Existe, dentro da comunidade científica, um certo consenso em sobre como a vacinação contra a covid-19 é segura e “a intervenção de saúde pública mais efetiva para reduzir o número de casos de doença grave e morte originados pela infeção pelo SARS-CoV-2”, conforme refere o Relatório de Farmacovigilância do Infarmed (31/10/2021).
Este mesmo relatório reúne dados úteis acerca das várias reações à vacina covid-19, registadas no nosso país até outubro do ano passado. Continue a ler, para saber mais e estar a par do que esperar após a toma.
Reações da vacina covid-19: o que nos dizem os números?
Antes de falar sobre as reações da vacina covid-19 propriamente ditas, importa explicar que, à medida que a vacinação contra a doença que protagoniza a pandemia vai ocorrendo em todo o mundo, vão sendo monitorizadas pelos profissionais de saúde todas as reações a esta vacina. São, portanto, avaliadas ao pormenor as suas caraterísticas e frequência na população inoculada.
É, de resto, assim que funciona o processo tanto com as vacinas, como com os medicamentos. Só através da notificação das reações adversas é que é possível chegar, ou não, à determinação do efeito colateral de um dado fármaco.
Dados do Relatório de Farmacovigilância do Infarmed (31/10/2021)
De acordo com o Relatório de Farmacovigilância do Infarmed (31/10/2021), de entre as reações da vacina covid-19 registadas à data, 36% foram consideradas graves, enquanto 64% não foram consideradas graves.
Entre as reações da vacina covid-19 graves estão as seguintes classificações:
- clinicamente importante (21,6 %);
- incapacidade (8,9 %);
- hospitalização (3,6 %);
- risco de vida (1 %);
- morte (0,5 %).
Este relatório evidencia, ainda, que as reações da vacina covid-19 foram mais frequentes em pessoas na faixa etária entre os 25 e os 49 anos de idade, tendo sido também mais prevalentes em indivíduos do género feminino.
Reações da vacina COVID-19 mais frequentes
Quanto às 15 reações da vacina COVID-19 mais registadas, elas são, por ordem decrescente de prevalência, ou seja, da mais para a menos comum:
- cefaleia/dor de cabeça;
- febre;
- mialgia (dores musculares);
- dor no local de injeção;
- fadiga;
- calafrios;
- náuseas;
- artralgia (dores articulares);
- dor generalizada;
- tonturas;
- mal-estar geral;
- dor nas extremidades corporais;
- linfadenopatia (aumento de volume dos gânglios linfáticos);
- astenia (fraqueza orgânica);
- vómitos.
O que fazer em caso de reação da vacina covid-19?
As reações da vacina covid-19 mais frequentes são, de resto, as reações mais comuns à grande maioria das vacinas.
Referimo-nos, nomeadamente, às dores de cabeça, febre ou dores musculares ou no local da picada. Estas são reações que os sistemas imunitários de algumas pessoas manifestam.
Por norma, estas mesmas reações desaparecem em horas ou dias, bastando para isso a toma de um analgésico e/ou antipirético, de forma a aliviar o desconforto e/ou a baixar a febre, respetivamente.
Contudo, em caso de suspeita de reação alérgica grave, é imperativo ir até a uma urgência hospitalar. Se tiver dúvidas, pode ainda procurar contactar o seu médico de família ou, em alternativa, telefonar para a linha de saúde 24 (808 24 24 24).
Para obter informação mais detalhada sobre este assunto, pode consultar o Relatório de Farmacovigilância do Infarmed (31/10/2021).