O medo da reforma afecta sobretudo aquelas pessoas que durante toda a sua vida foram muito ativas e, de repente, encontram-se sem nada para fazer. Como é que será uma vida sem um atividade laboral diária, um salário ou com uma reforma que mal dá para pagar as despesas domésticas ao final do mês?
Num contexto em que predominam políticas de austeridade, o medo da reforma aumentou, precisamente porque nos dias que correm o futuro está cada vez mais incerto. Todavia, e como tudo na vida, é preciso algum optimismo e viver um dia de cada vez, não concorda?
Para o ajudar a aliviar estados de ansiedade e de stress relacionados com este assunto, apresentamos aqui três razões para não ter medo da reforma.
3 razões para não ter medo da reforma
1. A Segurança Social não vai falir, pelo menos tão cedo
É certo que partes do texto do Relatório de Sustentabilidade Financeira da Segurança Social, que acompanha o Orçamento do Estado para 2017, é demolidor para quem se encontra na idade ativa e desconta na esperança de vir a ter uma reforma.
Contudo, na sua generalidade, as pessoas que se vão reformar brevemente não têm razões nenhumas para recear não ter uma aposentadoria à medida dos descontos que fez durante uma vida de trabalho. Sim, houve cortes, mas vão continuar a existir pensões.
Recordamos uma frase proferida pelo atual ministro do Trabalho e da Segurança Social, durante a apresentação do Orçamento da Segurança Social em Outubro do ano transacto: “O sistema previdencial está numa trajetória de correção dos seus desequilíbrios, ou melhoria da sua situação financeira, já que o crescimento da receita é superior ao crescimento da despesa prevista”.
Não deixa de ser reconfortante verificar que perante os cenários mais pessimistas, estão a ser feitos esforços de controlo e de correção de desequilíbrios. Por isso, se se vai reformar brevemente, não tem razões nenhumas para ter medo da reforma – pelo menos no que toca a este assunto.
2. Rentabilize os seus talentos e passatempos
Se tem medo da reforma porque receia que se possa vir a aborrecer com tanto descanso e passeio, ou mesmo por saber que não terá nenhuma atividade laboral diária, porque não abraçar um trabalho em part-time – no qual possa gerir os seus próprios horários – ações de voluntariado ou mesmo passar a rentabilizar os seus talentos e/ou passatempos? Gosta de cozinhar? É um especialista em mecânica ou em eletricidade? Gosta de escrever? O mercado precisa e tem uma lugar para si, procure a sua oportunidade!
3. Saiba gerir e poupar o seu dinheiro
Com toda a certeza que ao longo da sua vida ativa não só poupou, como também soube aplicar as suas poupanças. Se decidiu investir agora num produto financeiro, então, neste campo, a primeira regra de ouro é escolher um que lhe ofereça uma remuneração acima da inflação, caso contrário estará sempre a perder dinheiro.
Existem no mercado vários produtos de poupança e investimento vocacionados para a reforma. Além dos tradicionais PPR poderá ainda subscrever os certificados de reforma (geridos pelo Estado), investir nos ‘target funds’ ou em ações.
De qualquer forma, o importante, nesta fase é relaxar, passar tempo de qualidade com a família e saber gerir o dinheiro que amealhou, resgatando sempre o mínimo possível dessa poupança. Estará na altura de mudar o seu estilo de vida?
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