O risco de incumprimento da dívida portuguesa registou, no início deste mês, um máximo histórico, tal como aconteceu com as dívidas grega e espanhola.
As emissões de Bilhetes do Tesouro (BT) programadas para o primeiro trimestre do ano, no âmbito do programa de financiamento do Estado, vão prosseguir como previsto, confirma a Agência Lusa, apesar do agravamento da percepção de risco dos investidores sobre a dívida pública portuguesa. Os receios de derrapagem do défice português têm colocado as Obrigações do Tesouro sob pressão, com o risco de crédito também a aumentar.
O risco de crédito sobre as obrigações soberanas portuguesas a cinco anos – conhecido como Credit Default Swap (CDS) – alcançou novos recordes, ultrapassando os 210 pontos, com os investidores internacionais a manifestarem preocupações com as contas públicas nacionais.
O pessimismo dos investidores reflectiu-se na negociação da Bolsa de Lisboa, que tem mantido uma tendência geral negativa nas últimas semanas e está a recuar para valores que se aproximam dos mínimos do ano passado.
O dia 5 de Fevereiro ficará para a História como o dia em que Portugal foi o principal alvo dos mercados financeiros mundiais. A Bolsa de Lisboa registou neste dia a maior queda desde a falência do gigante americano Lehman Brothers, ocorrida em Setembro de 2008.
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