterapia surgido na sequência da descoberta dos raios-X por Wilhelm Röntgen, em 1895. Acredita-se que Emil Grubbe terá sido o primeiro médico a usar raios-X para tratar o cancro, nos EUA, em 1896.
A famosa cientista Marie Curie desempenhou um papel fulcral no desenvolvimento da radioterapia, ao descobrir os elementos radioativos polónio e rádio, em 1898.
Este tratamento é considerado o mais eficaz para o cancro (depois da cirurgia) e é um tratamento que pode complementar outros (quimioterapia e cirurgia), mas a sua eficácia varia de pessoa para pessoa.
A radioterapia evoluiu imenso, existindo diferentes tipos e novas formas de a administrar.
Tipos de radioterapia
Existem dois tipos de radioterapia. A radioterapia externa é dada por uma máquina, sendo o tipo mais comum. A radiação é direcionada para a área afetada do corpo.
Na radioterapia interna, a radiação é enviada diretamente para o interior do corpo. Uma pequena fonte de radiação é colocada perto ou mesmo dentro da área do corpo que se pretende tratar. Pode ser permanente ou temporária. Esta forma de terapia pode ser administrada através de injeções ou sob a forma de um líquido radioativo que pode ser ingerido.
Como é administrada a radioterapia
Estima-se que cerca de 60% de doentes com cancro façam radioterapia como parte do seu tratamento. Este é geralmente feito no hospital, podendo a pessoa ir embora momentos depois de fazer a radioterapia externa. No caso da radioterapia interna, pode ser preciso que o paciente fique no hospital durante uns dias. Nem todos os hospitais têm um departamento de radioterapia.
A maioria das pessoas faz este tratamento ao longo de sessões, que por sua vez têm lugar durante poucas semanas.
No caso da radioterapia externa, os raios são administrados em pequenas quantidades (chamadas frações), por alguns dias ou talvez semanas. A terapia é feita numa sala especial, equipada com uma máquina grande chamada acelerador linear. A equipa de terapeutas explica como decorre o tratamento, em relação ao que se vai ver e ouvir. Cada tratamento dura até 15 minutos.
No caso da terapia interna, pode ser necessário ficar no hospital durante alguns dias. O tipo de radioterapia depende do tipo de cancro que estiver a ser tratado. Nenhuma destas terapias traz dor ao doente.
Efeitos secundários
A radioterapia acaba sempre por afetar células saudáveis, o que traz algumas consequências. No entanto, os efeitos secundários da radioterapia podem ser tratados e prevenidos, sendo que a maioria termina quando o tratamento acaba.
Os efeitos secundários podem ser:
- Pele dorida e vermelha;
- Fadiga;
- Queda de pelo na área que está a ser tratada;
- Náuseas e vómitos;
- Perda de apetite;
- Boca dorida.
Os efeitos secundários variam de pessoa para pessoa e é difícil prever quais são os que vão aparecer. É altamente improvável que quem esteja a fazer este tratamento passe por todos estes efeitos. As consequências deste tratamento dependem do tipo de cancro, localização, dose de radiação, e da saúde geral da pessoa que está a ser tratada.
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